Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

3º Itinerário: Tel Aviv Massada Mar Morto

11/05/2012

1. Tel Aviv Jaffa

Tel Aviv é uma cidade moderna, que cresceu ao redor de Jaffa, a antiga Jope citada na Bíblia. Tel Aviv significa “colina da primavera”. Fundada em 1909, tem lindas praias e edifícios modernos. É uma cidade com quase um milhão de habitantes, a maioria liberal no modo de ser religioso. Apesar de a capital do Estado ser Jerusalém, a maioria das embaixadas está localizada em Tel Aviv.

Jaffa é um porto, com seus 5.000 anos de história. Aqui chegaram: Tutmosis III, Salomão, a rainha de Sabá, os cedros do Líbano para a construção do Templo de Salomão. Também é o lugar de onde Jonas partiu para Nínive, onde Pedro vivia na casa do curtidor Simão (visão dos animais impuros), onde houve a ressurreição de Tabita. O santuário de São Pedro, que ainda pertence aos franciscanos, foi construído no século passado sobre as ruínas dos cruzados.

2. Bersheva

Bersheva (Bersabéia) é uma cidade moderna, chamada de “cidade dos sete poços”, construída sobre ruínas do tempo dos patriarcas e dos reis. Era o limite, ao sul, das tribos de Israel. No centro, um museu com restos arqueológicos de toda a região, reúne cinco mil anos de história. Hoje é um grande centro comercial, com cerca de 115.000 habitantes, que vivem da moderna tecnologia, e também do centro universitário ao sul do país (Universidade Ben Gurion).

Esse lugar nos lembra a vida deste povo nômade do deserto. Até 1996, muitos beduínos faziam o seu comércio na parte sul da cidade. Eles vendiam tudo o que produziam ou trocavam por jóias e outras coisas mais. .

3. Mamshit

Mamshit é uma cidade romana que adquiriu fama no tempo dos nabateus (século II). Hoje, somente ruínas de duas importantes igrejas bizantinas. Nesta cidade, certamente viviam muitos cristãos, sobretudo monges, que faziam memória do Êxodo de Moisés, pois ela se encontra perto da divisa com o Egito. Os nabateus, por sua vez, aproveitaram desta cidade para instalar um dos seus mercados. Famosos nesta atividade, aqui encontraram um interessante centro comercial. Vendiam os mesmos produtos vendidos em Bersheva. Nas igrejas, os típicos pavimentos de mosaico bizantino. Podemos ver na igreja ocidental a inscrição “Nilo”, que lembra o nome do seu fundador.

4. Deserto de Neguev

Ao atravessar este deserto, apreciamos belezas de uma natureza morta. Aqui, fazemos uma experiência de “inserção” na vida dos beduínos. Eles vivem, como autóctones, uma vida simples, com a pouca água que conseguem acumular no tempo das chuvas (cisternas). As barracas de lona desses beduínos contrastam com as “selvas de pedra” das metrópoles.

5. Massada

Massada é uma importante fortaleza do tempo dos Zelotes e dos Romanos. Está situada na altitude de 450 m acima do nível do Mar Morto. Segundo o historiador Flávio José, Herodes, o Grande, construiu aqui dois grandes palácios (hoje restam apenas ruínas). Era o refúgio de sua família no ano 40 a.C. Também viviam lá judeus (Sinagoga). Mais tarde, um grupo de bizantinos construiu um mosteiro sobre a fortaleza. Os habitantes da fortaleza viviam do artesanato. A água era das cisternas (água das chuvas de inverno). Nas escavações, foi encontrada uma enorme cisterna, com capacidade para mil pessoas viverem durante um ano. No ano 66 d.C. uma comunidade de Zelotes, penitentes do deserto na espera do Messias, apossou-se da fortaleza romana. Conta a história que eles resistiram os romanos até 70, pois eles preferiram morrer a se render. No ano da retomada dos romanos, somente uma mulher, com o seu filho ao peito, restava viva.

6. Mar Morto

O Mar Morto é exótico e singular, com 400 metros abaixo do nível do mar. Tem 80 Km de comprimento por 18 Km de largura. Com a água a uma densidade de 30%, não permite a sobrevivência de nenhum ser aquático. É um ótimo lugar para quem não sabe nadar, pois nele é possível boiar em qualquer posição. Milhares de peregrinos e turistas de todo o mundo tomam banho em suas águas. Muitos se curam de doenças da pele com aplicações de barro das margens ou com os sais extraídos deste mar. Ao sul, está quase seco. As indústrias de exploração extraem o sal desse mar, que, depois de purificado, é exportado em todo o mundo.

7. Qumram

As ruínas de Qumran são famosas por recordarem o episódio do encontro de escritos do Antigo Testamento pelos beduínos do deserto, em 1947. Também foi encontrada a Regra da comunidade, pertencente a um grupo de Essênios que aqui viviam. Os Essênios eram um grupo de judeus, que se separou do Templo (Jerusalém) cerca de um século antes de Cristo para fazer penitência e esperar o Messias no deserto. Eles se julgavam os filhos da Luz, enquanto os outros eram considerados os filhos das trevas. Faziam muitos banhos rituais. Daí a justificativa do grande número de canais e de piscinas encontrados nas ruínas. Eram “celibatários” e viviam do artesanato, agricultura e cópia de textos .No cemitério escavado encontraram cerca de mil cadáveres, dos quais somente duas mulheres. Quem seriam essas mulheres?

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