Vocacional - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

O grande momento do Tríduo Pascal

27/03/2016

“ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS: ALEGREMO-NOS E NELE EXULTEMOS, ALELUIA!”


Frei Douglas da Silva, ofm

Se a Igreja na celebração da vigília aguardava ansiosa pela ressurreição do Cristo, hoje, o que se houve são os cantos de “Aleluia, o Senhor Ressuscitou!”.

Logo pela manhã, deste domingo (27/03) antes da oração das Laudes, eis a surpresa: Em um dia não muito típico para essa estação, o sol mais uma vez nos surpreendeu em um céu azul. Mas, a grande surpresa não era o sol, mas sim a lua que se encontrava clara e silenciosa; ela mesma que testemunhou silenciosamente a Ressurreição do Cristo.

E foi nessa alegria da certeza da ressurreição que iniciamos a nossa oração das Laudes, que por meio do hino, das antífonas e dos salmos, exclamava-se, com Aleluias, o mistério da Ressurreição. Na antífona do Salmo 149 temos a certeza que todas as promessas se cumpriram, “Aleluia, o Senhor ressuscitou como havia anunciado, aleluia!”.

Frei Rodrigo da Silva Santos, mestre dos frades de profissão temporária, foi o presidente da celebração da Missa da Páscoa. Durante o rito, todos os fiéis se uniram em um único clamor a Deus, que diz: “Ó Deus, por vosso filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concede que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

Além disso, na primeira leitura desta tão solene celebração, há o relato do apóstolo Pedro, que tomando a palavra, faz como que uma narrativa da vida de Jesus. Ele descreve desde o batismo e morte de Cristo, para afirmar que “Deus o ressuscitou no terceiro dia”. E assim, por meio das palavras do salmista entendemos que não há mais motivo de tristeza, de dúvidas ou medos, pois “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!”. Por isso, o apóstolo Paulo escreve à comunidade dos colossenses dizendo que eles busquem em se esforçar “por alcançar as coisas do alto”. Além disso, afirma que se buscarmos o Cristo no dia de sua ressurreição seremos revestidos da mesma glória. E na Sequência Pascal (saiba mais) somos convidados a cantar o testemunho de Maria Madalena diante do túmulo vazio e exclama: “Ressuscitou de verdade. Ó Rei, ó Cristo, piedade!”.

Na homilia, Frei Rodrigo dizia que “acompanhamos Maria Madalena indo ao túmulo vazio, que não dizia nada, alguém poderia ter roubado o corpo de Jesus, para ela, não bastava apenas terem matado o seu mestre, era necessário ainda humilhar os seus discípulos, tirar deles o corpo do seu senhor”.

Encontramos Maria correndo em direção aos apóstolos e dizendo: “roubaram o corpo do Senhor”. Neste momento Pedro e João saem correndo em direção ao túmulo. O evangelho nos diz que João correu primeiro mais não entrou, esperou por Pedro. Frei Rodrigo destacou que Pedro ao entrar no túmulo apenas o viu como também Maria Madalena. Porém, afirma o evangelista sobre o discípulo amado: “Ele entrou, viu, e acreditou”. Só acreditou por causa de sua intimidade com o Senhor.

A liturgia de hoje nos convoca a anunciar não um fato que alguém possa ter contado a mais de dois mil anos; um fato que por muitos poderia ter sido entendido como uma mentira; um fato de que todas as promessas teriam falhado; um fato ocorrido na noite sem testemunhas; um fato que só pode ser vivido com os olhos da fé. É na certeza do anúncio dos primeiros discípulos, que deram sua vida pela Verdade que podemos hoje celebrar a Ressurreição do Senhor.

Também nós somos convidados a sermos testemunhas do Cristo Ressuscitado! Por isso, a Igreja após a benção final convida os seus fiéis a irem à alegria e na certeza da Ressurreição: “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia, aleluia. Graças a Deus. Aleluia, aleluia!”.


CONVENTO SÃO BOAVENTURA CELEBRA A IMENSIDÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO!

Frei Gabriel Dellandrea, ofm

A Fraternidade Franciscana São Boaventura acordou neste Sábado Santo (26/03) com uma boa notícia: o sol venceu as nuvens. Isto mesmo, coincidência ou providência divina, no dia em que celebra-se a Vigília Pascal, a festa da luz da Ressurreição de Cristo, até São Pedro resolveu dar uma ajudinha com um dia de sol maravilhoso depois de uma semana chuvosa, lembrando que sempre “após a tempestade há a bonança”.

Por isso, o dia foi recheado de momentos fortes de oração e de preparação para a celebração da Vigília. Pela manhã, celebrou-se o Ofício das Luzes, onde em cada salmo entoado, cantando a esperança no Senhor, simbolicamente as velas de um candelabro eram acesas para representar que a luminosidade de Cristo jamais se apagará no lenho da cruz! Ela brilha com a cruz e com a certeza de que a morte não é uma inimiga, mas porta de acesso para a vida com Deus!

E com o irmão sol radiante não faltaram esforços para preparar tudo com muito carinho. Alguns passavam com troncos de lenha e grimpas para fazer a fogueira, acesa no início da celebração da Vigília, outros foram atrás de flores para a capela e refeitório. Sendo assim, ao entardecer do dia tudo estava preparado.

Frei Jean Ajluni, o guardião, presidiu a celebração da Vigília Pascal, que contou com uma intensa participação das pessoas queridas que moram nas redondezas do convento. Durante a celebração, repleta de hinos bem cantados e uma rica simbologia, uma criança da comunidade também foi batizada.

Durante a homilia, frei Jean destacou a importância de contemplar o mistério da Ressurreição do Senhor. O guardião fez questão de enfatizar que dedicara horas durante a tarde para preparar o que falar e se viu diante da necessidade de guardar silêncio para bem contemplar tão grande dádiva, que segundo o frade, não pode ser expressa em palavras, por ser demasiadamente indizível. E para concluir seu pensamento, recordou uma historieta que relatou o espanto de um pescador – que sempre pescava em pequenos rios – quando viu o mar, e estupefato exclamou: “Nem sei onde jogar o anzol nessa imensidão”!

E foi assim que toda a comunidade foi convidada a vislumbrar esse belíssimo horizonte da Vida Nova proposta por Cristo. Pode haver semanas de chuva, mas há sempre aquele dia em que o irmão sol vence as nuvens e mostra sua grandeza. E é assim na fé de cada cristão: em Jesus Cristo, que cumpriu a missão do Pai, sendo condenado, morto, sepultado, que está também a certeza da Ressurreição e da Vida!


“NÃO QUERO, QUE TRATES COM SUPERFICIALIDADE O SEGREDO DE TÃO GRANDE MISTÉRIO”



Frei Danilo Santos Oliveira, ofm
Nesta sexta-feira Santa (25/03), o Convento São Boaventura, juntamente com as Igrejas de todo mundo silencia o coração para meditar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, que obedecendo ao Pai, por amor incondicional, a nós sofreu o martírio da cruz.

A paixão de Cristo é o ápice de sua entrega de amor por nós, pois morrer na cruz na época de Jesus era para os criminosos, aqueles excluídos da sociedade. Para a nossa salvação, o Filho de Deus toma a cruz em seus ombros e nela entrega a sua vida por fidelidade a missão que o Pai lhe confiou.

Frei Valdir Laurentino, em sua homilia, citou São João Crisóstomo que nos diz: “Não quero, que trates com superficialidade o segredo de tão grande mistério”. A palavra de Deus nos aponta caminhos para imbuirmos o mistério da morte e ressurreição de Cristo. “Jesus tomou sobre si nossas enfermidades, nossas dores e foi ferido por nossos pecados, se entregou pouco a pouco, demonstrando seu grande amor, e esse amor nos compadece, fazendo com que nós participemos desse sofrimento com Ele”, enfatizou o presidente.
Toda pessoa de fé, neste dia santo quer entrar em sintonia com a Paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor. Essa é a grandeza do mistério que celebramos, com esse Deus de misericórdia, ressurgindo para a vida eterna.

Frei Valdir também nos lembrou de alguns personagens que acompanharam Jesus para o caminho do calvário. Alguns deles são: Cirineu, a pessoa que foi forçada a ajudar Jesus a carregar a cruz, com esse exemplo vemos pessoas que ainda hoje não estão dispostas a seguir o Cristo na gratuidade, e se seguem não é por amor, não é por convicção, não é por adoração, não é por comunhão de vida, é visando apenas o que lhe agrada. Também lembrou Verônica, a mulher que enxugou a face ensanguentada de Jesus, com esse gesto lembramos todos aqueles que ajudam as pessoas que sofrem, levando o conforto e a libertação. Essas reflexões nos proporcionaram uma profunda meditação da Paixão do Filho de Deus. Na sequência todos puderam fazer seu momento de adoração e beijo da cruz.

No entardecer deste dia, rezamos a via-sacra no bosque do convento, também houve a participação do povo, contemplando a dor e sofrimento de Cristo projetando para nossa realidade. Assim, fizemos nossas preces pelos sofridos e nos colocamos sob um olhar de compaixão para com eles. E assim, com muita piedade, rezemos irmãos uma bela oração que nosso Pai Francisco rezava diante da cruz: “Nós vos adoramos santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui em todas as vossas Igrejas, que estão no mundo inteiro, e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”.


QUINTA-FEIRA SANTA: MEMÓRIA DA ÚLTIMA REFEIÇÃO QUE CRISTO REALIZOU COM OS SEUS DISCÍPULOS



Frei Tiago da Silva Soares, ofm

A Fraternidade Franciscana São Boaventura, conjuntamente à comunidade local, celebrou nesta última quinta-feira (24/03) a liturgia da Ceia do Senhor, que faz memória da última refeição que Cristo realizou com os seus discípulos.

A Ceia do Senhor, celebrada na Quinta-feira Santa, tem por centralidade três grandes gestos que apontam para a suprema caridade do Filho de Deus, a saber: o rito do lava pés, a instituição da Eucaristia e o mandamento do amor. Nesta celebração, que marca o início do Tríduo Pascal, Frei Rodrigo da Silva Santos, em sua homilia explicitou a força contida em cada um desses gestos, de forma que, o primeiro movimento, isto é, o serviço que o Divino Mestre realizou para com os seus discípulos naquela noite da Páscoa judaica, o lava pés, tem por fundamento o amor doação, posicionamento este que identifica a natureza de sua missão terrena, da dinâmica do cuidado que promove a vida e que recupera a dignidade do gênero humano.

O acento dado para com este aspecto, que participa da celebração da Ceia do Senhor, está totalmente voltado à humildade de Cristo, que sendo Deus, ocupa a posição de escravo, daquele que lava os pés da criatura e que não mede esforços para realizar a obra redentora do gênero amado e assumido por Ele. Neste pondo, Cristo deixa o exemplo da “verdadeira autoridade” aos seus seguidores, visto que, o ministério assumido por ele está todo orientado para a concretização de uma nova realidade, de uma nova estrutura de relacionamentos e de uma nova consciência. Este elemento singular, original, que está contido no gesto deixado pelo Senhor, trata-se portanto, da autoridade exercida enquanto promoção da vida que se dá no serviço ao semelhante, uma vez que, no Reino de Deus, o maior é aquele que serve, é aquele que não busca a si próprio, mas orienta todo o seu viver para “ser” expressão de vida aos irmãos. Entretanto, conforme a observação feita pelo presidente desta celebração, nota-se também o “espanto” de Pedro para com esta novidade, resposta esta, dada pelo discípulo, totalmente orientada pela lógica humana que não é capaz de compreender e acolher a tamanha gratuidade e radicalidade do amor que emana do Mestre.

Por conta deste distanciamento de Pedro para com a postura do Cristo, Frei Rodrigo abordou como causa deste “espanto” a dureza do coração humano frente à realidade da “doação”, ou seja, o mal do egoísmo que gera obstáculos para a perfeita vivência do mandamento do Senhor. Nesse sentido, romper com a lógica dos poderosos deste mundo, que obedece a uma escala hierárquica, significa uma radical mudança na forma de pensar, visto que, o seguimento do Cristo não caminha para a mesma direção – explicou o celebrante. Logo, o exemplo deixado pelo Senhor destaca o espírito que deve mover aqueles que abraçam a causa do Reino, isto é, a vivência do amor doação. E deste sublime ensinamento, o Filho de Deus pede aos seus a estreita observância do mesmo, amar tal como Ele nos amou, de forma que, iluminados por esta força que vem do Filho de Deus, todos sejam um, todos sejam irmãos uns dos outros, promotores da paz e do bem, construtores de uma nova realidade, de um novo céu e de uma nova terra – eis a condição para caminhar com o Cristo da paixão, morte e ressurreição.

Deste modo, conforme foi explicitado em homilia, o amor para com o semelhante identifica o caminho do discípulo fiel a Cristo, daquele que realiza a experiência do lava pés e participa verdadeiramente da Ceia do Senhor, condição que permite ao gênero humano o estado de verdadeira comunhão com o Filho de Deus, que se fez presente no Sacramento do Altar, memorial instituído pelo Divino Mestre durante a última ceia com os seus discípulos – alimento salutar que contempla esses dois movimentos – o amor doação, que promove a vida e o amor presença, que confere vigor ao discipulado.

Após os ritos finais desta celebração, toda a comunidade pode participar de um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, ponto este que fora conduzido pelos frades da fraternidade local. Como sinal visível da presença do Cristo entre nós, A Ceia do Senhor também recorda a instituição do sacramento da ordem, ministério este conferido aos sacerdotes da igreja, que sob a força deste serviço, atualizam o memorial do Senhor e administram ao povo de Deus o Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus Cristo.

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