* 02.07.1936 †09.04.2007
Faleceu dia 9 de abril, às 23h45, em Curitiba, após longa enfermidade (1 ano e 2 meses), Frei Luiz Valmorbida. A missa de corpo presente será hoje às 15h00 e o sepultamento às 16h30. R.I.P.
ATIVIDADES NA EVANGELIZAÇÃO
Luzerna: 17/12/1966 – missionário popular
Chopinzinho: 29/01/1971 – vigário paroquial
Pato Branco: 27/01/1974 – guardião e pároco
Canoinhas: 21/12/1976 – guardião e vigário paroquial
Xaxim: 04/12/1979 – coordenador fraternidade e vigário paroquial
Curitiba: 26/06/1981 – vigário paroquial
Piraí do Sul: 18/06/1982 – vigário paroquial
Chopinzinho: 21/01/1989 – vigário da casa e vigário paroquial
Rio Negro, Bom Jesus: 28/09/1990 – vigário paroquial
São Paulo, São Francisco: 06/12/1990 – vigário paroquial
Blumenau: 1994 – vigário paroquial
Luzerna: 22/11/2000 – vigário paroquial, guardião
Xaxim: 07/11/2003 – vigário paroquial
Curitiba: 28/09/2005 – vigário paroquial
RELATO SOBRE O PERÍDO DE ENFERMIDADE DE FREI LUIZ
Na manhã do domingo de carnaval do ano de 2006, Frei Luiz Valmorbida foi encontrado caído em seu quarto, pedindo auxílio. Foi levado imediatamente para o pronto-socorro do Hospital Nossa Senhora das Graças (Curitiba), onde foi diagnosticado um desvio numa das vértebras da coluna. Medicado, retornou para casa. Pareciam sanadas as dores que sentiu naquela manhã. Dia seguinte, as dores voltaram. Procurou-se então um ortopedista que reconfirmou o diagnóstico anterior. Novamente foi medicado e retornou para casa. No entanto, percebia-se que algo não estava bem. No final daquele mesmo dia foi internado no Hospital do Alto da XV. Tudo indicava que o problema estaria situado na coluna vertebral. No entanto, entre um exame e outro, os enfermeiros perceberam que ele não estava urinando. Diante da constatação do fato, e a urgência e gravidade da situação, foi introduzida uma sonda. Quando se fez a perfuração abaixo do umbigo, descobriu-se uma grande infecção.
Dois dias depois, Frei Luiz foi levado para a UTI, onde permaneceu por várias semanas. Dia após dia o quadro se agravava. A infecção se transformou em septicemia, ou seja, infecção generalizada. Com o passar das semanas, começaram a surgir escaras nas pernas e nas costas. Detectou-se também a presença excessiva de líquido nos pulmões. Entrou em estado de coma. Em pouco tempo adquiriu um aspecto cadavérico. Pensou-se que seu fim estivesse próximo.
No entanto, com o passar das semanas, Frei Luiz readquiriu a consciência. Os médicos acharam por bem transferi-lo para um apartamento. Aos poucos, muito lentamente, foi readquirindo vida. Vale aqui destacar a presença, o apoio, o auxilio da fraternidade do Bom Jesus de Curitiba. Louvor especial merece uma senhora da paróquia Bom Jesus (D. Claudinora, mais conhecida como Nora) que com grande disponibilidade e carinho tornou-se durante todo o tempo de sua enfermidade, seu “anjo da guarda”.
No segundo semestre de 2006, o corpo médico achou por bem que ele retornasse para o Convento, sem, porém, receber alta hospitalar. Avaliaram que um ambiente que não fosse aquele hospitalar haveria de favorecer o processo de recuperação. Passou a receber cuidados médicos em casa, além de fisioterapia diária. Nos inícios de dezembro de 2006, começou a dar alguns passos pelos corredores, sempre auxiliado pelo fisioterapeuta ou pelo “seu anjo da guarda”. Aos poucos passou a fazer uso de uma bengala para seus exercícios. Celebrava diariamente na capela interna do convento – e o fazia com prazer. Com a proximidade do Natal se pôs à disposição para auxiliar nas confissões. Na celebração do jubileu de Frei José Bertoldi e Frei Cássio Vieira quis participar da concelebração; auxiliado e apoiado na bengala participou da procissão de entrada e de toda a celebração. Tudo indicava que estava progredindo bem no processo de recuperação da saúde. Inclusive já estavam sendo programadas duas cirurgias: próstata e catarata.
Em meados de janeiro de 2007, adquiriu um resfriado. E com este voltaram as complicações nos pulmões. Foi internado novamente; daquele momento em diante, o hospital passou a ser sua segunda casa. Sofreu intervenção para drenar líquidos dos pulmões. A fraqueza foi se tornando sempre mais sentida. Aos poucos, Frei Luiz, que parecia ter “sete vidas”, foi sendo consumido pela dor. Frei Carlos Körber, com dedicação de irmão maior, fazia o possível – senão o impossível – para acompanhá-lo em cada instante. Desdobrava-se para que nada lhe faltasse – e não faltou. Até que a irmã morte visitou Frei Luiz: trovador, cantor, poeta, irmão, homem com suas fraquezas e virtudes.
Frei Luiz gostava de cantar, de elaborar versos (existe material enorme neste sentido: poesias, versos, peças de teatro). Gostava de celebrar a Eucaristia, atender as pessoas que chegavam ao convento buscando e pedindo o perdão. Com alegria assava um churrasco para os frades no pátio interno do convento. Com prazer preparava um chimarrão. Com seu jeito simples, ciente de suas limitações, mostrava seu ser fraterno. Seu período de doença tornou-se para ele um verdadeiro calvário. No entanto, o desafio que representou para a fraternidade o cuidado para com o confrade fez com que todos se sentissem mais irmãos. (R.I.P.)
Dados Pessoais
• Nascimento: 02/07/1936, em Concórdia.
• Noviciado: 1960
• Profissão Solene: 01/02/1964
• Ordenação Presbiteral: 15/12/1965
• Estudos de Filosofia: 1961 e 1962
• Estudos de Teologia: 1963 a 1966