Santo Antônio do Relento será celebrado 18 de setembro no Largo da Carioca

06/09/2023

Santo Antônio de Pádua e Lisboa, o querido santo franciscano que foi celebrado com grandes festividades no mundo inteiro no dia 13 de junho, volta a ser festejado como Santo Antônio do Relento no dia 18 de setembro, a partir das 11h30, no Convento Santo Antônio do Largo da Carioca (RJ). Nesta Celebração será feita memória de um fato histórico que marcou a cidade do Rio de Janeiro: por intercessão de Santo Antônio, os franceses foram expulsos do Rio de Janeiro em setembro de 1710. Essa vitória foi atribuída à Imagem que até hoje está no nicho localizado na fachada do Convento.

Segundo o Vigário Provincial, Frei Gustavo Wayand Medella, na ocasião, vamos pedir mais uma vez, por intercessão de Santo Antônio, a bênção de Deus para toda nossa cidade. “Também teremos a alegria de receber a família militar para celebrar este momento especial da história do Rio de Janeiro e do Brasil. Sua presença será motivo de imensa alegria!”, convidou o frade.

A ligação entre Santo Antônio e a vida militar teve início em Portugal, no Reinado de Dom Afonso VI, quando o Santo assentou praça no Regimento de Lagos, do Exército Português, no Século XV. Desta forma, passou a ser invocado pelos capitães para auxiliar as tropas nas batalhas contra os inimigos. A tradição se expandiu e, segundo os historiadores, logo o Santo teve praça de Soldado em quase todos os batalhões portugueses. Com a chegada da devoção ao Brasil, também este costume chegou às terras brasileiras, galgando o Santo sucessivas promoções a patentes mais elevadas. Há registro destes fatos em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Bahia e no Rio de Janeiro.

Segundo o historiador Frei Basílio Röwer, OFM, no livro “O Convento Santo Antônio do Rio de Janeiro”, narra que neste ano da batalha, saindo a esquadra francesa, “sob o comando de João Francisco Duclerc, do porto de La Rochelle, em 10 de maio, chegou à vista da barra do Rio de Janeiro, que naquela época possuía 12 mil almas, em começo de setembro. Sendo condignamente recebida pelos fogos da fortaleza de Santa Cruz, foi-se rumo ao Sul e os homens da expedição desembarcaram em Guaratiba. Na noite de 18 de setembro acamparam no Engenho Velho. O governador da cidade, Francisco de Castro Morais, preparou-se como pôde com os limitados recursos de que dispunha. Não querendo prescindir, na defesa da cidade, do auxílio de Deus, quis obtê-lo pela intercessão de São Sebastião e de Santo Antônio. Ao primeiro recomendou as praias, a Santo Antônio constituiu general dos Exércitos do campo”, explica o frade.

“No mesmo dia 18 de setembro mandou pedir ao Convento Santo Antônio fossem, no dia seguinte, celebradas todas as missas pelo feliz êxito da batalha. Além disso, enviou à imagem do santo a patente de capitão de Infantaria. O Provincial, por sua vez, fez entregar a Castro Morais o bastão de Santo Antônio oferecido por Sebastião Xavier da Veiga Cabral, dizendo-lhe que pelejasse com esse bastão na mão. O governador, porém, depois de colocá-lo sobre a sua cabeça e beijá-lo, mandou restituí-lo ao Provincial. Solicitou, ao mesmo tempo, que os frades colocassem a imagem do taumaturgo com o bastão na mão na muralha do convento, a fim de, como general, presidir a peleja”, escreve Frei Basílio.

“O que sucedeu no memorável dia 19 de setembro de 1710 está no domínio de todos que conhecem os feitos gloriosos da história pátria. Os franceses foram completamente desbaratados e Santo Antônio mais uma vez mostrou que era o defensor e protetor das armas portuguesas. Era uma hora da tarde mais ou menos, Dia de São Januário, quando os sinos de todas as igrejas anunciaram festivamente a vitória”, narrou o historiador.

Para conservar a memória de tão gloriosa data e da proteção visível do grande taumaturgo, a Imagem foi colocada no frontispício da igreja. “Graças a essa circunstância, isto é, por estar exposta ao tempo, o povo, sempre propenso a alcunhar as coisas, chamou-a ‘Santo Antônio do Relento’. Além de se dar à primitiva imagem esse lugar de destaque, resolveu-se ainda, como piedoso voto de gratidão, manter diante dela acesa uma lamparina durante a noite”, explicou o frade neste livro.

Em 1608, a Igreja e o Convento Santo Antônio começavam a ser construídos pelos franciscanos em um local que se tornaria o coração do centro histórico do Rio de Janeiro: o largo da Carioca. Esse belíssimo conjunto arquitetônico, tombado pelo Iphan, há 415 anos, é palco de tradições e episódios que refletem o desenvolvimento da própria cidade.

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