Alguns pontos atinentes ao tema que poderíamos abordar, dividindo as tarefas:

Dar a todos os que querem participar do encontro a tarefa de dizer, dentro da sua compreensão, em que consiste a diferença entre psicológico e espiritual e entre terapia e orientação espiritual. Se puder trazer por escrito brevemente essa diferença, dando alguns exemplos de como aplica essa diferença nos seus formandos e a si próprio na sua formação permanente. E se não vê diferença, dizer como usa na formação, seja psicologia, seja a espiritualidade.

Pedir aos que estudaram a psicologia como especialização para se prepararem, de alguma forma, para nos expor seu modo de ver acerca desse tema, não enquanto religioso, formador, mas sim como especialista.

Mostrar que há a dimensão do saber da superfície da vida, chamada dimensão pré-predicativa e a dimensão científico-positiva. Portanto, a diferença de impostação na pesquisa, aprendizagem e ensino, quando nos movemos na dimensão pré-predicativa e dimensão científico-positiva. Mostrar como, hoje, essas dimensões no seu manifestar-se são apresentadas de modo confuso e nesciente, padronizadas sob binômios como o subjetivo-objetivo, interior-exterior, carisma-instituição, espontâneo-artificial, vida piedoso-espiritual e vida do saber-técnico-científico. Mostrar a “cientificidade” possível na dimensão pré-predicativa em contraste e diferenciação na pesquisa, aprendizagem e ensino na dimensão científico-positiva. Mostrar que o espiritual e a fortiori a orientação espiritual pertencem ao mais profundo e radical da dimensão pré-predicativa. A partir dali mostrar onde se coloca o psicológico e a terapia, mostrando diversidade de impostação mesmo já dentro da própria ciência positiva chamada sob o denominador comum de psicologia.

Esse ponto poderia ser diferenciado em tarefas como:

mostrar de modo limpidamente teorético;
e de modo concreto-prático em exemplos, mas não assim esporádicos, mas em mostração bem definida e pensada como p. ex.:
Retomando o tema do encontro do ano anterior acerca da afetividade.

Frei Marcos, que tal se nós dois nos encarregarmos dessa parte da mostração teorética e da mostração concreto-prática?

Devido à necessidade de dar subsídios aos cursistas que estão no encontro de um mês de duração de leitura das fontes no Noviciado das irmãs franciscanas, com Frei Dorvalino, estou de modo chutado elaborando esse tema sob o ponto de vista da afetividade. Na medida em que ficar pronto, lhe enviarei.

Envio-lhe como anexo um artigo-comentário que escrevi para a seguinte Scintilla. Indiretamente parece ter algo a ver com o tema.

Bleiben wir tapfer und schlau, immer wieder bei der Kunst (ars) der Möglichkeit am Kriechen auf dem niedrigen Boden des Unter-Grundes unserer Epokalität als anonyme und unbekannte Krieger der lieben Frau Domina Paupertas, heute. Talvez diria um Pascal hoje,  a verdadeira sabedoria, a verdadeira contemplação zomba da sabedoria e contemplação dos altos. Pois hoje elas vigem sob os escombros, esmagadas (cor humile et contritum), i. é, bem no fundo da desconstrução, quais farejadores do novo céu e da nova terra. Os encargos e os pesos das instituições sobre os ombros dos que amam o pensamento e a liberdade de ser são máscaras, i. é, a a-létheia, algo como peles enrugadas, cheias de calos e cicatrizes deixadas pelo bom combate, dos intrépidos trapaceiros, pechinchadores e negociantes do mundo vindouro e do seu Deus desconhecido.

Alles Gute. Bleib, bitte, gesund.

HH.