1. Estrada Romana
Percorrendo o caminho mais curto de Jerusalém a Jericó, perto do Bom Samaritano, toma-se um desvio da estrada principal e entra-se no Wad Kelt (vale). No meio das maravilhas do deserto de Judá, avistam-se restos da Estrada Romana, do tempo do império romano. Por esta estrada Jesus passou várias vezes com os seus apóstolos e discípulos. Avistam-se, ainda, restos do aqueduto herodiano e o que há de mais fascinante neste vale, o mosteiro de S. Jorge de Kosipa. Trata-se de um mosteiro grego ortodoxo encravado nas rochas.
Os monges viviam nas grutas durante toda a semana, meditando e fazendo artesanato. Retornavam ao centro (mosteiro) somente no fim de semana para celebrarem juntos a liturgia e se reabastecerem de pão e água. São Jorge de Kosipa é um caso típico. Aqui, esses monges conservam a tradição da memória do profeta Elias. Na gruta situada na parte superior do mosteiro, há um lindo ícone, que representa o profeta sendo alimentado pelo corvo. Segundo a tradição oral e do evangelho apócrifo de São Tiago, São Joaquim teria feito aqui a sua penitência e preparação para ser o pai de Maria Santíssima. O mosteiro foi construído pelo monge São Jorge no século VI e passou por várias destruições. A atual construção foi terminada em 1901. Vivem aqui cerca de dez monges, que acolhem os peregrinos com muita simpatia e cortesia.
No caminho para Jericó passa-se pelo lugar onde ocorreu o episódio do cego de Bartimeu.
2. Jericó herodiana
O local, do tempo de Jesus e de Herodes, o Grande, apresenta apenas ruínas da cidade romana. Contém dois palácios de Herodes, com piscinas e aquedutos que conduziam a água entre as casas e palácios. A água era trazida através do aqueduto herodiano, de perto de Jerusalém, no percurso que fazia dentro do Wad Kelt. Era a tecnologia da época para satisfazer o luxo do rei, como reprodução da vida de Roma.
3. Árvore de Zaqueu
Dentro da Jericó moderna, uma centenária árvore (sicômoro) serve para identificar o encontro de Jesus com Zaqueu. Segundo os arqueólogos, na realidade esse encontro não ocorreu aqui, porque a Jericó do tempo de Jesus estava situada onde é hoje a Jericó herodiana. De qualquer modo, diz a tradição local que era uma árvore como esta.
4. Tel Jericó
O lugar recorda a entrada dos hebreus na Terra Prometida, com as tropas chefiadas por Josué. Estas ruínas apresentam dez mil anos de história, com 25 extratos de cidades diferentes, escavadas em 1950. No lado se encontra a Fonte de Eliseu, que é um oásis, que alimenta a cidade.
5. Quarentena
Diz o Evangelho que, depois de batizado no Rio Jordão, Jesus foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo demônio. Aqui, segundo a tradição, é o lugar onde Jesus passou quarenta dias em jejum e penitência. O mosteiro que avistamos é dos gregos ortodoxos, reconstruído em 1895. No topo da montanha, vemos ruínas do tempo dos cruzados.
6. Bet Alfa
A cidade de Bet Alfa apresenta lindos mosaicos de uma sinagoga do tempo dos bizantinos. Tais mosaicos representam o sacrifício de Isaac e a Arca da Aliança. Atrás da ápice da antiga sinagoga, encontra-se a genizah (leia-se “ghenizáh”), que era um buraco onde se depositavam os velhos textos da Toráh, que não podiam ser destruídos depois de velhos.
7. Monte Tabor
Como ponto estratégico para avistar o inimigo, o lugar sempre foi sede de fortalezas edificadas sobre este monte, localizado a 588 m do nível do mar. As várias fases da história e da arqueologia demonstram que o lugar, do tempo dos judeus, sempre foi habitado. Afirma o Antigo Testamento que aqui Débora venceu os inimigos de Israel. Depois, vieram os bizantinos e construíram um mosteiro. Mais tarde, beneditinos, cruzados e franciscanos continuaram a história do monte, bem como a memória do episódio da transfiguração de Cristo. Este monte, doado aos franciscanos em 1631, foi cenário de várias disputas diplomáticas com o governo de Israel. Entretanto, mesmo sendo patrimônio ecológico, a história sempre deu razão aos frades, e a parte circundada nbsp por muros continua dos frades franciscanos. A basílica atual foi construída pelo arquiteto Barluzzi, com arquitetura da Síria, no ano 1924. A Casa Nova é freqüentada pelos peregrinos de todo o mundo que aqui pernoitam ou, simplesmente, permanecem algumas horas para meditar a frase do Evangelho: “Como é bom estarmos aqui…”!