Ao falar de fenomenologia, é possível fazê-lo historiograficamente e historialmente.
A colocação historiográfica é o que denominamos de posição ôntica e se determina como tendo um positum prévio posto como base: pressuposição. As pressuposições podem ser muitas e relacionadas entre si na escala de classificação generalizante e generalizada na abrangência da extensão do conteúdo a partir e dentro do horizonte do posicionamento. A abrangência suprema de um horizonte da classificação[1] generalizante e generalizada se expressa no termo ser, e aqui, como tal indica um bem determinado sentido do ser que em Ser e Tempo recebe o nome de ontologia tradicional. Só que sob essa denominação estão implícitas várias ontologias regionais[2]. Os temas da metafísica especial são: Universo, Homem, Deus. Deus, Homem, Universo ou Natureza são considerados aqui cada vez como região ou ‘espécie’. Como tal, pressupõem o ser, comum e geral, posto como plataforma. O ser aqui pressuposto é duplo: ser como realidade e ser como conceito. Mas essa divisão entre realidade e o seu conceito indica a compreensão do ser da teoria do conhecimento. Como tal, não pergunta pelo sentido do ser de si enquanto teoria do conhecimento. E o esquema da teoria do conhecimento (S«O) perpassa toda a historiografia da história da filosofia. Enquanto tal, a teoria do conhecimento é o resultado da dominância da compreensão do ser como entidade e indica o horizonte do sentido do ser que se perfez e se perfaz no destinar-se da Humanidade, denominado Ocidente-europeu. Horizonte aqui não é mais termo de uma classificação generalizante e genérica, mas sim atualização do toque da possibilidade do sentido do ser que deslanchou a história do Ocidente como destinar-se do sentido do ser.