Rio de Janeiro (RJ) – A Rede Aparecida de Televisão apresentou ao vivo o programa “Sábado no Santuário” com tomadas diretamente do histórico e centenário Convento Santo Antônio no sábado (4/06). Essa presença da TV Aparecida é fruto do Encontro dos Reitores dos principais santuários do Brasil que ocorreu recentemente em Florianópolis (SC), onde discutiu-se o projeto de se divulgar e conhecer inúmeros santuários espalhados pelo Brasil afora, a partir da Casa da Mãe, o Santuário de Aparecida.

O repórter da TV Aparecida, José Eymard, conversou com Frei Róger Brunório e Frei Walter Ferreira Junior. Antes, porém, o reitor do Santuário Nacional, padre Carlos Eduardo Catalfo falou da importância deste programa.

“Temos um link ao vivo com o Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro e eu quero agradecer à TV Aparecida que abre este espaço tão bonito para outros santuários do Brasil. Tenho certeza que o Santuário Nacional e todos os outros santuários do Brasil são sempre lugares sagrados, lugares onde Deus se faz presente, se revela e também nos acolhe. Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe e abençoe o trabalho dos franciscanos no Santuário de Santo Antônio no Rio de Janeiro e nos santuários do mundo todo. Os franciscanos estão presentes em grandes santuários, estão presentes aqui bem pertinho de nós, no Santuário Frei Galvão em Guaratinguetá (SP)”, disse.

O Convento Santo Antônio é famoso pelo manifesto do “Fico da Independência”, que neste ano completou 200 anos de história. Segundo José Eymard, o convento é o berço da nação do Brasil, onde um franciscano, Frei Sampaio, orientou Dom Pedro a ficar no Brasil e dar o seu grande manifesto, em luta do nosso povo. “Um lugar tão especial, que vou contar para você ao longo do nosso programa”, destacou.

Do claustro do convento, Frei Roger explicou que os franciscanos chegaram ao Rio e Janeiro no ano de 1592 e ficaram por 16 anos na capelinha de Santa Luzia. “Quando então decidiram por este local, o morro de Santo Antônio, encontraram aqui inicialmente uma capela dedicada a este santo tão popular. E aqui os frades encontraram também no terreno terra, água e pedra, três elementos importantes para a vida franciscana”, ressaltou.

Caminhando entre as colunas do claustro, Frei Róger apresentou as capelinhas que narram a história de alguns santos, como São Francisco de Assis, por exemplo. “Também temos a rica histórica do tempo em que Frei Galvão viveu aqui, a partir do ano de 1762, quando foi ordenado. Da época dele temos a imagem de Santo Antônio, da Imaculada Conceição, de São Francisco e algumas capelas de dentro do claustro, onde os frades do passado e da atualidade, apresentam a espiritualidade franciscana”, explicou.

CONTINUADORES DA HISTÓRIA FRANCISCANA

O franciscano não escondeu a alegria em dizer que após dois anos de festa online, neste ano o Convento vem sendo reaberto com todo potencial. “Santo Antônio é um santo muito carinhoso e a cidade do Rio de Janeiro é a cidade que também sofre com duras realidades, então festejar Santo Antônio é um sinal de esperança”, sublinhou Frei Róger.

Frei Walter explicou que neste ano se celebra 340 anos da Trezena de Santo Antônio. “A trezena são 13 dias de preparação para a Festa de Santo Antônio. E, neste ano, Frei José Clemente Müller está pregando a trezena”, informou. “Este convento é um marco histórico. É um monumento enorme que foi construído com o suor do povo do Rio de Janeiro, com a graça de Deus e as bênçãos de Santo Antônio. Hoje, nós somos os continuadores desta linda história”, disse, e acrescentou que “pão partilhado é pão abençoado”, referindo-se a missão dos frades junto dos mais necessitados.

Frei Augusto Luiz Gabriel