Quem somos - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Frei Celso Francisco de Faria

* 21/02/1928    † 13/01/2017

Faleceu na tarde do dia 13 de janeiro, às 17h00, na Fraternidade de Bragança Paulista. Há alguns dias ele reclamava de dor. No início de novembro passado fora-lhe implantado marca-passo cardíaco. No laudo médico, consta como causa mortis: parada cardiorrespiratória, arritmia e insuficiência cardíaca.

O corpo de Frei Celso foi velado na Fraternidade São Francisco, de Bragança Paulista, de onde foi transladado no dia (14/01) para o Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo. A missa de exéquias, na capela do cemitério, foi às 15h00, seguida do sepultamento.

O frade menor

(Parte de entrevista feita em Amparo em 2011)

Durante a formação religiosa franciscana, Frei Celso Francisco de Faria não tinha dúvida: queria ser missionário e “trabalhar no meio do povo simples”. Em 66 anos de vida religiosa franciscana, Frei Celso trabalhou de um extremo ao outro, de Norte a Sul do território da Província da Imaculada Conceição, ou seja, de Vila Velha (ES) até Forquilhinha (SC).

Este florianopolitano nasceu no dia 21 de fevereiro de 1928, em meio ao carinho dos pais Heitor e Maria Júlia Veiga de Faria, açorianos e fervorosos católicos, como conta. Foi neste ambiente religioso que ele despertou para a vocação religiosa. “Para se ter uma ideia, meu pai, irmãos e irmãs, minha avó paterna eram ligados diretamente à Cúria e à Catedral. Uma tia era minha madrinha e foi diretora do Colégio Diocesano e outra tia era a escriturária da Catedral (livros de batismo e casamento); meu tio era secretário do Sr. Arcebispo D. Joaquim Domingos de Oliveira. Papai dirigia as procissões, organizava festas de Natal, Semana Santa, Páscoa e preparou, junto com meus irmãos, o presépio da catedral durante 50 anos. Desde pequenos carregávamos as imagens para a montagem. Foi um ambiente muito bom”, recorda Frei Celso.

Dados pessoais: formação,
transferências, trabalhos

Nascimento: 21.02.1928 (88 anos de idade).
Natural de Florianópolis, SC.
Vestição: 19.12.1949 – Rodeio
Primeira Profissão: 20.12.1950 (66 anos de Vida Franciscana)
Profissão Solene: 20.12.1953
Ordenação Presbiteral: 02.07.1956 (60 anos de Sacerdócio)
1951 – 1952 – Curitiba – estudos de Filosofia;
1953 – 1957 – Petrópolis – estudos de Teologia;
Agosto de 1957 – Rio de Janeiro – Santo Antônio – curso de Pastoral;
10.01.1958 – São João de Meriti;
19.01.1962 – Rio de Janeiro – Ipanema – vigário paroquial, procurador vocacional;
11.02.1963 – São José do Rio Preto – vigário paroquial;
16.09.1963 – Santos – vigário paroquial, procurador vocacional;
15.01.1965 – São Francisco do Sul – coordenador da fraternidade;
15.07.1966 – Vila Velha – Nossa Senhora do Rosário – vigário paroquial e discreto;
28.01.1968 – São João de Meriti – coordenador da fraternidade e vigário paroquial;
15.01.1971 – Amparo – coordenador da fraternidade e pároco;
28.01.1974 – Porto União – vigário paroquial;
08.01.1975 – Santos – vigário paroquial;
12.12.1980 – Forquilhinha – vigário paroquial;
25.11.1983 – Ituporanga – vigário paroquial;
08.12.1984 – Florianópolis – vigário paroquial;
21.01.1986 – Balneário Camboriú – vigário paroquial e vigário da casa;
08.10.1987 – Santo Amaro da Imperatriz – pároco em São José;
30.01.1991 – Florianópolis – capelão da Colônia Santana;
29.11.1997 – Guaratinguetá – Graças – atendente conventual;
19.08.1999 – Amparo – vigário paroquial;
01.12.2016 – Bragança Paulista – tratamento de saúde

Segundo Frei Celso, o sonho de sua mãe era ter um filho padre: “Ela chegou a confessar para o Frei Tadeu, nosso prefeito em Rio Negro, que daria a vida para ter um filho padre”. Dos cinco filhos homens – tinha mais três mulheres -, pelo menos quatro estiveram no Seminário de Rio Negro, mas somente ele seguiu a vida religiosa. Sua mãe, contudo, faleceu aos 49 anos, antes de ver o seu sonho realizado.

A escolha pela vida religiosa franciscana também não foi difícil. “Os frades visitavam a casa da avó materna, que era vizinha à nossa, e celebravam na Capelinha de Nossa Senhora da Conceição (hoje não existe mais), a cem metros de nossa casa. E ela era vice-ministra da OFS junto com sua filha, minha madrinha. Além das visitas dos missionários franciscanos, eu fui coroinha de Frei Norberto Tambosi”, acrescenta Frei Celso, que manifestou cedo sua vocação. “Dizia para o meu pai: ‘Papai, quero ser frade de barba’. Aliás, por iniciativa minha, com dez anos, eu me consagrei a Nossa Senhora da Conceição”, conta o frade.

Depois de cursar Filosofia em Curitiba e Teologia em Petrópolis, Frei Celso iniciou o seu ministério presbiteral na Baixada Fluminense. “Nesses anos tive momentos difíceis e momentos de muita felicidade. Por exemplo, fui o pároco em São Francisco do Sul (SC) e celebrei, em 1956, 300 anos da Paróquia mais antiga de todo o Sul do Brasil. Acho que os momentos difíceis foram os meus primeiros 16 anos”, avalia. Outro trabalho desafiador na sua vida religiosa foi dar assistência aos internos do Hospital Colônia Sant’Ana, que em 1963 chegou a abrigar 1.213 doentes mentais, presidiários em tratamento e alcoólatras. “As celebrações eram feitas fora da colônia, na Capela de Sant’Ana, pertencente à nossa Paróquia de São José, situada em frente ao portão principal do Hospital”.

Para ele, viver em fraternidade é sempre um desafio. Cada frade tem suas características. “Eu, às vezes, falo demais e falta-me a prudência para saber calar”, reconhece. Ele, contudo, destaca uma virtude sua: a sinceridade. “Chego a ser ingênuo na vontade de fazer o bem e ajudar as pessoas”, acrescenta, destacando que gosta da música, especialmente do canto, e de esportes.

Para ele, com tantos anos de caminhada franciscana, não há segredo: “A vida religiosa franciscana, como toda a vida consagrada, cresce e é sustentada na medida em que vivo através da oração, da meditação, dos encontros e participação comunitária. Ela deve ser alimentada e revigorada constantemente”, ensina. Outro ensinamento é cultivar a mentalidade de escutar o confrade. “Normalmente, a mentalidade é partir de si para o frade. Esse é o erro. A gente não tem paciência na hora de aceitar”, acredita.

Rezemos por nosso confrade falecido!

R.I.P.

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ACESSE A LISTA COMPLETA DE FRADES FALECIDOS