Vocacional - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Resumo da Filosofia Política

19/04/2021

 

  1. DOMINAÇÃO BURGUESA E AS REVOLUÇÕES OPERÁRIAS, (SEC. XIX)

A infância e a adolescência de Marx decorreram na Renania, a região alemã econômica e politicamente mais desenvolvida. Esta província sofreu, mais do que qualquer outra região alemã, a influência da revolução burguesa francesa de 1789. Num ano o vale do Reno tornou-se teatro de opressões militares dos exércitos revolucionários, de levantamentos camponeses, de ações dos democratas alemães inspirados pelos ideais jacobinos de liberdade, igualdade e fraternidade. Após a vitória dos franceses, a margem esquerda do Reno foi legada a República Francesa e posteriormente, ao Império de Napoleão. Aí o regime feudal foi, no essencial, suprimido: a grande propriedade latifundiária, eclesiástica foi liquidada, os privilégios feudais foram abolidos, foram introduzidos dos tribunais de jurados e o Código Civil napoleônico. Tudo isto deu um empurrão ao desenvolvimento industrial da região.

Em 1815, por decisão do congresso de Viena, a maior parte da Renânia voltou a pertencer à Prússia estava muito atrás da Inglaterra e da França. Permanecia um pais agrícola, com um proletariado pouco numeroso. A pequena burguesia dos grandes latifundiários, e a pequena burguesia urbana (artesões e comerciantes), constituíam a maioria da população.

O desenvolvimento industrial faria, porém, progressos na Alemanha. Nas suas diferentes regiões, apareciam focos de produção capitalista, surgiam fábricas e minas, tendo-se iniciado em 1835, a construção de vias férreas . A Renãnia estava à cabeça das províncias industrialmente desenvolvida na Prússia.

As transformações econômicas e políticas que se verificaram na Renãnia nos anos 20 e 30 do séc. XIX, refletiam processos sociais que se desenvolviam em toda a Alemanha e em muitos outros países europeus. Por outro lado, amadureciam os pressupostos para uma revolução burguesa, que devia suprimir os restos do feudalismo na ordem social e política e abrir caminho ao capitalismo, como acontecera na Inglaterra e na França.

Enquanto na Alemanha o movimento operário alemão estava apenas a nascer, nos países capitalistas mais desenvolvidos, como a França e a Inglaterra, o proletariado já descia à cena histórica como adversário da classe capitalista, como força objetivamente hostil à sociedade burguesa.

A revolução industrial em pleno desenvolvimento, a passagem do artesanato e da manufatura para a industria capitalista, baseada no emprego das máquinas, levavam a pauperização dos trabalhadores, à ruína dos pequenos artesãos e comerciantes nas fábricas capitalistas. As novas máquinas dispensavam centenas e milhares de braços, levando ao desemprego.

Simultaneamente, a grande produção mecanizada, exigindo a concentração de massas proletária nas fábricas, contribuía para sua coesão, libertando gradualmente só antigos artesãos da mentalidade pequeno-burguesa alimentada pela vã esperança de se tornarem pequenos patrões independentes. No processo de formação da sua consciência de classe, os operários aprendiam a ver o inimigo não nas máquinas, como acontecia no passado, mas nos próprios donos das fábricas, em todas as classes privilegiadas e possidentes. Crescia a tendência dos operários para se unirem, primeiro segundo as profissões e, depois, numa escala mais ampla, como o objetivo de se oporem a opressão. Criavam-se as primeiras organizações operárias: os sindicatos e as sociedades de ajuda mútua.

Em 1831 e 1834, na cidade de Lião, grande centro industrial da França, verificavam-se insurreições proletárias. Os tecelões que lutavam nas barricadas arvoravam uma bandeira com a inscrição: “viver trabalhando ou morrer combatendo”. Estas insurreições foram reprimidas bastante rapidamente mas não sem que tenham assustado terrivelmente a burguesia. Já a propósito da primeira insurreição o Journal des Debats (jornal dos debates), órgãos do governo, escrevia a 8 de Dezembro de 1831: “a insurreição de Lião revelou um importante segredo: a luta interna que se desenvolve na sociedade entre a classe possidente e a classe que nada possui”. Na Segunda metade dos anos 30, surgiu na Inglaterra o cartismo, primeiro movimento político de massas organizado da classe operária. Os seus membros exigiam a adoção de uma Carta do Povo contendo seus pontos, dos quais o principal era o sufrágio universal. Os cartistas consideravam a luta política um meio para melhorar a situação das massas operárias.

O protesto espontâneo das massas populares contra a exploração, a sua aspiração a uma vida melhor, de há muito que despertavam a esperança num regime social mais quitativo. Foi neste terreno que surgiu o socialismo utópico.

Na sua forma clássica, foi elaborado por três pensadores geniais dos fins do século XVIII e princípios do século XIX: Claudi-Henri Sait simon, Charles Fourier e Robert Owen.

As suas escritas continham um a crítica mordaz e justa dos chagas e dos vícios do regime capitalista, assim como previsões geniais de certas características da futura sociedade comunista.

Muitos anos mais tarde, em 1874, Friendrich Engels escreveu que o socialismo científico “se ergue sobre os ombros de Sint-Simon, de Furier e de Owen, de três homens que, apesar de todas as fantasias e apesar de todo o utopismo, se contam entre as caloças mais significativas de todos os tempos e que anteparam genialmente inúmeras coisas, cuja conexão nós hoje demonstramos cientificamente” 1º (F. Engels, Complemento do Preâmbulo de 1870 a “Guerra dos Camponeses Alemães”.

Poucas vezes a incapacidade dos governos em conter o curso da história foi demonstrada de forma mais decisiva do que a geração pós-1815. E, ainda, nunca na história da Europa e poucas vezes em qualquer outro lugar, o revolucionário foi tão endêmico, tão geral, tão capaz de se espalhar por propaganda deliberada como por contágio espontâneo.

Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1820. A primeira ocorreu em 1820-4. Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao mediterrâneo, com a Espanha (1820), Nápoles (1820) e a Grécia (1821). Fora a grega, todas as insurreições foram sufocadas pelas grandes potências que tinham gasto mais de 20 anos para derrotar a revolução Francesa.

A Segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34, e afetou toda a Europa a oeste da Rússia e o continente norte-americano. Na Europa, a derrubada dos Bourbon na França estimulou várias outras insurreições. Em 1830-1, a Bélgica conquistou sua independência da Holanda, em 1830-1, a Polônia foi subjugada somente após consideráveis operações militares, várias partes da Alemanha e da Itália estavam agitadas, o liberalismo prevalecia na Suíça, enquanto se abria um período de guerras na Espanha e em Portugal. A Irlanda garantia sua Emancipação Católica em 1829.

A onda revolucionária de 1830, foi portanto, um acontecimento muito mais sério do que o de 1820. De fato, ela marca a derrota definitiva dos aristocratas pelo poder burgueses na Europa Ocidental. A classe governante dos próximos 50 anos seria a “grande burguesia” de banqueiros, grandes industriais e as vezes altos funcionários civis, aceita por uma aristocracia que se apagou ou que concordou em promover políticas primordialmente burguesas, ainda não ameaçada pelo sufrágio universal, embora molestado por agitações externas causadas por negociantes insatisfeitos, pela pequena burguesia e pelos primeiros movimentos trabalhistas.

Por trás das grandes mudanças políticas estavam grandes mudanças no desenvolvimento social e econômico. 1830 determina um ponto crítico, qualquer que seja o aspecto da vida que avaliamos de todas as datas entre 1789 e 1848, o ano de 1830 é o mais devidamente notável. Ele aparece com igual proeminência na história da industrialização e da urbanização no continente Europeu e nos Estados Unidos, na história das migrações humanas, tanto sociais quanto geográficas, e ainda na história das artes e da ideologia.

A terceira e maior das ondas revolucionárias ocorreu em 1848. Quase que simultaneamente, a revolução explodiu e venceu na França, em toda a Itália, nos Estados Alemães na maior parte do império dos Habsburgo e na Suíça (1847). De forma menos aguda, a intranqüilidade afetou a Espanha, a Dinamarca e a Romênia, de forma esporádica, a Irlanda, a Grécia e a Grã-Bretanha. Nunca houve nada tão próximo da revolução mundial com que sonhavam os insurretos do que esta conflagração espontânea e geral. O que em 1789, fora o levante de uma só nação era agora, assim parecia, “a primavera dos povos” de todo um continente.

A 22-24 de Fevereiro de 1848, o povo Francês derrubou o “rei dos banqueiros”, Luís Filipe, e proclamou a República. Sob a pressão das massas populares, o regime policial de Metterrich caiu, o imperador da Áustria foi abnegado a promover uma constituição. A vitória do povo também nas insurreições de Viena e Berlim, reforçou o movimento revolucionário nos Estados Unidos. A torrente revolucionária, que se espalhava através da Europa, aproximava-se cada vez mais da Inglaterra burguesa e aristocrática, a Ocidente, e da Prússia feudal, a leste.

As causas históricas das revoluções de 1848-1849, consistiam essencialmente no agravamento das contradições entre o capitalismo em desenvolvimento e os regimes absolutistas feudais ainda existentes na maioria dos países da Europa. Na França, este regime tinha sido derrubado em fim do séc. XVIII; a nova revolução burguesa e democrática fora provocada neste país pelos obstáculos que o domínio político da aristocracia financeira levantada ao desenvolvimento capitalista. Nos outros países, as tarefas essenciais da revolução consistiam no derrubamento das monarquias absolutas, na supressão da propriedade agrária feudal, na libertação do jugo estrangeiro, na criação dos Estados nacionais unificados.

As revoluções de 1848, distinguiam-se do seu modelo clássico, a grande revolução burguesa Francesa, pelo fato de no decurso delas Ter surgido na cena política uma nova classe, o proletariado. O seu papel revolucionário manifestou-se particularmente na França. Os operários Franceses conquistaram a república de armar na mão e exigiram que ela fosse proclamada república social.

As contradições entre as duas classes principais da sociedade capitalista adquiriram uma forma particularmente desenvolvida na metrópole do capitalismo, a Inglaterra. Assim, logo no início da revolução de 1848, se confirmou a previsão formulada por Marx e Engel na Deutsche-Brusseler-Zeitung referente à distribuição das forças nos combates revolucionários, “Por toda a parte, por detrás dele (do burguês) está o proletariado”.

Marx, acolheu com grande alegria as primeiras notícias da revolução de Fevereiro na França e das suas repercussões nos outros países. Marx considerava os períodos revolucionários os momentos mais importantes, decisivos da história mundial, aqueles em que as massas populares dão um grande salto em frente, varrendo os obstáculos que se erguem no caminho do progresso da humanidade.

KARL MARX

Nasceu aos 5 de maio de 1818, em Trier, Alemanha. Filho de judeu convertido, estudou em Berlim, seguindo com entusiasmo a fil. de Hegel. Dedicou-se ao jornalismo, criticando os governos absolutistas do tempo. Sofreu ameaças de prisão. Refugiou-se em Paris em 1843, e Bruxelas onde encontrou Engels, onde fez amizades. Em 1848, publicou o manifesto comunista juntamente com Engels. Em 1849, constatou pessoalmente a condição operária das indústrias, o que o animou na sua atividade intelectual. Coordenou a atividade do proletariado de todo mundo. Morreu em 14 de março de 1883.

Obras: Crítica da filosofia hegeliana do direito público 1843.

Manuscritos econômicos filosóficos 1844.

Teses sobre Feuerbach 1845.

Miséria Filosofia (resposta à filosofia da miséria de Praidhon) 1847.

O Capital 1867, (1º volume) o dois último foram publicados posteriormente por Engels

Manifesto Comunista 1848.

A Sagrada Família 1845.

A Ideologia Alemã 1846.

FRIEDRICH ENGELS

Nasceu aos 18 de novembro de 1820, em Barmen, na Vestefália. Era filho de um rico industrial, sócio de poderosa empresa britânica. Desde cedo, Engels se mostrou contrário ao regime, e publicava artigos que iam contra ao próprio ponto de vista do seu Pai. Durante o serviço militar, os escritos hegelianos de esquema, ficando satisfeito. Em 1842, dirigindo-se para Inglaterra, conheceu pessoalmente Marx, verificando a existência de uma profunda semelhança entre suas concepções. Iniciou ai uma amizade Sem Fim. Ao longo da vida buscou apoiar-se em Marx, ao qual mesmo após sua morte, manteve-se fiel, propagando as publicações de seus escritos. Morreu em 1895.

Obras: Manifesto Comunista, Sagrada Família, A Ideologia Alemã.

Situação da Classe Operária 1845.
Origem da Família, da Propriedade Privada do Estado 1844.
Feuerbach e o ponto de chegada da Filosofia Clássica Alemã 1888.

ALIENAÇÃO

Para Marx, o homem é o ser que conquista a liberdade em fase a natureza. Através de instintos, os animais recebem das forças naturais o comportamento que devem ter para sobreviver. Do contrário o homem, pelo trabalho, consegue dominar as forças da natureza, colocando-as a seu serviço.

Distinto é pois o homem dos animais, que não trabalham senão para o sustento imediato dos seus filhotes. O homem na realização de um trabalho tem a capacidade de projetá-lo, ver os caminhos possíveis para realizá-lo. Neste sentido é que o trabalho humano modifica a natureza, segundo sua vontade e suas possibilidades, fazendo uso de instrumentos . e assim, a capacidade do trabalho humano transforma o mundo e o próprio homem.

Em Marx, o trabalho assume um caráter de humanidade. Contudo verifica-se características desumanas existentes no trabalho atual: “os homens realizam trabalhos indispensáveis a vida mas não se realizam como seres humanos”. No capitalismo o trabalho é odiado é uma obrigação imbecil, oprimente, redutora do homem a bestas de carga.

No sistema atual, o trabalhador produz bens, que depois de prontos, escapam ao seu controle. Ele não reconhece o produto do seu trabalho, não vê o que criou, o fruto de sua livre atividade. A criação do operário começa a se apresentar diante dele como um ser estranho, hostil, e não um resultado normal da sua livre atividade de modificação da natureza. E isto porque, o produto pertence a outrem e não ao trabalhador, ou seja, ao capitalista.

O capitalista é o proprietário no sistema industrial moderno. O trabalhador nada possui exceto sua força de trabalho individual. Para trabalhar, o trabalhador é forçado a vender a força de trabalho ao capitalista, efetuada de forma desvantajosa para o operário e vantajosa para o capitalista, dado a urgência e a necessidade do operário para sobreviver.

Neste quadro, Marx chama de Alienação de trabalho precisamente este fenômeno pelo qual o trabalhador desenvolvendo a sua atividade criadora em condições que lhe são impostas pela divisão da sociedade em classes, é sacrificado ao produto do trabalho.

Para Marx, os regimes baseados na propriedade privada dos meios sociais de produção, sobretudo o capitalismo, tendem a transformar o homem num mero meio para a produção da riqueza particular. Em lugar do produto ser criado livremente pelo produtor, é o produtor que fica subordinado às exigências do produto, as exigências do mercado capitalista, onde o produto vai ser vendido.

Sendo o trabalho atividade fundamental da livre criação do homem (humanização) a corrupção da atividade criadora, a alienação do trabalho acarreta efeitos em todas as classes em geral. Os capitalistas por sua vez, também sofrem tais conseqüências desumanizadoras do sistema que engendra o fenômeno, sendo que ele mesmo se aliena em sua atividade improdutiva.

A medida da inexperiência cotidiana do trabalho produtivo o capitalista passa a desconhecer suas potencialidades criadoras. A alienação afeta os dominantes no pensar e no modo de compreender. Assim, as instituições por eles criadas representam o estatus quo, e ao mesmo tempo aparecem como símbolos, de modo a serem desconhecidas e hostis aos operários. Isto assim que, a modo da alienação da criação aos operários, a criação dos capitalistas está alienada desses não permitindo que se reconheçam em seus trabalhos.

SOCIEDADE COMUNISTA

A doutrina de Marx, perpassando por provações pacíficas e tempestuosas, ainda continua a servir o movimento comunista na nossa época, não só na análise mas também na compreensão do processo de construção da nova sociedade capitalista e comunista. Suas previsões não são receitas ou adivinhações, senão contornar essenciais que se confirmaram na prática dos países socialistas.

Ao definir as vias da construção do socialismo, Lenin parte da tese marxista: “a grande indústria constitui a base material do socialismo. É nela que a socialização da produção atinge nível elevado. Só ela pode reequipar todos os ramos da economia na base da nova técnica e assegurar um desenvolvimento integral das forças produtivas, o crescimento geral da economia Socialista. O Partido Comunista da antiga URSS, desenvolveu esta idéia sobra a base técnica moderna, aplicando com decisão a linha da industrialização Socialista do país constitui um primeiro exemplo histórico de desenvolvimento planificado da economia racional.

Lenin, no seu método e vias, apoiou-se em Marx, na análise das formas de propriedade. Duas formas:

# trabalho pessoal do produtor.
# exploração do trabalho alheio.

Os economistas burgueses confundiram-nas no desejo de esconder a exploração capitalista. Lenin viu a distinção.

  1. Propriedade baseada na exploração dos operários: é nacionalizada no decurso da revolução e na sua base são criadas empresas socialistas estatais.
  2. Propriedade baseada no trabalho pessoal: não pode ser expropriada e durante a revolução coloca-se a classe operária a tarefa de encontrar as formas e os métodos de transformar esta propriedade segundo princípios socialistas.

O Capitalismo científico usou desta forma, com uma política de cooperativização gradual na URSS, além das empresas estatais na indústria, criou-se cooperativas que uniam artífices e artesãos. Tal sistema, baseado na distinção das formas de propriedades, foi aplicado na agricultura com êxito. Criou-se empresas estatais baseadas nos domínios agrícolas capitalistas, formando cooperativas de exploração camponesa baseadas no trabalho pessoal.

  1. CARLOS FPURIER (1772-1837)

No interesse pelos problemas sociais, Fourier expôs suas idéias na obra Teoria dos quatro movimentos.

Sua doutrina: 1º os instintos e as paixões humanas são sempre bons: sua expansão leva os indivíduos à felicidade. Tudo se resume em encontrar boas instituições sociais onde a expansão é permitida. 2º o comércio é prejudicial, moral e materialmente, porque corrompe as disposições naturais do homem. E a alma danada que levará tudo à ruína se não for substituído. 3º casamento é uma hipocrisia, pois, escraviza a mulher, e deve ser substituído pela união livre. 4º nossa época encerra males de toda natureza. Mas gera forças para elevar a Humanidade á associações e harmonias, com liberdade de instinto, onde haverá riqueza, alegria e paz.

Julgou, diverso de todos os esforços científicos e filosóficos precedentes e inúteis, ter descoberto a teoria do movimento da harmonia universal.

Para ele os fenômenos são sujeitos a leis mecânicas são 4: social, animal, orgânica, material. A lei material foi descoberta por Newton. È necessário descobrir a social. Para ele a lei social é regida pelos instintos, os quais têm aquela por fim. É na obediência dos instintos que os mais nobres desejos seriam realizados. São condenados os conselhos dos moralistas filósofos e atos economistas que espalharam catástrofes.

Paixões:

  1. Sensuais (5 sentidos).
  2. Intelectualmente apaixonados (amizade, respeito, amor e sentimento familiar).
  3. Paixões apuradas (emulação, amor, variedade, concentração das forças).

O terceiro é mais importante. Tende a ordem social.

Fases da humanidade.

  1. Natureza (paradisíaco, tudo comum, abundância de frutos. Liberdade igualdade).
  2. Selvageria (falta de alimentos, lutas e conflitos).
  3. Patriarcado (chefes introduzem projo privada, rebaixam a mulher).
  4. Barbaria (feudalismo).
  5. Civilização (inimizade, desorganização. Ausência de sentimentos de pátria, justiça, Humanidade)

A especulação gerou miséria, riqueza, desapareceu família, lutas de classes, domínio de governos etc.

Alguns aspectos deste último foram positivos: bem estar, indústrias, riqueza, empresas que garantia a existência humana.

Garantismo: Sexta fase, transição do individualismo para o socialismo (sétima e última fase da humanidade.

Usa o termo socialismo (completa harmonia e felicidade. Os homens viveram e falanstérios; edifícios administrados sob normas cooperativistas.

Fourier não possuía atitude política definida. Era contrário a revolução, judeus, e admirava Napoleão. No fundo buscava recursos para executar seu plano.

  1. SAINT-SIMON

Assim como Kant (liberal), Saint-Simon é um economista liberal. A religião é a doutrina da ética prática. Seus discípulos após sua morte, juntaram a sua teoria as idéias de Fourier, fundindo com o marxismo.

Era aristocrata. Gastou todos os seus bens e conhecia bem de perto as questões industriais de sua época. Um banqueiro pediu cuidar de seus últimos dias, nos quais descreveu suas idéias.

A idéia central de Saint-Simon é que a missão principal da sociedade deve ser o desenvolvimento da produção das riquezas.

Os industriais são mais importantes que o claro e a nobreza. Deve pois os proprietários, a burguesia administrar o país, a fim de desenvolver a produção, sobre a qual repousa o edifício social. A lei fixa e os poderes são secundários.

Diferença, direito e a lei da propriedade:

Lei da propriedade = progressiva. A lei feudal era resultado da violência. Lei da propriedade fruto do trabalho.

Nas cartas a um habitante de Genebra (1802) divide a sociedade em três classes:

  1. Liberais (sábios, artistas, indivíduos de idéias progressistas).
  2. Possuidores, indivíduos adversários do progresso, inimigos de qualquer transformação.
  3. Os operários, em geral, os que se agrupavam em torno da palavra ordem de igualdade.

O poder dos ricos não resultado da riqueza, mas da superioridade intelectual.

Criou uma constituição democrática, que tornou não preponderante as camadas mais nobres e atrasadas da população. Foi partidário do domínio dos industriais. Acompanhou o desenvolvimento operário.

Educação da humanidade de Lessing, a partir da qual teve influência para auxiliar operários.

Catecismo dos industriais: dirige-se aos patrões e mostra-lhes a necessidade de se interessarem pela situação dos operários.

Nos últimos anos esteve a favor dos operários.

Novo catecismo (1825), o novo cristianismo deve regrar as relações entre o capital e o trabalho, no sentido de “melhorar o mais de pressa possível a sorte das classes pobres”. Sua preocupação é de que todos sejam irmãos. Faz apelo aos ricos de que se esforcem por cumprir as normas morais e cuidar da felicidade dos pobres.

Saint-Simon não era nem socialista nem democrata mas liberal avançado, desenvolvendo teorias éticas avançadas.

  1. ROBERTO OWEN

Ateve-se a História do Socialismo moderno. Foi o primeiro crítico social, compreendendo as significações da revolução industrial e visou com ela o progresso social. Compreendeu melhor que Simom e Fourier o mecanismo do Regime Capitalista.

Nasceu em 1771, Newton, Pais de Gales. Filho de empregado, trabalhou da mesma forma, desde cedo, seus privilégios naturais e suas faculdades o fizeram um predestinado a dirigir os homens. Seu caráter humano merecer grandes elogios.

Tornou-se diretor de fábricas têxteis. Abriu mais tarde empresas particulares, mas sempre ao lado da miséria dos operários. Realizou algumas reformas:

  1. Abriu escolas. Suprimiu castigo e prêmios. Fez lições de ginasticas aos meninos e arte as meninas.
  2. Menores de 10 anos não eram admitidos na fábrica. Jornada de 10hs e meia.
  3. Remodelou a fábrica mais bonita e higiênica. Saneou aldeias, criou hábitos de higiene e limpeza, ordem pontualidade. Fez armazéns cooperativos, preço baixo.
  4. Baixas de previdência para assistência médica e para velhice. Na crise continuou a pagar o salário integral aos operários.

Seu programa reformador consistia, os vícios não poderão desaparecer enquanto suas causas não forem suprimidas. É necessário criar condições de vida capazes de desenvolver instintos de sociabilidade, porque o caráter do homem depende inteiramente do meio em que ele vive. Trata-se de transformar o meio de maneira que o homem possa ser bem e trabalhar socialmente.

Em 1817, tornou-se socialista. Pedia aos desempregados que criassem cooperativas agrícola e industriais ao invés de assisti-los. A fábrica o desemprego ao avanço técnico, bem como também a causa da miséria e de toda a condição social existente, que possuía sempre mais a tendência de ficar pior.

Acreditava que os operários não se libertariam por eles mesmos somente. Tinha fé numa educação e evolução pacífica. Caiu na utopia. A situação de classes poderia ser modificada com a criação de colônia comunista. Fundou-as na América e Inglaterra.

Das idéias de Owen, o movimento operário mero aproveitou sem a parte crítica e o plano cooperativista, que mais tarde iria ser aplicado nas cooperativas de consumo.

FONTES DO PENSAMENTO DE MARX E ENGELS

Para obter contribuições, Marx e Engels se valeram de algumas concepções a partir das quais efetuaram a constituição do próprio pensamento. Praticamente são três, as grandes contribuições fornecidas:

– dos expoentes da esquerda hegeliana.
– cientistas e economistas do seu tempo.
– e do próprio Hegel.

Da esquerda hegeliana, receberam a teoria segundo a qual a religião é uma hipostatização das necessidades, dos desejos e dos ideais do homem, segue-se que não foi Deus quem criou o homem, mas o homem que criou a Deus. De Saint-Simon, veio-lhes a doutrina segundo a qual o aspecto mais importante da sociedade não é o político nem o religioso, mas o econômico. Do economista inglês Adam Smith tirou, sobre tudo Marx, de forma indireta, um ensinamento muito importante a respeito da estabilidade das leis econômicas. Enquanto para Smith as leis da sociedade capitalista do seu tempo eram leis universais e necessárias, válidas para todos os tempos e para todos os tipos de sociedade, para Marx. As leis econômicas da época não são universais nem necessárias, mas simplesmente leis próprias da sociedade capitalista e consequentemente destinadas a desaparecer com ela.

Do economista americano Morgan, tomou ele a teoria segundo a qual, conhecendo-se a situação de uma saciedade, é possível saber o que ela foi no passado e o que será no futuro. De Darwin aproveitou a teoria da evolução de tudo o que existe no mundo da natureza e da história. Finalmente, de Hegel herdou a identificação da realidade com a história e o método dialético.

Parte também da experiência pessoal, decisiva, em dois momentos:

-da experiência da aliança da Igreja com os poderes vigentes, teve motivos para lutar contra a religião.

-da experiência da miséria extrema dos operários do séc. XIX, decidiu sustentar a luta de classes.

Marx, estabeleceu uma nova interpretação do materialismo, mais sólida e mais orgânica do que as anteriores.

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