Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Segundo itinerário: Basílica da Natividade

12/05/2012

1. Campo dos pastores

Está situado em Bet Sahur (Casa dos vigias) a 3 km do centro de Belém. É um bairro com cerca de 6.000 habitantes árabes, a maioria cristãos, que vivem do artesanato e do pastoreio de ovelhas. As lindas grutas descobertas ultimamente, com mosaicos bizantinos, lembram o grande número de cristãos que freqüentava o local dos Pastores de Belém, na noite do nascimento do Messias. Do lado das grutas (capelas), a capela franciscana, construída pelo arquiteto A. Barluzzi no ano de 1924, sobre restos de um mosteiro bizantino do século V. Os lindos afrescos da capela nos inspiram a uma profunda meditação sobre este local. O atual santuário pertence aos franciscanos.

2. Basílica da Natividade

Aqui, vários períodos da história aconteceram. No ano 135, Adriano profanou o lugar do Nascimento de Jesus, plantando no local um bosque, com estátuas dedicadas a Adonis. Em 326, Constantino edificou a grande Basílica da Natividade. Em 529, os Samaritanos destruíram a basílica. Porem, esta foi reconstruída pelo imperador Justiniano, mais tarde, em maiores proporções, conforme a estrutura atual. Escapou da invasão dos Persas (614) e dos Muçulmanos, graças ao respeito deles pelo nascimento de Jesus. Os Cruzados, posteriormente, decoraram a basílica com lindos mosaicos, que recordam os ascendentes de Cristo. Na parte alta, inscrições que recordam o Concílio ecumênico de Constantinópolis. É o único, que se pode identificar, dos sete primeiros concílios ecumênicos da Igreja, bem como dos concílios provinciais e sínodos que eram representados nestes mosaicos. Outro mosaico, representa a incredulidade de S. Tomé e a ascensão de Cristo. Em 1347, esta basílica foi doada aos franciscanos. Somente perderam a exclusividade deste lugar e da gruta, mais tarde (1669), quando o espaço foi dividido com os gregos e armênios.

No presbitério, a iconostasis grega, construída em 1764. É bom lembrar que aqui dividem o espaço, juntamente com a Gruta da natividade, gregos e armênios ortodoxos, que usam este espaço junto aos franciscanos desde 1669, porém em horários diferentes. Este espaço foi cenário de muitas disputas entre os mesmos. Somente em 1853 fizeram um acordo sobre os horários e coisas a serem conservadas nestes lugares, sobretudo na gruta. Este acordo é denominado status quo. Na parte subterrânea, encontramos a Gruta da Natividade.

É o lugar mais visitado por todos os peregrinos, depois do Santo Sepulcro. Todos se ajoelham, beijam a Estrela, fazem fotos… No lado direito, a Manjedoura. No fundo desta gruta, se pode passar, por uma porta estreita, que conduz à Grutas dos Inocentes. Segundo a tradição, este lugar lembra o massacre dos inocentes, de 0 a 2 anos, decretado por Herodes, com a finalidade de exterminar o Messias. Mais adiante, outra gruta importante para a nossa história, porque nos traz a memória do refúgio de S. Jerônimo, que aqui traduziu a Bíblia para o latim (vulgata). Do lado, grutas de Santa Paula e Eustáquia, amigas de S. Jerônimo. Saindo deste conjunto de grutas, se entra na Basílica de Santa Catarina, construída pelos franciscanos em 1881. Nesta basílica os católicos do mundo inteiro, em peregrinação, se reúnem na noite de Natal, para celebrar o nascimento de Cristo. A celebração é presidida pelo Patriarca latino de Jerusalém, televisionada para a maioria do mundo. Do lado, o convento dos franciscanos e a Casa Nova (hotel), que juntamente com a Basílica de Santa Catarina, pertencem aos franciscanos.

3. Gruta do Leite

Todo bom peregrino que passa por Belém, não deixa de visitar a Gruta do Leite. Segundo a tradição oral, a Mãe de Jesus escondeu-se nesta gruta para amamentar o Menino, antes de partir para o Egito. Um dia, enquanto lhe amamentava, caiu-lhe uma gota de leite do peito, que transformou as rochas pretas em rochas brancas. Por aqui, passam inclusive mães muçulmanas para tocar estas rochas na busca de um milagre. O lugar é um santuário, que também pertence aos franciscanos.

4. Fonte de Filipe

No caminho que segue para Hebron, encontra-se a fonte de Filipe (Ain Dirwe), perto de uma mesquita. Nesta fonte, segundo a tradição, o diácono Filipe batizou o eunuco (At 8).

5. Mambré

Em Hebron podem ser visitados os restos de ruínas da época romana, que lembram o episódio onde Abraão recebeu a visita de três personagens (anjos) que eram em caminho a Sodoma (Gn 18). Neste lugar, Abraão recebeu o anúncio da promessa, que ele seria pai de uma geração numerosa. Mambré passou para a história como sendo um lugar importante para a sucessão dos patriarcas da fé. O lugar foi recinto da história romana. O recinto retangular, construído provavelmente no tempo de Herodes o grande. Depois da conquista da Palestina por Vespasiano e Tito (66-70 d.C.), passou a ser um grande centro comercial para todo o Médio Oriente. Aqui, muitos judeus foram vendidos como escravos enquanto se celebravam cultos pagãos no tempo do império romano. No tempo de Constantino, foi construída uma grande basílica dedicada à Trindade, sobre o lugar do poço de Abraão e do carvalho de Mambré. Uma família muçulmana tem os cuidados do local, que pode ser visitado por qualquer peregrino, pagando-se uma gorjeta aos guardiães do local.

6. Macpela (Hebron)

A gruta de Macpela, em Hebron, foi protegida por Herodes, com um recinto retangular de 65 x 35 m no final do século I a.C. Dentro deste recinto, encontramos restos arqueológicos da mesquita mameluca (sec. XIV), a Igreja cruzada, convertida em mesquita, o cenotáfio de Isaac, a memória de Abraão, de Lia, de Jacob, de José, de Rebeca, a sinagoga de 1967. O lugar, hoje, é dividido entre judeus e muçulmanos, que mantém o culto permanente aos patriarcas, dentro da sinagoga e da mesquita. Este lugar seria o ponto ideal para a celebração do ecumenismo e do diálogo interreligioso, no pai comum da nossa fé, que é Abraão. O peregrino que quiser visitar o local deve passar por um controle rigoroso de segurança. Na parte muçulmana do santuário, costuma-se dar uma gorjeta aos seus guardiães.

7. Téqua

Voltando de Hebron em direção ao Herodium se pode passar por Téqua, que é a terra do profeta Amós. Hoje, encontramos no local somente algumas ruínas desta cidade. Aqui viviam muitos habitantes, que colaboraram na construção do Templo. O profeta Amós está ligado aos muitos rebanhos, com seus pastores. No caminho, passamos pelo Wadi (vale) Karantum, que recebeu o nome do monge S. Carinton. Aqui viviam eremitas em grande número, nos primeiros quatro séculos da Igreja. Tais eremitam Viviam no sistema de “laureas” e “cenobium”.

8. Herodium

O Herodium foi uma das grandes fortalezas construídas por Herodes, o Grande sobre esta colina, que está a nove Km de Belém. Esta colina é artificial, construída com o trabalho dos escravos. Um dos detalhes é o resto das torres, que são quatro, como pontos estratégicos do exército romano. Aqui, os banhos térmicos de Herodes, e as basílicas bizantina e cruzada (ruínas). A água era trazida das colinas ocidentais, à semelhança dos aquedutos, que levavam a água até Jerusalém, passando por Belém. Esta água chegava até a piscina, que ficava ao pé da colina, e era levada para cima do Herodium pelos escravos. Nas escavações feitas em 2006 encontraram a Tumba de Herodes, o Grande, que pode ser visitada mediante o pagamento de ingresso, mantido pelo governo de Israel.

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