Uma das santas mais queridas do povo brasileiro é Santa Rita de Cássia. Essa devoção não foi diferente para o grupo de 34 peregrinos que viajam acompanhados pelo Comissário da Terra Santa, Frei Ivo Müller, Frei Alan Leal de Mattos e Frei Cláudio Broca pela Itália e Terra Santa. Nesta quarta-feira, 12 de julho, o grupo visitou a cidade de Cascia ou Cássia, onde Santa Rita tem o Santuário e também Roccaporena, a sua cidade natal.
“Hoje tivemos a graça de visitar, logo cedo, Roccaporena, a pátria natal de Santa Rita de Cássia. Trata-se uma pequena vila com apenas cinco habitantes”, contou o comissário Frei Ivo. Santa Rita nasceu em 1380 em Roccaporena e casou-se contra vontade, mas em 18 anos de casamento teve dois filhos. Rita era filha única e apesar de demonstrar a própria vocação religiosa desde a infância, obedeceu os pais e casou-se ainda adolescente com Paolo, um homem agressivo que foi brutalmente assassinado. Devido ao grande culto que brotou logo depois da sua morte, o corpo de Rita nunca foi enterrado, mas mantido em uma urna de vidro. Rita conseguiu reflorescer, apesar dos espinhos que a vida lhe reservou.
“Depois nós fomos até Cássia, onde celebramos a Santa Missa presidida pelo Pe. Pedro, que está acompanhando o grupo de peregrinos”, disse Frei Ivo. Cássia fica na região da Úmbria, na província de Perugia. Segundo Frei Ivo, a cidade respira a espiritualidade e evoca Santa Rita. Fazendo um resumo da vida desta santa, falou da importância de ser devoto de Santa Rita “diante da realidade concreta de nossas famílias, sobretudo em nossas fraturas existenciais, nas rupturas com o projeto de Deus, e de invocar esta santa tão querida na nossa vida, para nos ajudar a recuperar a graça de Deus e para que a essência permaneça em nós”, disse, lembrando que ela passou pela dimensão laica, como esposa e mãe, e depois como religiosa.
Por três vezes consecutivas, Santa Rita pediu para ingressar no Mosteiro das Irmãs Agostinianas de Cássia, mas isso lhe foi negado. Na sua biografia, em suas orações, Santa Rita invocava São João Batista, São Agostinho e São Nicolau Tolentino, e teriam sido eles os responsáveis por ela ingressar no Monastério de Cássia, onde ela permaneceu por mais de quatro décadas.
“É uma santa muito querida, invocada especialmente pelos brasileiros que mais sofrem, que mais têm necessidade da proteção de Santa Rita de Cássia”, destacou.
À tarde, depois do almoço em Cássia, o grupo seguiu para a Roma, passando pelo vale da Úmbria. Foram bem acolhidos, segundo Frei Ivo, pelas irmãs da Casa Maria Imaculada, que hospeda o grupo nessas duas noites. A Congregação das religiosas de Maria Imaculada, foi fundada em 11 de junho de 1876 por Santa Vicenta Maria Lopes y Vicuña, como resposta às urgentes necessidades das jovens do interior, que chegavam às grandes cidades para trabalhar. Recebeu aprovação pontifícia em 1899 como congregação de votos simples.
Em Roma, a cidade eterna, amanhã, dia 13, os peregrinos visitarão as três grandes Basílicas papais: a Arquibasílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, também chamada de Arquibasílica Lateranense; a Basílica de São Pedro, também chamada Basílica do Vaticano; a Basílica de São Paulo Extramuros, também chamada Basílica Ostiense; e a Basílica de Santa Maria Maior, também chamada Basílica da Libéria. “O final de tarde desta quarta teve a Celebração da Santa Missa na Santa Maria Maior”, contou Frei Ivo.