O que será que fez Santo Antônio para ser amado por todos os povos?”

13/06/2023

As festividades ao Padroeiro do Convento Santo Antônio começaram logo cedo com os sinos chamando para a primeira Missa às 6 horas. Ontem à noite foi dia de preparar a igreja, com a ornamentação de muitos lírios nos altares e retirada dos bancos da capela para receber a multidão. Para que todos pudessem fazer a sua oração e devoção a Santo Antônio, o povo subia por uma escadaria e pelo elevador e descia por outra. Antes de entrar na igreja para receber a bênção e a comunhão, os fiéis podiam se dirigir à imagem do Santo que ficou no pátio em frente ao convento.

Mesmo assim, o local ficou pequeno para tantos devotos. Todo mundo queria chegar perto da imagem, tocá-la e deixar o bilhete escrito. Pessoas do Rio, das cidades vizinhas e de outros estados lotaram as escadarias e a igreja para celebrar o Santo mais popular do Brasil. Em muitos lugares do mundo, invocam o Santo como sendo de Lisboa, onde nasceu, e de Pádua, onde morreu, mas no Rio de Janeiro, os devotos o invocam como Santo Antônio do Largo da Carioca.

No interior da igreja no claustro e em frente ao Convento, os frades – uma equipe veio de Petrópolis e da Baixada Fluminense – se revezavam para dar a bênção de Santo Antônio, aspergindo água benta e distribuindo a comunhão. No salão ao lado da igreja, outros frades se revezavam para atender as confissões. Na descida, os fiéis faziam fila para não voltar à casa sem dois símbolos da festa: o ‘pãozinho’ de Santo Antônio e o Bolo de Santo Antônio.

Na Missa das 8 horas, presidida por Frei Estêvão Ottenbreit, que até recentemente esteve a serviço da Ordem dos Frades Menores na Fraternidade Antonianum de Roma, o frade perguntou o que será que fez este homem ser amado por todos os povos?

Partindo do Evangelho, em que Jesus explica com simplicidade o que consiste a santidade aos discípulos – ser sal e luz do mundo -, Frei Estevão disse que falar hoje em santidade é uma feliz coincidência ao celebrarmos “o Santo”. “Na Itália, onde está o túmulo de Santo Antônio, nunca se fala ‘vamos à Basílica de Santo Antônio’, mas ‘vamos à basílica do Santo’. Na Itália se diz simplesmente “o Santo”. Não se diz mais o nome, pela excelência de santidade que o povo vê em Santo Antônio”, contou.

Segundo ele, a devoção ao Santo acontece no Japão, na China, e no mundo inteiro. “Garanto que se vocês entrarem numa igreja católica vão encontrar a imagem de Santo Antônio”, disse.

“Santo Antônio é o santo do mundo inteiro. Todos os povos olham hoje com muita admiração para este modelo de santidade que Deus nos deu. Assim como hoje estamos diante da imagem de Santo Antônio recordando a sua vida. Portanto, é o santo mais popular que nós podemos imaginar. Por que será? O que Santo Antônio fez de tão especial para alcançar tanto a fama de santidade e ser amado por todos os povos?”, perguntou.

Segundo o frade, não são os milagres que não são poucos. “Mas não é por causa disso que ele se tornou santo. Novamente nós nos confrontamos com a pergunta: o que será que fez este homem ser amado por todos os povos?”.

“Eu creio que a explicação conseguimos seguindo a sua vida”, disse Frei Estêvão, fazendo uma pequena biografia dos principais momentos de sua vida, mostrando que não foi uma vida fácil até se tornar o grande pregador, já na última etapa de sua vida na região de Veneto e no sul da França. Ele morreu aos 36 anos.

“E então vem agora a pergunta: por que Santo Antônio é tão popular? Não sei se vocês concordam, depois de ter ouvido um pouco a história da vida dele, acredito que a santidade que ele conquistou e, principalmente o nosso amor, vem de saber acolher, em todas as situações de sua vida, a vontade de Deus, sem reclamar, sem desanimar, sem desistir. Eu creio que esta é a grande mensagem de Santo Antônio para todos nós”, ensinou.

Para o frade, na nossa vida, cotidianamente, somos colocados diante de dificuldades, problemas e desafios e não sabemos o porquê. “E não sabemos como resolver as coisas. No entanto não desistimos e continuamos como Santo Antônio acolhendo a vontade de Deus”, observou.

“A vida continua, muitas vezes, como não imaginamos, como foi a vida de Santo Antônio. O importante em todas as situações da nossa vida que digamos sim à vontade de Deus. Esta é a grande santidade de Santo Antônio. Eu acredito que por causa disso nós o amamos tanto, porque a sua vida tem a ver com a nossa vida. A resposta que ele sempre soube dar nos anima para que nós, diante das dificuldades, possamos dizer como ele, e como disse Maria, ‘faça-se em mim a vontade de Deus’.   Então, hoje é dia de agradecer. De agradecer a Deus por tudo que ele realizou em Santo Antônio, principalmente por esse belo modelo que ele deixou em Santo Antônio, de dizer sempre sim à vontade do Pai. E que nós, no nosso dia a dia, possamos dizer sim a Deus para sermos sal e luz no mundo. Sal que dá sabor e luz que ilumina”, completou Frei Estêvão.

Durante toda a manhã o movimento ao Convento foi aumentando tanto que era impossível chegar no interior para igreja para as celebrações e bênçãos. A fila do pão testou a paciência dos devotos de Santo Antônio.


Moacir Beggo, pela Equipe de Comunicação da Província da Imaculada Conceição

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