Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

Peregrinação termina no Santo Sepulcro

21/07/2023

O grupo de 34 peregrinos, que viajou acompanhado pelo Comissário da Terra Santa, Frei Ivo Müller, Frei Alan Leal de Mattos, Frei Cláudio Broca, frades desta Província da Imaculada Conceição, e Pe. Pedro Carlos Daboit, da Arquidiocese de Florianópolis (SC), fizeram na quinta-feira (20/7) e nesta sexta-feira (21/7), as últimas experiências de fé na Terra Santa. Hoje, o dia começou no Santo Sepulcro e terminou ali.

“Acordamos bem cedo e fomos a pé até o Santo Sepulcro, onde tivemos a Missa, presidida por Frei Alan no Monte Calvário, lugar onde colocaram o Cristo Crucificado. Depois pudemos visitar a grande Basílica do Santo Sepulcro e na sequência fomos em direção ao Muro das Lamentações, passando por uma avenida do tempo dos romanos, com colunas nas duas laterais, e que ainda pode ser visitado bem no centro do quarteirão judaico, na Cidade Velha”, disse Frei Ivo.

Mais de dois mil anos depois, o Muro continua sendo um lugar sagrado para os judeus, que chegam de todas as partes do mundo para orar. “No Muro das Lamentações pudemos apreciar o modo como eles celebram do lado do Muro, naquelas inclinações todas e ali nós também explicamos como acontece o Bar-Mitzvá, uma celebração bonita que os judeus fazem quando um jovem atinge a sua maturidade [aos 12 anos de idade para as meninas, 13 anos de idade para os meninos], tempo em que a pessoa é considerada adulta na fé, conseguindo ler a Torá. Sempre se faz diante de um rabino isso, na celebração no Muro das Lamentações. Ali o pessoal joga doces e faz umas cantorias especiais na linha de agradecimento a Deus por ter concedido ao adolescente a capacidade de ler ou cantar um salmo do Antigo Testamento”, explicou Frei Ivo.

Na sequência passamos por um controle de metal que parecia que íamos entrar em outro país, para acessar a Esplanada do Templo, onde pudemos lá visitar o espaço do Templo do Rei Salomão e do segundo templo que foi destruído no ano 70 da era cristã.

A entrada à praça e ao Muro das Lamentações é permitida a qualquer pessoa de qualquer religião. Se você respeitar em todo o momento os judeus que vão lá para rezar, você não terá problemas para se misturar com a multidão, se aproximar do muro e até mesmo gravar e tirar fotos sendo discreto. A única exceção é durante o Shabat. Nesse dia sagrado para os judeus não é permitido entrar na zona de oração nem usar nenhum aparelho eletrônico.

Depois passamos ao redor grandes mesquitas, a bela mesquita de Omar, com a cúpula dourada, depois a Mesquita de Al-Aqsa.

“Em seguida fomos caminhando lentamente pelas ruas de Jerusalém até chegar ao Christian Information Center, que é um centro de informações cristãs, organizado pela Custódia da Terra Santa, que se encarrega de marcar as Missas nos santuários e também de acolher os grupos de peregrinos que precisam de ajuda para visitar os lugares sagrados”, situou Frei Ivo.

Segundo ele, neste espaço os peregrinos puderam ver uma série de pequenos filmes, com projeção em 3D, onde se conta a história da salvação que aconteceu em Jerusalém, as várias transformações que a cidade recebeu, no tempo das guerras, dos terremotos etc, chegando à atual situação da cidade sagrada.  Essa viagem terminou com a explicação no túmulo de Jesus e a pergunta colocada: Como vivemos a experiência do Ressuscitado nas nossas vidas?.

“Depois do almoço fomos a Ain Karem, que é na periferia de Jerusalém, onde pudemos fazer a experiência de Deus subindo até o Santuário da Visitação. Na caminhada rezamos o terço e, depois de visitar este Santuário onde Maria se encontrou com sua prima Isabel, quando os dois ventres se abraçaram: de um lado Maria, grávida do Menino Jesus, do outro lado João, no ventre de Isabel, que acolhe Jesus no abraço dessas duas mulheres grávidas”, frisou Frei Ivo.

Por fim, os peregrinos conheceram o Santuário de São João Batista, onde nasceu o profeta e ali puderam fazer a experiência de Deus naquele local abençoado, perpassando todos os períodos da história. Atualmente, o belo Santuário está em restauro. Está sobre a casa de São Zacarias e Santa Isabel. o local onde nasceu João Batista. O atual santuário pertence aos franciscanos.

“Foi um dia abençoado. Não estava muito quente e assim pudemos fazer a experiência de Deus nesse dia de peregrinação aqui na Terra Santa”, disse Frei Ivo.

 ÚLTIMO DIA EM JERUSALÉM

“Levantamos cedo para ir ao Campo dos Pastores, periferia de Belém, onde celebramos a Santa Missa a partir das 9 horas. O presidente da celebração foi o Frei Cláudio e, depois disso, nós refletimos ali no espaço a grandeza do Menino Deus que vem fazer morada no meio de nós. Não obstante a singeleza, a simplicidade daquela gruta onde os anjos puderam anunciar que os pastores se aproximassem da gruta onde nasceu o Salvador”, explicou Frei Ivo.

Na sequência, o grupo conheceu Belém, e pôde passar por dentro da grande Basílica da Natividade, construída em 326 por Constantino, o iluminado, a pedido de sua mãe Santa Helena. Em 529, os samaritanos destruíram esta basílica e ela foi reconstruída pelo Imperador Justiniano, mais tarde, com maiores proporções conforme a estrutura atual. Lá chegando a gente encontra aquela portinha estreita e precisa se inclinar para entrar na Basílica. Ela só escapou dos persas, na invasão de 614, e dos muçulmanos, porque eles respeitaram o Menino Deus que estava desenhado no ícone. Deixaram que o local pudesse continuar o culto. Em 637, um kalifa árabe devolveu a Basílica aos cristãos e os cruzados, em 1099, decoraram a Basílica. Os franciscanos receberam a basílica em 1347. Depois ela foi dividida com outros ritos, como é o caso dos gregos ortodoxos e armênios ortodoxos”, esclareceu Frei Ivo.

“Enfim, chegamos no espaço onde nasceu o Menino Deus. Graças a Deus não tinha muitos grupos, e em meia hora conseguimos visitar a gruta, passamos pela manjedoura e depois, ao sairmos, visitamos a Gruta do Leite, que é muito visitada pelos brasileiros, porque lá aconteceram muitos milagres. De acordo com o que se narra, Maria estava amamentando, até que uma gota do leite caiu sobre a pedra, deixando-a completamente branca. Muçulmanos e cristãos vêm à Gruta do Leite e mostram seu grande amor à Virgem Maria”, explicou.

Depois do almoço, o grupo veio para Jerusalém, passou pela Basílica de Santana, passando pela piscina de Betesda, visitando a cripta onde tem uma representação muito bonita do nascimento de Maria, filha de Joaquim e Ana.

“Mais tarde passamos pela Igreja da Flagelação e também pela Igreja onde Jesus foi condenado diante de Pôncio Pilatos. E, neste local, iniciamos a Via-sacra, que aconteceu durante uma hora com muita fé e devoção, apesar das dificuldades nas ruas estreitas de Jerusalém, disputando o espaço com o comércio. Todas as sextas-feiras, os franciscanos rezam a Via-sacra e nós acompanhamos essa procissão até o Santo Sepulcro, terminando a peregrinação no Santo Sepulcro, o lugar da Ressurreição. Levamos na nossa bagagem a esperança de dias melhores, sempre fazendo a experiência do Ressuscitado a partir dos lugares que tocamos, vimos e ouvimos. Anunciamos a Boa Nova de Cristo a todas as nações, graças à boa peregrinação que conseguimos realizar aqui nos lugares santos”, concluiu o Comissário da Terra Santa.


Frei Alan Leal de Mattos

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