É nosso compromisso continuar oferecendo aos jovens das mais diversas realidades uma oportunidade autêntica e coerente para viver de modo mais perfeito os passos de Jesus Cristo pelo caminho apontador por São Francisco de Assis.
A partilha inicial foi inspirada num texto de Frei Ramiro de la Serna, abordando de modo bastante realista, o que o autor define como o “inverno das vocações”. Segundo ele nossa presença deve permanecer, ainda que em tempos de escassez, como sinal escatológico, baseado numa autenticidade de vida, coerência entre o que acreditamos, pregamos e vivemos, além de uma constante busca pela vivência de nosso carisma.
“A animação vocacional é um movimento interno do carisma que se expande gradualmente aos demais. Portanto, a primeira e grande expectativa é que a vida religiosa possa constantemente se renovar para ser, no mundo, aquilo que espera dela. Assim, fortaleceremos o ser franciscano”, lembra Frei Marx.
“De fato, o Papa São João Paulo II estava certo, ao afirmar que o mundo tem saudade de Francisco. E essa é a nossa segunda expectativa, de que o mundo possa abraçar o Francisco que vive em nosso meio e que reconheça a sua urgência em nossos dias. Todo esse sonho se conquista com pontos objetivos, partindo de uma vida autêntica até um projeto de animação vocacional claro e coeso, que dê visibilidade às iniciativas locais e provinciais”, espera Frei Marx.
Os desafios, contudo, não são poucos, como lembra Frei Diego:
- Levar os jovens a conhecerem e a se encantarem por um franciscanismo atual e encarnado na realidade, rompendo com idealizaçoes caricatas da figura de São Francisco.
- Realizar um acompanhamento eficiente com jovens que moram em cidades muito distantes de nossas Fraternidades.
- Reforçar a consciência entre as Fraternidades da Província de que a animação Vocacional depende do nosso entusiasmo e testemunho de vida.
- Embora já estejamos colhendo os frutos vocacionais da proximidade nascida a partir dos iniciativas com as juventudes, fica o desafio de consolidar esse trabalho sem cair na tentação utilitarista de acreditar que o único objetivo seja encher os nossos seminários.
À luz das reflexões, discussões e partilhas geradas neste encontro, cada animador regional retornou à sua realidade munido de novos elementos, com os quais buscará incrementar seu serviço vocacional de modo a traduzir com maior fidelidade o “jeito de ser franciscano”, modelo de vida que perpassa gerações e continua despertar vocações há mais de 800 anos.