Governador recebe imagem de Santo Antônio na Capela do Palácio Guanabara

12/06/2023

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, recebeu, nesta segunda-feira (12/6), a visita da Imagem Peregrina de Santo Antônio, na capela do Palácio Guanabara. A primeira visita da imagem do Santo Franciscano à sede do Palácio Guanabara contou com a participação dos frades do Convento Santo Antônio do Largo da Carioca, o Vigário Provincial Frei Gustavo Medella e Frei Cláudio Broca, encerrando a peregrinação da Imagem que fez parte da Trezena Santo Antônio. Nesta terça-feira, é dia de festejar Santo Antônio.

Durante 13 dias, desde o 31 de maio, a Imagem de Santo Antônio peregrinou pelos principais pontos da cidade, especialmente na vizinhança do Convento, como o Centro Administrativo São Sebastião, da Prefeitura, a Câmara dos Vereadores, os Quartéis Generais da Polícia Militar e dos Bombeiros, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), na Praça da Cruz Vermelha, o Hospital Souza Aguiar, o Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS), próximo à Central do Brasil, a Catedral Metropolitana, o Mosteiro da Ajuda, das Irmãs Concepcionistas, e o Mosteiro da Gávea, das Irmãs Clarissas, entre outros.

O Governador, acompanhado da esposa Analine Costa de Castro e Silva, recebeu os frades, o Vice-governador Thiago Pampolha, Secretários e servidores do Palácio. O próprio governador se ofereceu para carregar o andor com a Imagem Peregrina até a Capela de Santa Terezinha, onde Frei Medella conduziu a celebração.

Na sua fala, Castro disse que recebeu a imagem de Santo Antônio com o coração muito cheio de alegria. Segundo ele, no início do ano também recebeu a imagem de São Sebastião, Padroeiro da cidade, que visitou o Palácio Guanabara. Na época, ele lembrou que São Sebastião deveria “ser para nós um exemplo porque mesmo, ferido, machucado, traído, machucado, não desistiu da missão. E hoje, nós temos a presença de Santo Antônio, outro símbolo da Igreja”, observou.

Para o governador, a visita de Santo Antônio tem muito a ver com o trabalho público, porque Santo Antônio conseguia aliar um grau altíssimo de intelectualidade, ou seja ensinar, falar, estudar, com as tarefas mais simples e ainda cuidar das pessoas. “E o governo também faz isso. Ele precisa saber tocar os grandes temas do Estado, como as finanças, a questão urbana, mas também cuidar dos mais pobres”, ressaltou.

Segundo Castro, Santo Antônio deve ser um símbolo para “a nossa missão”, cuidando do intelectual, mas também dos pobres. “De olhar para aquele que nos avizinha, e muitas vezes, aqueles que estão abandonados nos hospitais, aquele que não consegue levar os alimentos para casa. Esta é também a nossa missão”, frisou. Referindo-se ao Evangelho lido na celebração, quando Jesus diz que seus seguidores são o sal da terra e a luz do mundo, disse: “Temos de ser luz, ser sal. Nós não estamos aqui de passagem, nós estamos aqui para cuidar do povo do Rio de Janeiro, para melhorar a vida deles e nada melhor do que receber essa imagem de Santo Antônio, e tudo o que ele representa, o trabalho que ele fez, e que ele serve até hoje de inspiração para que a gente seguir os seus passos. Ainda mais para nós, do governo, é um grande exemplo. É o que falo sempre: Muitas vezes nós, servidores, esquecemos que nós somos servidores. Muitas vezes, o serviço público nos leva a perder a essência do serviço. Santo Antônio é esse exemplo a ser alcançado. Que Santo Antônio posso interceder por nós junto a Deus”, pediu.

Frei Medella agradeceu pela acolhida generosa. Numa conversa com o governador, Frei Gustavo disse que “parece que estamos carregando Santo Antônio, mas ele que nos carrega”.

Ele explicou que a ideia dessa peregrinação é justamente manifestar essa proximidade, que é espiritual, emocional, religiosa, e também histórica. “Porque o nosso Convento Santo Antônio participou da fundação desta cidade, participou também de fatos importantes da História do Brasil. E nós somos herdeiros dessa história de proximidade e tradição. Santo Antônio, douto na Sagrada Escritura, doutor da Igreja, de sapiência elevada, não se furtou das tarefas mais simples, na cozinha, na faxina. Essa simplicidade cativa até hoje as pessoas, por isso ele é exemplo para nós”, ensinou.

“Que vocês se sintam protegidos por Santo Antônio! Essa visita é também inter-religiosa, porque esse abraço é de quem soube viver a humanidade de forma plena”, completou o frade. Frei Cláudio abençoou os pãezinhos e deu a bênção final com a Relíquia de Santo Antônio.

A igreja de Santa Teresinha começou a ser erguida em maio de 1946, a pedido de Carmela Leme Dutra, esposa do então presidente da República, Marechal Eurico Gaspar Dutra. Devido às sobras da campanha eleitoral, a Primeira Dama resolveu construir a capela, em estilo neocolonial, para a sua devoção.


IMAGEM PEREGRINA NO HOSPITAL DO CÂNCER

O INCA, como é conhecido o Instituto Nacional do Câncer, foi a última parada de Santo Antônio na Trezena deste ano. E foi com muita receptividade e emoção que os funcionários receberam a imagem. A visita de Frei Gustavo e Frei Cláudio às enfermarias também foram emocionantes.

Frei Medella confessou que quando dizia que viria ao INCA, as pessoas até mudavam o modo de olhar e se mostravam emocionadas. “Tenho certeza que, pela missão de vocês, tem muita gente rezando, torcendo por todos pacientes, pelas pessoas atendidas. Entre nossos confrades do Convento, dois já foram atendidos aqui. Isso é bênção, eu sei que para vocês é duro, é desafiante. Há um núcleo também voluntário de espiritualidade para ajudar, porque todos vocês precisam ter uma reserva de sanidade, de fé. Mas Santo Antônio, como não deixou faltar o pão, não vai deixar faltar a vocês a reserva de força, de valentia, de esperança para levar adiante essa missão”, desejou o Vigário Provincial, incansável nesta peregrinação.

“Essa visita tem o caráter para além de nossa vinculação religiosa. Por isso, essa bênção e abraço é para todos”, disse, pedindo que visitam o Convento Santo Antônio, onde serão bem acolhidos pelos frades.

Angela Coe falou pelo Roberto de Almeida Gil,o diretor-geral, que precisou viajar a Brasília. “Eu já estou há 37 anos trabalhando nesta casa. Então, é uma honra para nós, enquanto funcionários, estar recebendo aqui a imagem de Santo Antônio”, saudou Angela.

“Esta é uma casa de tratamento, uma casa de cura, uma casa de bênçãos e, acima de tudo, uma casa de fé. A fé que nos move, enquanto funcionários. Nesse tempo, eu escutei muito isso: ‘Nossa, como você aguenta!’. É nossa crença que a gente pode fazer a diferença na vida do outro. Isso é muito importante para a nossa missão, porque a gente cuida de vidas, cuida do corpo e do espírito. A gente está aqui tanto tecnicamente como para dar o apoio emocional para os nossos pacientes. A gente tem ajuda do Grupo de Voluntários de Espiritualidade, uma ajuda importante porque, para ajudar o outro, a gente tem que estar bem”, disse, frisando que aprendeu “muito com os pacientes” em 37 anos.

No final, enfatizou que os pacientes precisam muito dessa visita, como a de Santo Antônio: “Esse é um encontro com Deus e a renovação de nossa fé. Muito obrigado”.


Equipe de Comunicação da Província da Imaculada Conceição

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