Apesar da importância da atuação dos jesuítas, não se pode negar o papel de protagonistas desempenhado também pelos franciscanos na história da evangelização do Brasil. Segundo o professor e historiador Frei Sandro Roberto da Costa, basta recordar o fato histórico de que os franciscanos foram os primeiros religiosos europeus a colocar os pés em terras brasileiras. A primeira missa celebrada no Brasil foi oficiada por um franciscano, Frei Henrique de Coimbra, que veio na esquadra de Pedro Álvares Cabral, aportando nas “Terras de Santa Cruz”, em abril de 1500. Os primeiros jesuítas chegariam quase cinquenta anos depois. Embora os jesuítas tenham sido os primeiros religiosos oficialmente enviados para trabalhar no Brasil, em 1549, os franciscanos estão presentes e atuantes já bem antes disso, numa presença extra-oficial, esporádica e esparsa, mas não menos rica, evangélica e frutuosa. Temos relatos de vários frades presentes no litoral, de 1503 até 1584. Tendo escapado de algum naufrágio, ou numa escala da viagem, dirigindo-se para a região do Rio da Prata ou para a Ásia, os religiosos franciscanos aproveitavam para evangelizar os indígenas e colonos, nas aldeias e vilas por onde passavam. O primeiro grupo de franciscanos oficialmente enviados pela coroa portuguesa vai desembarcar no Brasil em 1584, tornando-se fundadores da Província Santo Antônio e, mais à frente, da Província da Imaculada Conceição, as mais antigas do Brasil. As duas, contudo, entram em decadência com a proibição imperial de receber noviços e religiosos europeus a partir de 1855. Só com a proclamação da República, a ordem religiosa é estabelecida e novos missionários aportam no Brasil, como os alemães para restauras essas duas Províncias.

Querendo celebrar devidamente o centenário da chegada dos missionários alemães em 1891, a Província assumiu, a pedido do Ministro Geral da Ordem, a presença missionária em Angola. Em 1990 foram enviados os três primeiros frades missionários. O objetivo primeiro não era tanto socorrer as Igrejas locais em suas necessidades, mas partilhar o carisma franciscano através da “implantação” da Ordem em terras e culturas africanas.

Para entender esta Frente, é necessário ter presente duas dimensões:

A fundamental: o espírito missionário que brota da vocação e missão de irmão e menores. Foi esta a compreensão de São Francisco e, portanto, deve ser a da Província: chamados para sermos enviados. O espírito missionário deve ser uma constante na vida e uma dinâmica contínua que perpassa todas as ações e serviços dos frades, independentemente do que estiverem fazendo ou de onde estiverem presentes.

A ocasional: que se concretiza em projetos missionários e que tenta corresponder a desafios especiais. Exige uma preparação adequada e uma disponibilidade dobrada porque implica num deixar para trás hábitos e costumes, às vezes, também a terra natal, e nos lança no território do testemunho e diálogo.

FUNDAÇÃO IMACULADA MÃE DE DEUS
Luanda – Palanca
Paróquia São Lucas
Quimbo São Francisco – Santuário
Viana
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Malange
Paróquia dos Santos Mártires
Seminário Monte Alverne
Fraternidade São Damião
Quibala
Missão Nossa Senhora das Dores
Postulantado Santo Antônio

Coordenador:
Frei Robson Luiz Scudela
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