Rio de Janeiro (RJ) – Uma multidão, como não se viu nos anos anteriores, despediu-se de Santo Antônio nesta quinta-feira, 13 de junho, depois de um dia intenso de celebrações, bênçãos, confraternizações e muita festividade.

Frei Vitório Mazzuco Filho, frade da Fraternidade de Bragança Paulista e que já foi Reitor deste Santuário do Largo da Carioca, celebrou a última Missa do dia. Os fiéis lotaram a capela e lotaram o terraço em frente ao Convento, que transmitia a Missa pelas caixas de som.

Durante treze dias o povo se preparou e refletiu sobre temas ligados ao santo franciscano. Realizada há 337 anos, com a colaboração voluntária dos fiéis do Convento, que ano após ano, se dedicam para receber com muito carinho a multidão que sobe o Morro de Santo Antônio neste dia 13.

Em sua programação, além das celebrações, barraquinhas com comidas próprias das festas juninas e artigos religiosos e artesanais. Para isso, o guardião do Convento, Frei José Pereira, conta com um grupo de cerca de 80 voluntários que trabalham incansavelmente durante a Trezena e alguns até um mês antes. “Todos deram as mãos para que a Festa se realizasse. A doação de cada um enriqueceu e tornou possível esta bela festa”, agradeceu o guardião, evitando citar todos os grupos de trabalho para não cometer injustiças.

Durante o dia, o povo procurava sempre a proximidade de uma imagem para fazer as suas preces. Espalhadas pelo interior e na parte exterior do Convento havia seis imagens do Santo. A mais procurada e que no final do dia nem mais parecia uma imagem tamanha a quantidade de fitinhas amarradas nela. A imagem no andor que acompanhou toda a Trezena ficou exposta no corredor do claustro, onde ao lado um frade aspergia a água benta. Também, mais à distância, está a imagem do frontispício da igreja. Além da imagem do altar-mor, existe a imagem que garantiu a expulsão dos franceses no memorável dia 19 de setembro de 1710 e é conhecida como “Santo Antônio do Relento”. Ela é iluminada toda noite na fachada do convento.


Moacir Beggo