Vocacional - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Reflexões avulsas

05/03/2021

 

Acerca da cruz

A cruz tem uma importância decisiva no pensamento e na vida de S. Francisco. Aqui, vamos iniciar uma reflexão acerca da cruz. Vamos arrolando reflexões, como elas vem vindo, todos os dias, como uma preparação para um trabalho mais coordenado. O que segue é algo como ajuntamento de materiais para um posterior trabalho.

  1. Importância da cruz nos Escritos de São Francisco de Assis:

– citada, mencionada referida com insistência e frequência inusitada;

– a busca acentuada de identificação com e imitação de Jesus Cristo Crucificado;

– tese constante e sempre de novo retomada de que tribulações, sofrimentos, contrariedades, dores e perseguições são elementos preciosíssimos para o seguimento.

  1. Examinar, como no fundo do nosso saber, ao averiguarmos essa importância que S. Francisco dá à cruz, existe uma precompreensão fixa, opaca, não examinada, sim inconsciente, que já de antemão nos faz a ‘cabeça’, determina a nossa leitura dos textos franciscanos. Essa precompreensão pode ser rastreada através das formulações que ocupam a nossa mente, quando dizemos p. ex.:

– sofrimento etc. é meritório, importante, pois quem segue a Jesus Cristo deve sofrer como ele sofreu. O discípulo não está acima do mestre etc.;

– sofrimento etc. é provação, teste para nos educar;

– é sacrifício que devemos suportar por amor de Deus etc.

Fazer um levantamento completo dessas suposições óbvias que habitam a nossa mente.

  1. Há em todas essas pressuposições um ponto, onde marcamos passo, a saber: não temos a vontade de saber melhor o porque de tudo isso e ver o processo interno e a estruturação dessa realidade chamada cruz, para podermos perfazer esse processo com inteligência e ali realmente crescer. É que pensamos já saber o que seja a cruz, ao passo que, em vez de realmente saber, temos de fato representações e imagens vagas, muitas vezes apenas palavras ou um forte sentimento de rejeição, medo, ou, se “assumida”, algo como sacrifício de resignação. Essa atitude de pouco interesse em pesquisar a essência da cruz nos impossibilita de entender S. Francisco naquilo que ele tem de mais próprio e diferente. Pois S. Francisco busca a cruz e o seguimento de Jesus Cristo Crucificado, como se ali estivesse o seu maior tesouro, anela ser como que um profissional especialista nesse processo da cruz, como p. ex. um guerrilheiro, especializado em tornar-se uma cabeça de ponte de uma invasão, busca positivamente como seu valor supremo estar em lugares, os mais impossíveis e difíceis. O que S. Francisco vê de grande e positivo, digamos de absoluto na cruz?
  2. Uma tentativa de lançar um esboço provisório e superficial para poder de alguma forma tematizar o processo e a estruturação do que constitui a cruz.
  3. a) Sofrimentos, dores, tribulações, contrariedades etc., para ser cruz, no sentido de S. Francisco de Assis, não podem ser: algo que possa ser evitado, rejeitado ou escolhido a modo de uma escolha de possibilidade alternativa. Devem ser uma encruzilhada, onde não há possibilidade de uma saída possível, a modo de nossas possibilidades. Nesse sentido não podem ser possíveis, mas devem ser impossíveis. Essa impossibilidade, para nós, que vivemos de possíveis, se chama necessidade.
  4. b) Não há pois outra saída do que expor-se corpo a corpo, nu e cru, a essa necessidade, e ser imediata e realmente pobre, fraco, ignorante, idiota. Mas todos esses termos ainda não garantem que se trata dessa exposição total e radical à necessidade. Pois todos esses termos no fundo se referem à riqueza, ao poder, ao saber, como modo deficiente. Com outras palavras, todos esses termos, usados pelo próprio S. Francisco, indicando a finitude, não estão em referência à negação ou privação ou carência do infinito, mas sim estão indicando nua e cruamente a verdade de que a dimensão do Deus de Jesus Cristo é inacessível.
  5. c) O inacessível, geralmente, nós o compreendemos como inatingível. Aqui, na experiência de S. Francisco, inacessível conota o vir de encontro do Absoluto, na sua doação absoluta, a ponto de Ele nos ter amado primeiro, antes que o amássemos, i. é, existíssemos. Essa anterioridade, a doação gratuita, essa entrega do amor de Deus, se entendida com precisão, se tematizada, nos pode mostrar a estrutura interna do modo de ser vivido por Jesus Cristo como cruz.
  6. d) Mas como? O Deus inacessível, na sua essência é Amor. “Deus est Charitas”. Mas amor inacessível! Como foi dito, inacessível não significa tanto ‘inatingível’ mas sim absoluto (cf. c). Significa que Amor que é Deus não pode ser compreendido a partir dos nossos amores. Com outras palavras, a partir das nossas medidas, nossas experiências, nossos saberes, por mais altos, profundos, imensos que sejam, não podemos compreender a sublimidade, a excelência, o abismo de profundidade, a ternura e o vigor do amor que é o próprio Deus. Nós, porém, sabemos como é o amor que é o próprio Deus, porque Ele mesmo veio ao nosso encontro e se nos mostrou. A revelação, a mostração do Amor de Deus è Jesus Cristo. Para S. Francisco, Jesus Cristo, o Crucificado… Isto quer dizer que no modo de ser, viver, falar e agir de Jesus Cristo, o Crucificado deve poder ser encontrado como é o amor de Deus.
  7. e) Como é o modo de ser do viver, pensar, ser de Jesus Cristo, visto por S. Francisco?

– Na obediência ao Pai, até a morte da cruz, amou o Pai, se doou a ele, o buscou, o seguiu, fez a sua Vontade, tornando-se pobre, humilde, homem das dores, o servo de Javé (cf. toda descrição, feita por Isaias a respeito do servo de Javé, sofredor).

– O característico desse modo de ser é obediência: até a morte da cruz: através dos sofrimentos, perseguições etc.

– Quais as qualidades essenciais desse modo de ser, denominado obediência através dos sofrimentos, perseguições até a morte na cruz?

– Um avançar inexorável, assumido de uma vez para sempre, sem a possibilidade de recuo, de retomada ou substituição, sem alternativa, sem outras possibilidades para escolher: Quem pos a mão no arado não olha mais para trás.

– uma exposição absoluta e radical de si mesmo ao que lhe vem ao encontro, sem mediação, sem facilitação, o confronto corpo a corpo, no contato total, onde nenhum recurso, nenhum instrumento, método ou preparação ou introdução pode me eximir, me poupar de me dar todo e nu, cru, sem máscara, sem proteção, na absoluta solidão de mim mesmo ao Radical Outro, a Deus inacessível.

– Essa solidão absoluta é, porém, a exigência de colocar em ação todas as minhas potencialidades na total doação da minha autonomia, na qual jamais posso substituir a minha própria responsabilidade de ter que dar, de querer dar, por outras instâncias que não seja doação de mim mesmo: amar de todo coração, com toda inteligência, com toda mente, todo ser, acima de tudo, i. é, sempre mais, sempre de novo, superando o nível anterior em que me achei:

– Desejo de fazer o máximo e mais do que o máximo: dar tudo;

– a impossibilidade de conseguir a partir de mim, inflama o desejo de dar tudo, mais e mais;

– sentimento imenso de gratidão, por Ele nos ter  permitido buscá-lo etc.etc.

– analisar o pedir esmolas, RegnB, p.ex.

– o modo de servir e trabalhar: trabalhos que exigem o corpo a corpo;

– a busca do martírio: modo de ser do expor-se nas terras das missões. – Perfeita Alegria, I Fioretti VIII.

  1. f) Depois de examinar as características bem cruas desse modo de ser da obediência de Cristo, averiguar que essas características cruas são aquelas qualidades que fazem dos sofrimentos, dores, e dificuldades, aquela realidade terrível e temível para nós. Com outras palavras, as perseguições sofrimentos, as dores, as perseguições e dificuldades, a cruz, naquilo que é terrível e temível para nós, esconde dentro de si as características positivas do modo de ser do Amor que J. Cristo tinha ao Pai, sendo-lhe obediente até a morte na cruz. Esse modo de ser que Jesus mostrou ao amar o Pai é a revelação do Amor que Deus tem para conosco. Isto significa que o Deus de Jesus Cristo ama, vem ao nosso encontro no modo de ser do corpo a corpo, inexoravelmente, arriscando tudo de si, expondo-se a nós, cheio de boa vontade de acertar, doando-se perigosamente, como quem não se incomoda de atravessar sofrimentos, dores, perseguições, morte até a morte na cruz, nos oferecendo sua ternura e seu vigor, como quem esmola o nosso interesse.
  2. g) Se o Amor de Deus assim exposto e entregue a nós na sua Boa Vontade de nos doar (fazer a Vontade de Deus!) é o Inacessível (nenhuma medida do nosso amor pode a partir de nós mesmos entender a possibilidade de tal doação), i. é, o vir ao nosso encontro do Deus de Jesus Cristo a nós, um tal Encontro pede de nós o mesmo modo de ser da obediência até a morte na cruz, pois a nobreza obriga. Daí, S. Francisco: o Amor não é amado!
  3. h) Daí, a busca insistente, temática, consciente, positiva da pobreza, sofrimento, contrariedade, tribulações, perseguições: carregar, sub-portar as perseguições, contrariedades etc., por amor dos sofrimentos de Jesus Cristo, o Crucificado = a Perfeita Alegria = a Consumada Realização do ser cristão = Dimensão Religiosa só compreensível nela mesma, em sendo. i) O que há de essencial para a compreensão da espiritualidade franciscana, a identificação de São Francisco com o Crucificado e o desejo ardente de Santa Clara (Cartas) de identificar-se com o Crucificado?

Participar do sofrimento de Jesus Crucificado. Expiação. No sentido de Seguimento apaixonado do Crucificado. Está intimamente unido com ser obediente, até a morte da cruz, i. é, ter como alimento fazer a vontade do Pai. A vontade do Pai é que todos fossem salvos por seu Filho Jesus Cristo. E Jesus carregou o pecado do mundo e foi condenado pelo Pai em lugar de nós: Meu Pai, meu Pai porque me abandonaste?

Mas tudo isso que evidência tem com o Amor do Pai?

Deixar completamente de lado a imagem do Pai como o ofendido que devia ser expiado. Pai aqui deve ser entendido como Jesus nos transmitiu: Amor absoluto. Por isso, a compreensão usual da expiação, que pagou pelo nosso pecado etc. etc., aqui não nos dá evidência.

Conforme frei Paulino, capelão do proto-mosteiro das clarissas de Assis (Convento de Santa Clara), o texto de Jo l9,30: hote oun èlaben tò óxos Iesus eipen: tetélestai, kai klínas ten kefalen parédoken to pneuma, não significa a constatação de que Jesus morreu (cf. a figura de Jesus no crucifixo de Santa Clara: Jesus soprando como que transmitindo o espírito!).

O sofrimento dos inocentes: Uma das coisas mais difíceis de serem assimiladas é o sofrimento dos inocentes. Cf. o Evangelho das Festas do Cristo Rei.

Por que os inocentes e os fracos devem sofrer? Por que o cristianismo sempre de alguma forma está lá onde há sofrimento no mundo? Cf. Beuys acerca dos que são os privilegiados de Deus, os inocentes sofredores, que conservam a substância do mundo? Não é assim que, para S. Francisco, a maior graça que alguém pode receber do Espírito Santo é participar dos sofrimentos de Cristo. Cf. a Perfeita Alegria, I Fioretti, c. VIII. Por quê?

Quando vemos os sofrimentos dos inocentes, não conseguimos coordenar essa injustiça com a Bondade do Deus Pai. E mesmo que tentemos justificar a Deus, dizendo que tudo isso deve ter sentido, na realidade o nosso intelecto não consegue nem ver, muito menos amar um Pai assim. Certamente o amor do Pai, como Jesus o viveu, deve ser uma experiência tão imensa, profunda e terna que faz desaparecer todas essas dificuldades que estamos ventilando aqui. Certamente o que chamamos de intelecto deve ser tão exíguo diante da imensidão do amor de Deus, que é mais do que normal que de todo esse imenso mistério nada compreendamos. Mas não porque é “cabeça”, não porque “racional”… Pois o intelecto tem coração que o coração desconhece… Qual é pois o todo coração exigido do intelecto no mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas?

1) O fato da ocorrência de um ente já é amor do Pai! Esse já não é provisório, digamos algo como introdutório. É total e radicalmente amor do Pai. E isto em todos os entes, nas suas diferenças qualitativas, as mais diversas, desde uma pedra até o Arcângelo Gabriel! Mas, não geral, nem comum, mas cada vez diferente, único e singular, isto é, um encontro pessoal.

2) Pessoal aqui não é idêntico com o individual, subjetivo. Nem personal. Mas o modo de ser próprio de Deus no sentido da S. Escritura: Deus est Charitas. Examinar as diversas palavras usadas pela SE para rastrear o fenômeno. Aqui não se trata de um relacionamento entre dois entes extremos, mas sim de totalidade. Aqui nesse amor tudo é amor, o Deus em tudo e em todas as coisas de S. Paulo. Esse ser: é Criação! Bonum diffusivum sui, de Alexandre de Hales. Examinar! E relacionar com o Cântico do Sol e indagar por que tudo aqui no Cântico do Sol é irmão e irmã, portanto pessoal. Não se contentar com símbolo, metáfora etc., mas ficar firme de que símbolo e metáfora etc., vêm antecedido de fundamentação ontológica.

3) Dizer que nada se ganha em ser criado, se não se é feliz, pressupõe que, para ser feliz e realmente ser, é necessário consciência. Consciência nessa suposição é o extremo oposto do binômio coisa-consciência. Um modo de pensar bitolado na compreensão do ser como ocorrência. Talvez, no amor da Criação, cada ente na sua singularidade é uma consciência singular, cada vez diferente, i.é, a referência com o Criador. E essa referência é a sua felicidade, cada vez. É o ser em sendo no encontro, é ser amado e assim amar, cada vez diferente. Nesse sentido que aqui não há nem grego nem gentil, nem o varão nem a mulher, conforme São Paulo. Esse nem isso nem aquilo, porem, é cada vez, em sendo amado e amando, na sua ‘entidade’ cada vez sua. Cf. São Francisco, Admoestação que diz que ninguém se glorie a não ser na cruz. As outras criaturas amam e servem melhor a Deus do que nós.

4) Daí, o único pecado é o orgulho. O pecado em todos os pecados é o orgulho. Nesse sentido do amar, o pecado é não ser!

5) Daí, Devolver a Deus o que é dele…! Investigar bem esse ponto em São Francisco.

6) Os inocentes que sofrem participam do ato expiatório do sacrifício de Cristo. Isto é, merecem sofrer com Cristo, têm o privilégio de estar com Cristo na cruz.

No entanto, todo o problema é purificar a nossa compreensão da expiação e também da vitima (Victima Pascalis), e ter uma compreensão profunda do que é a realidade. O Cordeiro de Deus, imolado que carrega o pecado do mundo.

A revelação do amor de Deus por Jesus Cristo nos mostra um amor que somente de longe podemos compreender através de exemplos os mais altos e sublimes do amor humano. Assim, uma pessoa que ama intensamente uma outra pessoa ama de tal modo que sofrerá com toda a maldade que o amado faz. E se apesar de toda a tentativa de evitar que essa pessoa seja má e faça maldade, por causa desse cuidado, recebe injuria e maldade, ela o perdoará, mas se preocupará com essa maldade. E com o tempo perceberá que somente o sofrimento poderá redimir essa pessoa má. Pois essa pessoa má faz maldade e é má porque no fundo não quer sofrer, odeia o sofrimento. Pois o sofrimento é tudo que vai contra a vontade arbitrária dela. O sofrimento como o que vai contra a vontade arbitrária da pessoa má no entanto é a única chance que a pessoa tem de alguma forma quebrar a cadeia de orgulho da maldade em si e se converter. Mas, ao mesmo tempo, é ocasião de tornar-se ainda mais má, revoltando-se contra o sofrimento.

Deus de amor é como alguém que, quando uma pessoa sofre, está junto dele, e sofre o mesmo sofrimento, mas faz em lugar dela a acolhida do sofrimento como manifestação do seu amor para com ela. Pois, no momento em que a pessoa aceita o sofrimento, ela se abrirá para o amor e a felicidade, mas sempre que se revolta e se torna má, causará um acréscimo de sofrimento à pessoa que a ama, pois esta, cada vez assume para si, o sofrimento que a pessoa má se causa. Assim, o Cordeiro de Deus carrega todos os sofrimentos não aceitos da humanidade, para no lugar dela aceitá-los e transformá-los em benção. Os inocentes são os que sofrem, aceitando o sofrimento como participação desse ato redentor de Cristo. Mas para poder sofrer assim, deve antes merecer, i. é, deve se purificar de tal modo que realmente possa sofrer inocentemente, como Cristo sofreu. Nesse sentido, os inocentes sofredores são os privilegiados de Deus. (Essa idéia é preciosa, pensar bem e formular de modo o mais perfeito possível).

Reflexões avulsas e provisórias

O verdadeiro amor é descrito como aquele que se faz gratuitamente, sem nenhum interesse. Uma tal determinação do amor confere à pessoa que ama uma grande dignidade e qualificação de nobreza. No entanto, uma tal determinação que qualifica tanto o sujeito do amor parece estar num interesse muito grande do sujeito do amor como sua autovaloração. A gratuidade lhe confere uma cotação muito alta nessa bolsa de valores humanos.

Uma tal gratuidade, vista da parte do objeto desse amor gratuito, é uma esmola. Uma esmola somente não humilha quando é recebida gratuitamente. O dar gratuitamente não garante que quem recebe não seja humilhado.

Mas o que significa receber gratuitamente? E o que significa dar gratuitamente? Não haveria uma gratuidade da gratuidade? Na qual, tanto quem dá como quem recebe devem-se humilhar na sua gratuidade, para ser acolhido numa doação que dá como quem pede?

Quem dá como quem pede dá por necessidade. Por isso, depende de quem recebe a sua esmola. Nesse sentido, quanto mais gratuita a doação, tanto mais depende de quem a recebe. Assim, em se dando totalmente, sente gratidão por quem recebe a sua doação, pois depende dele.

A essência do amor não consiste exatamente nessa humildade, nessa necessidade de ser amado por quem ama?

Mas, atenção, não entender essa necessidade de ser amado no sentido de amar para ser amado!

Examinar se a amor de Jesus Cristo Crucificado, que é a imagem perfeita do amor do Pai, e que foi personificado por São Francisco como a Senhora Pobreza, não se caracteriza exatamente por essa dependência da humildade e pobreza do Amor de um Deus encarnado.

Presépio, cruz e eucaristia: “o amor não é amado” de São Francisco de Assis.

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