abril/2025

  • 3ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Ezequiel 47,1-9.12

    Naqueles dias, 1o anjo fez-me voltar até a entrada do templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do templo, a sul do altar. 2Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até a porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 3Quando o homem saiu na direção leste, tendo uma corda de medir na mão, mediu quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos tornozelos. 4Mediu outros quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos joelhos. 5Mediu mais quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me à cintura. Mediu mais quinhentos metros, e era um rio que eu não podia atravessar. Porque as águas haviam crescido tanto, que se tornaram um rio impossível de atravessar, a não ser a nado. 6Ele me disse: “Viste, filho do homem?” Depois, fez-me caminhar de volta pela margem do rio. 7Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores, de um e de outro lado do rio. 8Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9Aonde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida aonde chegar o rio. 12Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 45(46)
    Conosco está o Senhor do universo! / O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

    O Senhor para nós é refúgio e vigor, / sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; /
    assim não tememos se a terra estremece, / se os montes desabam, caindo nos mares. – R.

    Os braços de um rio vêm trazer alegria / à cidade de Deus, à morada do Altíssimo. /
    Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! / Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la. – R.

    Conosco está o Senhor do universo! / O nosso refúgio é o Deus de Jacó! /
    Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus / e a obra estupenda que fez no universo. – R.

    João 5,1-16

    1Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2Existe em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3Muitos doentes ficavam ali deitados: cegos, coxos e paralíticos. 4De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5Aí se encontrava um homem que estava doente havia trinta e oito anos. 6Jesus viu o homem deitado e, sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: “Queres ficar curado?” 7O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente”. 8Jesus disse: “Levanta-te, pega a tua cama e anda”. 9No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a sua cama e começou a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: “É sábado! Não te é permitido carregar tua cama”. 11Ele respondeu-lhes: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua cama e anda’”. 12Então lhe perguntaram: “Quem é que te disse: ‘Pega tua cama e anda’?” 13O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar. 14Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. 15Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.

    Palavra da salvação.

    “Levanta-te, pega a tua cama e anda.”

    Queridos irmãos e irmãs! Paz e bem!

    O Evangelho de hoje narra a cura do enfermo de Betesda em um dia de sábado. Vale lembrar que segundo a Lei judaica, Jesus não poderia realizar milagres em dias de sábado. Porém, Ele que veio para cumprir a Lei em sua plenitude, nos ensina nessa narrativa, mais uma vez, que todo o mandamento e Lei do Senhor, perpassa pela justiça e caridade, pois Deus é amor (1Jo 4,8). Em sua infinita misericórdia, Jesus vai ao encontro do homem enfermo e não pergunta quais são as suas dores e pecados, apenas se ele quer ser curado e após ouvir a resposta, diz ao enfermo: “Levanta-te, pega a tua cama e anda.” (Jo 5, 8).

    Assim como Cristo foi ao encontro do enfermo, ele vem em auxílio de nossas enfermidades e não está preocupado em saber quais são as nossas falhas, mas que nos levantemos, que queiramos viver uma vida nova. Ele diz “pega a tua cama”, pois Ele nos quer como somos, com nossos vícios e virtudes, Ele quer nos ensinar que a lembrança de nossas enfermidades (a cama), não poderá ser apagado, porém, não pode ser o motivo de nos deixar presos sempre na mesma situação e nos convida a andar, a nos colocar em movimento, com tudo o que temos e somos, rumo ao Reino de Deus. Entretanto, conhecendo a nossa condição humana, Ele nos adverte: “Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. (Jo 5, 14). Pois aquele que foi curado, perdoado, que se levantou, não deve querer mais voltar a se deitar na cama do pecado.

    Que nessa Quaresma, saibamos nos levantar de nossas enfermidades, pois pela tua Paixão, Cristo convida a todos a viver uma vida nova, e com a ajuda do Espírito Santo, nos transformar em pessoas melhores, pegar as nossas dores e ir ao encontro do Pai, entrega-las em Suas mãos e deixar com que Ele nos cure e nos ajude a não mais pecar.

    Reflexão dos Noviços

  • 4ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 49,8-15

    8Isto diz o Senhor: “Eu atendo teus pedidos com favores e te ajudo na obra de salvação; preservei-te para seres elo de aliança entre os povos, para restaurar a terra, para distribuir a herança dispersa; 9para dizer aos que estão presos: ‘Saí!’ e aos que estão nas trevas: ‘Mostrai-vos’. E todos se alimentam pelas estradas e até nas colinas estéreis se abastecem; 10não sentem fome nem sede, não os castiga nem o calor nem o sol, porque o seu protetor toma conta deles e os conduz às fontes de água. 11Farei de todos os montes uma estrada e os meus caminhos serão nivelados. 12Eis que estão vindo de longe, uns chegam do Norte e do lado do mar, e outros, da terra de Sinim. 13Louvai, ó céus, alegra-te, terra; montanhas, fazei ressoar o louvor, porque o Senhor consola o seu povo e se compadece dos pobres. 14Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!’ 15Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 144(145)
    Misericórdia e piedade é o Senhor.

    Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. /
    O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura. – R.

    O Senhor é amor fiel em sua palavra, / é santidade em toda obra que ele faz. /
    Ele sustenta todo aquele que vacila / e levanta todo aquele que tombou. – R.

    É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. /
    Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

    João 5,17-30

    Naquele tempo, 17Jesus respondeu aos judeus: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”. 18Então, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus o seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus. 19Tomando a palavra, Jesus disse aos judeus: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz também. 20O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. 21Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22De fato, o Pai não julga ninguém, mas ele deu ao Filho o poder de julgar, 23para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho também não honra o Pai, que o enviou. 24Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida. 25Em verdade, em verdade, eu vos digo, está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. 26Porque, assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem. 28Não fiqueis admirados com isso, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz do Filho e sairão: 29aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação. 30Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Eu julgo conforme o que escuto, e meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.

    Palavra da salvação.

    “… não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”

    Queridos irmãos, o Evangelho de hoje é a continuação do de ontem, onde Jesus curou um enfermo que estava doente há trinta e oito anos e num dia de sábado, fato que os judeus condenavam. Ainda hoje, Ele continua dizendo: “Meu Pai trabalha sempre, portanto, também eu trabalho”. Deste modo, naquela época, os judeus ficaram ainda mais escandalizados quando Jesus chamou Deus de Pai, achavam que Ele estava profanando o Mandamento: “Não tomar Seu santo nome em vão”. Até então ninguém havia ousado a chamar Deus de pai. E essa ousadia causou-lhe a morte e morte de cruz.

    Que a exemplo de Jesus, possamos ter uma relação mais próxima com o Pai, sem barreiras.

    Reflexão dos Noviços

  • 5ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Êxodo 32,7-14

    Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo, que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’” 9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”. 11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte? 12Não permitas, te peço, que os egípcios digam: ‘Foi com má intenção que ele os tirou, para fazê-los perecer nas montanhas e exterminá-los da face da terra’. Aplaque-se a tua ira e perdoa a iniquidade do teu povo. 13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’”. 14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 105(106)
    Lembrai-vos de nós, ó Senhor, / segundo o amor para com vosso povo!

    Construíram um bezerro no Horeb / e adoraram uma estátua de metal; /
    eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, / pela imagem de um boi que come feno. – R.

    Esqueceram-se do Deus que os salvara, / que fizera maravilhas no Egito; /
    no país de Cam fez tantas obras admiráveis, / no mar Vermelho, tantas coisas assombrosas. – R.

    Até pensava em acabar com sua raça, / não se tivesse Moisés, o seu eleito, /
    interposto, intercedendo junto a ele, / para impedir que sua ira os destruísse. – R.

    João 5,31-47

    Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 31“Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. 32Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34Eu, porém, não dependo do testemunho de um ser humano. Mas falo assim para a vossa salvação. 35João era uma lâmpada que estava acesa e a brilhar, e vós com prazer vos alegrastes por um tempo com a sua luz. 36Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou. 37E também o Pai que me enviou dá testemunho a meu favor. Vós nunca ouvistes sua voz nem vistes sua face, 38e sua palavra não encontrou morada em vós, pois não acreditais naquele que ele enviou. 39Vós examinais as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, 40mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna! 41Eu não recebo a glória que vem dos homens. 42Mas eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. 43Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis. Mas, se um outro viesse em seu próprio nome, a este vós o receberíeis. 44Como podereis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do único Deus? 45Não penseis que eu vos acusarei diante do Pai. Há alguém que vos acusa: Moisés, no qual colocais a vossa esperança. 46Se acreditásseis em Moisés, também acreditaríeis em mim, pois foi a respeito de mim que ele escreveu. 47Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis então nas minhas palavras?”

    Palavra da salvação.

    “Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis”.

    Jesus neste trecho do Evangelho, fala sobre a validade do testemunho que Deus, Seu Pai, dá sobre Ele. Jesus não precisa do testemunho dos homens, apesar de, João Batista ter dado testemunho d’Ele. Já as Escrituras dão testemunho d’Ele, mas não são Ele, mas sim, dão o caminho para se chegar a Ele. Por isso, mais do que ficar estudando a Bíblia, se faz mister procurar a presença de Jesus através da fé.

    Assim como os judeus, podemos ser cabeças duras com Deus e não aceitar o Seu testemunho sobre Seu Filho através da Igreja e de inúmeros milagres. Fazemos diversos esquemas racionais tentando justificar as coisas, mas por outro lado, não fazemos a experiência da fé.

    Deste modo, se aproximar de Cristo é ser questionado por Ele. Ele é a Palavra do Pai dita de uma vez por todas, e é suficiente à nossa salvação.

    Reflexão dos Noviços

  • 6ª-feira da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Sabedoria 2,1.12-22

    1Dizem entre si os ímpios, em seus falsos raciocínios: 12“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. 13Ele declara possuir o conhecimento de Deus e chama-se ‘filho de Deus’. 14Tornou-se uma censura aos nossos pensamentos, e só o vê-lo nos é insuportável; 15sua vida é muito diferente da dos outros e seus caminhos são imutáveis. 16Somos comparados por ele a moeda falsa, e foge de nossos caminhos como de impurezas; proclama feliz a sorte final dos justos e gloria-se de ter a Deus por pai. 17Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz e comprovemos o que vai acontecer com ele. 18Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. 19Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; 20vamos condená-lo a morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”. 21Tais são os pensamentos dos ímpios, mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos, 22não conhecem os segredos de Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio reservado às vidas puras.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 33(34)
    Do coração atribulado está perto o Senhor.

    O Senhor volta a sua face contra os maus, / para da terra apagar sua lembrança. /
    Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. – R.

    Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. /
    Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta. – R.

    Mesmo os seus ossos, ele os guarda e os protege, / e nenhum deles haverá de se quebrar. /
    Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, / e castigado não será quem nele espera. – R.

    João 7,1-2.10.25-30

    Naquele tempo, 1Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. 2Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. 10Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente, mas sim como que às escondidas. 25Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram matar? 26Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as autoridades reconheceram que ele é o Messias? 27Mas este nós sabemos donde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde ele é”. 28Em alta voz, Jesus ensinava no templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, 29mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”. 30Então, queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha chegado a sua hora.

    Palavra da salvação.

    “O meu reino não é deste mundo.”

    Caríssimos irmãos e irmãs, saudações fraternas!

    Conforme vamos aproximando-nos da “Sublime Semana”, a liturgia nos insere no mistério Pascal. Hoje, a primeira leitura nos explica o Santo Evangelho: Jesus Cristo é o Justo!

    Observamos na primeira leitura o quanto a presença de um “justo” incomoda algumas pessoas. Você já presenciou, ou foi vítima de tal situação? Na época de Jesus não era diferente. A todo instante queriam prová-lo; saber quem Ele era: por que se dizia Filho de Deus? Por que falava com autoridade? etc.

    Percebemos que Jesus confundiu a “cabeça” de alguns sábios e mestres! A ponto de não saberem se Ele era o Messias. “Donde Ele veio?”, pensavam eles. Era uma criatura humana ou Divina? etc. Não compreendiam o Sacerdócio de Cristo.

    “O meu reino não é deste mundo…” (Cf. Jo 18,36). O Verbo que se fez digna morada no Sacrário Puríssimo da Virgem Maria, que antes de vir a este mundo, Ele já estava junto com a Santíssima Trindade, antes de todas as coisas existirem.

    Eles não enxergavam a Divindade de Cristo, pois eram homens e mulheres de pouquíssima fé e entrelaçados nas doutrinas da época. Queriam um Cristo dominador e não um Cristo Libertador. Queriam na verdade o “messias” que eles projetaram conforme a dureza dos seus corações.

    Reflexão dos Noviços

  • Sábado da 4ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 11,18-20

    18Senhor, avisaste-me e eu entendi; fizeste-me saber as intrigas deles. 19Eu era como manso cordeiro levado ao sacrifício e não sabia que tramavam contra mim: “Vamos cortar a árvore em toda a sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser mais lembrado”. 20E tu, Senhor dos exércitos, que julgas com justiça e perscrutas os afetos do coração, concede que eu veja a vingança que tomarás contra eles, pois eu te confiei a minha causa.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 7
    Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio.

    Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: / vinde salvar-me do inimigo, libertai-me! /
    Não aconteça que agarrem minha vida, † como um leão que despedaça a sua presa, /
    sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me! – R.

    Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço / e segundo a inocência que há em mim! /
    Ponde um fim à iniquidade dos perversos † e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, /
    vós que sondais os nossos rins e corações. – R.

    O Deus vivo é um escudo protetor / e salva aqueles que têm reto coração. /
    Deus é juiz, e ele julga com justiça, / mas é um Deus que ameaça cada dia. – R.

    João 7,40-53

    Naquele tempo, 40ao ouvirem as palavras de Jesus, algumas pessoas da multidão diziam: “Este é, verdadeiramente, o Profeta”. 41Outros diziam: “Ele é o Messias”. Mas alguns objetavam: “Porventura o Messias virá da Galileia? 42Não diz a Escritura que o Messias será da descendência de Davi e virá de Belém, povoado de onde era Davi?” 43Assim, houve divisão no meio do povo por causa de Jesus. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém pôs as mãos nele. 45Então, os guardas do templo voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus, e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 46Os guardas responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. 47Então, os fariseus disseram-lhes: “Também vós vos deixastes enganar? 48Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? 49Mas essa gente que não conhece a lei é maldita!” 50Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente, disse: 51“Será que a nossa lei julga alguém antes de o ouvir e saber o que ele fez?” 52Eles responderam: “Também tu és galileu, porventura? Vai estudar e verás que da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa.

    Palavra da salvação.

    ¨Ninguém jamais falou como este homem¨

    Este evangelho de João tem muitos elementos sobre os quais poderíamos refletir. Para esta ocasião, vamos focar em um deles: a desconfiança na mensagem de Jesus por causa do lugar onde Ele havia nascido.

    Nesta situação narrada pelo evangelista João, Jesus não está presente. É uma cena clássica em que um grupo de pessoas fala de outra que não está ali. Algumas falam dele de forma positiva, enquanto outras — os mestres da lei — falam de forma muito negativa.

    Os mestres da lei desacreditam a mensagem de Jesus porque não podiam acreditar que alguém bom — e muito menos o Filho de Deus — pudesse ter nascido na Galileia. Eles encontram nessa “verdade” a justificativa para não acreditar — nem tentar viver — as coisas que Jesus anunciava sobre Deus.

    Quantas vezes também desacreditamos nossos irmãos por causa do lugar de onde vêm?

    Que neste tempo próximo da Páscoa possamos nos livrar dos preconceitos que nos afastam das pessoas e nos abrir ao encontro na diversidade.

    Reflexão dos Noviços

  • 5º Domingo da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 43,16-21

    16Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; 17que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se: 18“Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. 19Eis que eu farei coisas novas e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca. 20Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos. 21Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 125(126)
    Maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria!

    Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, / parecíamos sonhar; /
    encheu-se de sorriso nossa boca, / nossos lábios, de canções. – R.

    Entre os gentios se dizia: “Maravilhas / fez com eles o Senhor!” /
    Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, / exultemos de alegria! – R.

    Mudai a nossa sorte, ó Senhor, / como torrentes no deserto. /
    Os que lançam as sementes entre lágrimas / ceifarão com alegria. – R.

    Chorando de tristeza, sairão, / espalhando suas sementes; /
    cantando de alegria, voltarão, / carregando os seus feixes! – R.

    Filipenses 3,8-14

    Irmãos, 8na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, eu perdi tudo. Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, 9não com minha justiça provindo da Lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé. 10Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força da sua ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, 11para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos. 12Não que já tenha recebido tudo isso ou que já seja perfeito. Mas corro para alcançá-lo, visto que já fui alcançado por Cristo Jesus. 13Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. 14Corro direto para a meta, rumo ao prêmio que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus.

    Palavra do Senhor.

    João 8,1-11

    Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir e, de agora em diante, não peques mais”.

    Palavra da salvação.

    “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”.

    Como diz no salmo 125 (126): “o Senhor, ao derramar suas graças, faz maravilhas em nós”.

    Em nossos desertos Deus faz brotar rios de águas puras. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Apostolo Paulo) Porque, assim como Cristo foi ao deserto para rezar, assim Ele vem ao nosso deserto para rezar em nós e por nós. “Cristo é nossa verdadeira alegria… é nossa festa, esperança; veio ao nosso encontro para nos livrar do mal…”. (Santo Atanásio, bispo)

    Os santos se alegravam com a ação da graça de Deus em suas vidas. E nós, com que nos alegremos? Estamos as portas da grande festa Pascoal. Quem temos como guia?

    Sem dúvidas irmãs e irmãos, é Nosso Senhor Jesus Cristo o nosso guia, o nosso caminho, nossa vida.

    Antes era com sangue que purificávamos o corpo, mas com o Cristo somos purificados no todo: corpo, alma e espírito.

    Desejo-vos que esta não seja mais uma Páscoa, mas a sua Páscoa, que celebre sua vida, com Jesus Cristo, Ele que está na Glória, sentado à direita do Pai, onde Ele também quer que estejamos.

    Reflexão dos Noviços

  • 2ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62 ou 41-62

    [Naqueles dias,] 1na Babilônia vivia um homem chamado Joaquim. 2Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias, que era muito bonita e temente a Deus. 3Também os pais dela eram pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a Lei de Moisés. 4Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5Ora, naquele ano, tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia dito: “Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por condutores do povo”. 6Eles frequentavam a casa de Joaquim, e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles. 7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar de seu marido. 8Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear e acabaram por se apaixonar por ela. 9Ficaram desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos julgamentos.

    15Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas. E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. 16Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos, que estavam escondidos e a espreitavam. 17Então ela disse às empregadas: “Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho”. 19Apenas as empregadas tinham saído, os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: 20“Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo. Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! 21Caso contrário, deporemos contra ti que um moço esteve aqui e que foi por isso que mandaste embora as empregadas”. 22Gemeu Susana, dizendo: “Estou cercada de todos os lados! Se eu fizer isso, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!” 24Então, ela pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela. 25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. 26As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo. 27Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana. 28No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo reunido: 29“Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim!” E foram chamá-la. 30Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de todos os seus parentes.

    33Os que estavam com ela e todos os que a viam, choravam. 34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. 35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois seu coração tinha confiança no Senhor. 36Entretanto, os dois anciãos deram este depoimento: “Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as servas embora. 37Então, veio ter com ela um moço, que estava escondido, e com ela se deitou. 38Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos essa infâmia. Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39Quanto ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas, fugiu. 40A ela, porém, agarramos e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer. Disso nós somos testemunhas”.

    [41A assembleia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte. 42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!” 44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente de nome Daniel. 46E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue dessa mulher!” 47Todo o povo, então, voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é essa que acabas de dizer?” 48De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel? 49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!” 50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”.

    51Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Tu não farás morrer o inocente e o justo!’ 54Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”. 55Daniel replicou: “Mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas, por medo, sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!” 60Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a Lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.]

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 22(23)
    Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei, estais comigo.

    O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes, /
    ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.

    Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, /
    nenhum mal eu temerei. / Estais comigo com bastão e com cajado, / eles me dão a segurança! – R.

    Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo; /
    com óleo vós ungis minha cabeça, / e o meu cálice transborda. – R.

    Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; /
    e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.

    João 8,12-20

    Naquele tempo, 12disse Jesus aos fariseus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”. 13Então os fariseus disseram: “O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti mesmo”. 14Jesus respondeu: “Ainda que eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é válido, porque sei de onde venho e para onde vou. Mas vós não sabeis donde venho nem para onde vou. 15Vós julgais segundo a carne, eu não julgo ninguém, 16e se eu julgo, o meu julgamento é verdadeiro, porque não estou só, mas comigo está o Pai, que me enviou. 17Na vossa Lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro. 18Ora, eu dou testemunho de mim mesmo e também o Pai, que me enviou, dá testemunho de mim”. 19Perguntaram então: “Onde está o teu Pai?” Jesus respondeu: “Vós não conheceis nem a mim nem o meu Pai. Se me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. 20Jesus disse essas coisas enquanto estava ensinando no templo, perto da sala do tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.

    Palavra da salvação.

    “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.”

    Queridos irmãos e irmãs! Paz e bem!

    No Evangelho, Jesus diz aos fariseus que Ele é a luz do mundo e após ser repreendido por eles responde que só conhece o Pai aquele que O conhece.

    Jesus é a nossa Salvação, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e para nos conduzir até a Vida Eterna, Ele que é a própria Vida, se faz Caminho (Cf. Jo 14,6), mas não qualquer caminho, um caminho iluminado, que nos liberta e nos trás consolo, perdão e paz. Um caminho, que muitas vezes nos parece difícil, pois para naquele caminhar precisamos purificar as nossas mentes e corações das falsas luzes do mundo, mas é o único que nos levará até o encontro com o Pai.

    Que possamos nessa Quaresma, pela intercessão de São João Batista de la Salle, que se deixando invadir por essa luz, se dedicou de todo o coração à formação humana e cristã da juventude, a sermos conduzidos, através da esmola, jejum e penitência, por esse mesmo caminho de luz, nos esforçando a persegui-lo, deixando para trás a luzes que ofusca a alma e envolve os nossos corações em trevas e nos direcionando, junto com a verdadeira luz do mundo que ilumina toda a escuridão, ao trajeto que nos é proposto por Deus, para tornarmos um dia merecedores da Vida Eterna.

    Reflexão dos Noviços

  • 3ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Números 21,4-9

    Naqueles dias, 4os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se 5e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água e já estamos com nojo desse alimento miserável”. 6Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. 7O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, 8e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente abrasadora e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. 9Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, ficava curado.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 101(102)
    Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, / e chegue até vós o meu clamor.

    Ouvi, Senhor, e escutai minha oração, / e chegue até vós o meu clamor! /
    De mim não oculteis a vossa face / no dia em que estou angustiado! /
    Inclinai o vosso ouvido para mim; / ao invocar-vos, atendei-me sem demora! – R.

    As nações respeitarão o vosso nome, / e os reis de toda a terra, a vossa glória; /
    quando o Senhor reconstruir Jerusalém / e aparecer com gloriosa majestade, /
    ele ouvirá a oração dos oprimidos / e não desprezará a sua prece. – R.

    Para as futuras gerações se escreva isto, / e um povo novo a ser criado louve a Deus. /
    Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, / e o Senhor olhou a terra do alto céu, /
    para os gemidos dos cativos escutar / e da morte libertar os condenados. – R.

    João 8,21-30

    Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 21“Eu parto e vós me procurareis, mas morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir”. 22Os judeus comentavam: “Por acaso, vai-se matar? Pois ele diz: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’?” 23Jesus continuou: “Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. 24Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados”. 25Perguntaram-lhe, pois: “Quem és tu, então?” Jesus respondeu: “O que vos digo desde o começo. 26Tenho muitas coisas a dizer a vosso respeito e a julgar também. Mas aquele que me enviou é fidedigno, e o que ouvi da parte dele é o que falo para o mundo”. 27Eles não compreenderam que lhes estava falando do Pai. 28Por isso, Jesus continuou: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. 29Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho, porque sempre faço o que é de seu agrado”. 30Enquanto Jesus assim falava, muitos acreditaram nele.

    Palavra da salvação.

    “Aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou sozinho porque sempre faço o que é de seu agrado.”

    Eis que nos aproximamos da Semana Santa. As leituras já vêm anunciando o que acontecerá com Jesus. O Evangelho desta terça-feira não é diferente. “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem…”, refere-se a sua crucifixão e à possibilidade de salvar a humanidade. Cada vez mais se multiplicavam os mal-entendidos entre Jesus e os seus opositores. Os judeus achavam que Ele queria se promover, mas no final do Evangelho, vale destacar, que muitos acreditavam nas Suas palavras. Também vemos a íntima relação do Filho com o Pai.

    Que nesta Semana Santa possamos estar conectados com o Senhor e acreditar nas palavras Dele. Preparemos nossos corações para vivermos bem esse tempo favorável.

    Reflexão dos Noviços

  • 4ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Daniel 3,14-20.24.49.91-92.95

    Naqueles dias, 14o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? 15E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?” 16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade de te respondermos sobre isso; 17se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que nós não prestaremos culto a teus deuses, tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”. 19A essas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume; 20e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. 24Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. 49Mas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros. 91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio do fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. 92Disse este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus”. 95Exclamou Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro deus que não fosse o seu Deus”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl Dn 3
    A vós louvor, honra e glória eternamente!

    Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    Sede bendito, nome santo e glorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    No templo santo onde refulge a vossa glória. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    E em vosso trono de poder vitorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Sede bendito, que sondais as profundezas. / A vós louvor, honra e glória eternamente! /
    E superior aos querubins vos assentais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Sede bendito no celeste firmamento. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

    Obras todas do Senhor, glorificai-o. / A ele louvor, honra e glória eternamente! – R.

    João 8,31-42

    Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?” 34Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”. 39Eles responderam então: “O nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isso, Abraão não o fez. 41Vós fazeis as obras do vosso pai”. Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”.

    Palavra da salvação.

    “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente
    meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

    Jesus apresenta uma situação: estar preso, escravo. Por isso fala sobre a libertação, e esta, do pecado. Só se conhece a verdade se se permanece na palavra d’Ele, quem a medita e a vive. Ter um contato constante e intimo com a Palavra de Deus é a fonte de sabedoria e via de conhecimento da verdade.

    Sobre a verdade. Só se conhece a verdade quando: se está num estado de mentira, ou quando compreendemos um fato. Estado de mentira ou a própria mentira: dizer que o pecado praticado é sinônimo de liberdade, é uma mentira, pois, nada mais é do que estar a serviço do pecado enquanto ele te corrói vivo.  Ou outra comparação, a história de João e Maria, crianças que são atraídos por uma casa de doces, acabam ficando presos e a bruxa engorda o menino para então come-lo. Assim é o pecado, ele te aprisiona, e quando ver, não terá mais volta. Compreender um fato: Deus nos ama, isso é um fato que quando tomamos consciência, pode transformar nossa vida e nos libertar.

    Deste modo, Jesus vem para nos dar a esperança do retorno e do arrependimento. Por isso, nesta quaresma procuremos nos emendar de nossas faltas e romper com o pecado, e assim, purificados, possamos comemorar de forma mais santa as festas que se aproximam.

    Reflexão dos Noviços

  • 5ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Gênesis 17,3-9

    Naqueles dias, 3Abrão prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações. 6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes”. 9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 104(105)
    O Senhor se lembra sempre da Aliança!

    Procurai o Senhor Deus e seu poder, / buscai constantemente a sua face! /
    Lembrai as maravilhas que ele fez, / seus prodígios e as palavras de seus lábios! – R.

    Descendentes de Abraão, seu servidor, / e filhos de Jacó, seu escolhido, /
    ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, / vigoram suas leis em toda a terra. – R.

    Ele sempre se recorda da Aliança, / promulgada a incontáveis gerações; /
    da Aliança que ele fez com Abraão / e do seu santo juramento a Isaac. – R.

    João 8,51-59

    Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade, eu vos digo, se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?” 54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou por ver o meu dia; ele o viu e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens e viste Abraão!?” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do templo.

    Palavra da salvação.

    “quem me vê, vê também o Pai.” (cf. Jo 14,6-9).

     Estimados irmãos e irmãs, Paz e Bem!

    Na primeira leitura vimos que Deus não falha em relação a suas promessas (aliança) para com a humanidade. E o salmista canta reafirmando esse pacto de aliança eterna entre Deus e o Homem.

    O Evangelho revela-nos que Cristo e Deus são um (Mistério da Trindade). “quem me glorifica é o meu Pai” (Cf. Jo 8,54). “Quem me vê, vê também meu Pai” (Cf. Jo 14,6-9).

    No capítulo 8 do Evangelho de São João, Jesus Cristo revela-nos sua Divindade: “EU SOU”. Cristo, o Verbo que se fez Carne, conforme escreve São João no início do seu Evangelho, aponta-nos para o início do livro Gênesis: “façamos o homem à NOSSA imagem e semelhança. (Cf. Gn 1,26). Observemos que o versículo se encontra no plural – “NOSSA” -, e não no singular – “MINHA” -. No livro do Êxodo -capítulo 3-, o “Eu sou” revela sua identidade e envia Moisés a guiar seu povo no deserto.

    Contudo, Jesus veio dar “plenitude” e “ressignificação” ao pacto da Aliança entre o Pai x Abraão x Humanidade: “Este é o meu corpo e o sangue da nova Aliança” (Cf. Mc 14,22). Cristo não despreza a aliança feita entre Deus e Abraão, mas dá novo sentido e vigor a este compromisso, reafirmando mais uma vez essa aliança perpétua.

    Enfim, o “Eu sou” é o cume central da nossa fé e, as Sagradas Espécies Transubstanciadas em cada Missa, rememora-nos o nosso compromisso selado com Deus. “O altar da nova aliança é a cruz do Senhor”. (Cf. Hb 13,10).

    Reflexão dos Noviços

  • 6ª-feira da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Jeremias 20,10-13

    10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observavam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano, e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o Senhor está ao meu lado como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai o Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 17(18)
    Ao Senhor eu invoquei na minha angústia, / e ele escutou a minha voz.

    Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, / minha rocha, meu refúgio e salvador! – R.

    Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, † minha força e poderosa salvação, /
    sois meu escudo e proteção: em vós espero! / Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! /
    E dos meus perseguidores serei salvo! – R.

    Ondas da morte me envolveram totalmente, / e as torrentes da maldade me aterraram; /
    os laços do abismo me amarraram / e a própria morte me prendeu em suas redes. – R.

    Ao Senhor eu invoquei na minha angústia / e elevei o meu clamor para o meu Deus; /
    de seu templo ele escutou a minha voz, / e chegou a seus ouvidos o meu grito. – R.

    João 10,31-42

    Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?” 33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque, sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’? 35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a Palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia quando eu digo que sou Filho de Deus, eu, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.

    Palavra da salvação.

    ¨Por qual delas me quereis apedrejar? ¨

    Neste evangelho, começamos a ver como Jesus passa a ser perseguido. Algumas das pessoas que conviviam com ele começam a se incomodar com sua mensagem, especialmente com o anúncio que fazia sobre o Reino de Deus.

    O Deus que Jesus anunciava incomodava principalmente dois grupos de pessoas: os poderosos e aqueles que achavam que sabiam tudo sobre Deus (os fariseus e os mestres da lei).

    Muitas vezes, nós também, incomodados pela presença — ou ausência — de Jesus, gostaríamos de “atirar pedras” n’Ele. Deus nem sempre age como queremos ou esperamos.

    Talvez este evangelho seja uma oportunidade para reconhecer que nem sempre compreendemos a mensagem de Jesus. A morte de Jesus, por exemplo, está cheia dessa experiência que tantas vezes sentimos: a de não entender a Deus.

    Que neste tempo de Quaresma possamos ter coragem para confrontar com Jesus todas essas coisas que nos acontecem e às quais não encontramos sentido. Sabendo que, mesmo no maior dos “não sentidos” — a cruz de Jesus —, o final foi a ressurreição, foi a Vida.

    Os cristãos não podem esquecer que, no final de toda morte, de toda dor, de toda tristeza, a vida vence. A Vida se impõe.

    Reflexão dos Noviços

  • Sábado da 5ª Semana da Quaresma

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Ezequiel 37,21-28

    21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo pecado que cometeram em sua infidelidade e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. 24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei ao meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles colocarei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl Jr 31
    O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

    Ouvi, nações, a palavra do Senhor / e anunciai-a nas ilhas mais distantes: /
    “Quem dispersou Israel vai congregá-lo / e o guardará qual pastor a seu rebanho!” – R.

    Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó / e o libertou do poder do prepotente. /
    Voltarão para o monte de Sião, † entre brados e cantos de alegria / afluirão para as bênçãos do Senhor. – R.

    Então a virgem dançará alegremente, / também o jovem e o velho exultarão; /
    mudarei em alegria o seu luto, / serei consolo e conforto após a guerra. – R.

    João 11,45-56

    Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

    Palavra da salvação.

    “muitos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele”.

    Aos sábados a Igreja tem por tradição dedicar-se a Santa Maria.

    Hoje a antífona de entrada cita o salmo 21 (22), onde está escrito: “o auxílio do Senhor”.  Pois bem, Nossa Senhora é este auxilio. Assim como o Pai fez todas as coisas renascerem em Cristo, por sua vez Nossa Senhora, pelos méritos de Cristo, é participe de suas graças. Portanto, somos pela natureza da graça renascidos em Maria e também partícipes das graças concedidas a ela.

    Com o auxílio de Maria, saberemos como agradar Nosso Senhor, pois só uma mãe sabe o que agrada seu filho. É Maria quem nos auxilia a aproximarmos de Jesus, pois Ela, como uma boa mãe, sabe o que é melhor para nós.

    Ela “muda em alegria, o nosso luto” (Jr 31, 15), e nos faz sentar à mesa com Jesus.

    Que com as graças concebidas por Nossa Senhora, possamos abrir nossos corações para aprendermos dela a sermos cada dia mais de seu Filho. Amém!

    Reflexão dos Noviços

  • Domingo de Ramos

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 50,4-7

    4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 21(22)
    Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

    Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: /
    “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” – R.

    Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. /
    Transpassaram minhas mãos e os meus pés, / e eu posso contar todos os meus ossos. – R.

    Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. /
    Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! – R.

    Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! /
    Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, † glorificai-o, descendentes de Jacó, /
    e respeitai-o, toda a raça de Israel! – R.

    Filipenses 2,6-11

    6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

    Palavra do Senhor.

    Lucas 19,28-40 / Lucas 23,1-49 – mais breve

    Naquele tempo, 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada, encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. 32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” 40Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.

    Palavra da salvação.

    “Se eles se calarem, as pedras gritarão.”

    Queridos irmãos e irmãs! Paz e bem!

    A liturgia de hoje nos propões dois evangelhos: A entrada do Senhor em Jerusalém e a narrativa da Paixão do Senhor. Para nos prepararmos para o segundo, nos atentamos ao primeiro. O evangelho nos narra a entrada de Jesus com um jumentinho, como profetizara o profeta Jeremias, na cidade de Jerusalém, onde é aclamado como Rei pela multidão que estendia roupas, tapetes e ramos pelo caminho.

    Jesus Cristo é aclamado como Rei ao entrar em Jerusalém, para depois ser coroado com espinhos e ter a Cruz como trono. Isso, porque o reinado de Deus é diferente do deste mundo, o seu reinado é o reinado da verdadeira oblação. Nós não O aclamamos Rei por suas posses, riquezas e poder, mas por quem Ele É e pelo o que Ele faz todos os dias, se doando por amor a nós na Eucaristia e através de nossos irmãos e irmãs.

    Ele é Rei, e todas as criaturas proclamam, até as pedras gritam; “Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!” (Cf. Lc 19, 38). Toda a criação reconhece o seu criador. Então por que ainda temos dificuldade de colocá-Lo como Senhorio de nossas vidas? Por que ainda vivemos adorando outros deuses? Por que não nos abandonarmos nas mãos d’Aquele que nos criou e deixamos com que Ele oriente as nossas vidas? Por que não abandonamos os vícios e pecados que nos impedem de viver a nossa verdadeira essência, que só o próprio Criador conhece?

    Que no final dessa Quaresma, tempo em que preparamos os nossos corações pela penitência, oração e obras de caridade, saibamos dar espaço para que n’Ele more o Rei dos reis e possamos juntos com toda a criação, com atos e palavras proclamar: “Hosana Hey, Hosana Há!”

    Reflexão dos Noviços

  • Segunda-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 42,1-7

    1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega, mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 26(27)
    O Senhor é minha luz e salvação.

    O Senhor é minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? /
    O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei? – R.

    Quando avançam os malvados contra mim, / querendo devorar-me, /
    são eles, inimigos e opressores, / que tropeçam e sucumbem. – R.

    Se contra mim um exército se armar, / não temerá meu coração; /
    se contra mim uma batalha estourar, / mesmo assim confiarei. – R.

    Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. /
    Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor! – R.

    João 12,1-11

    1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?” 6Judas falou assim não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10Então os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.

    Palavra da salvação.

    “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura.”

    Irmão e irmãs, chegamos na Semana das semanas. Estamos caminhando com Jesus rumo a Sua Páscoa. O coração vai apertando… O Evangelho nos mostra que o Senhor foi na casa dos seus amigos, em Betânia, seis dias antes da Páscoa. E com um gesto profético, Maria unge os pés de Jesus com “quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro” e com seus cabelos enxuga-os. Parece algo exagerado, mas o Mestre não a censura e diz: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura”. Maria se antecipou, visto que Ele não teria essa unção como de costume no Seu sepultamento. A figura de Judas Iscariotes também é marcante com o comentário que faz, visto que ele está preocupado somente com o dinheiro.

    Que possamos aprender com Maria a ter este gesto de carinho com os irmãos, sobretudo com os mais necessitados, que na realidade são gestos de carinho com o Mestre e não sermos desonestos como aquele que trairá Jesus.

    Reflexão dos Noviços

  • Terça-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 49,1-6

    1Nações marinhas, ouvi-me; povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer; desde o ventre de minha mãe, ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”. 4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa”. 5E, agora, diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor, esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até os confins da terra”.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 70(71)
    Minha boca anunciará vossa justiça.

    Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor, / que eu não seja envergonhado para sempre! /
    Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! / Escutai a minha voz, vinde salvar-me! – R.

    Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! /
    Porque sois a minha força e meu amparo, † o meu refúgio, proteção e segurança! /
    Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. – R.

    Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, / em vós confio desde a minha juventude! /
    Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, / desde o seio maternal, o meu amparo. – R.

    Minha boca anunciará todos os dias / vossa justiça e vossas graças incontáveis. /
    Vós me ensinastes desde a minha juventude, / e até hoje canto as vossas maravilhas. – R.

    João 13,21-33.36-38

    Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: “Compra o que precisamos para a festa” ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas me seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo, o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

    Palavra da salvação.

    “Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: ‘Senhor, quem é?”.

    Nesta passagem há três nomes além do nome de Jesus: João, Judas e Pedro. Um Ele amava, dois O traíram. Um encostou sua cabeça ao lado de Cristo, outro comeu do pão que Ele lhe dera, o último ouviu de Cristo uma profecia: que iria com Ele para onde fora, porém, mais tarde, e que ele iria trai-Lo primeiro. Repetindo, no texto diz que, Jesus amava um deles, mas os outros dois são chamados a amá-Lo. Aliás, um deveria demonstrar seu amor (Judas), já o outro demonstra, mas não é persistente (Pedro).

    Assim são os cristãos, os que recebem de Deus os dons (João), os que O traem (Judas) e os que dizem que O amam, mas não tem raiz em si mesmos (Pedro). Judas e Pedro, ambos entregam Jesus. Um se arrepende e se desespera, depois recorre ao suicídio, o outro chora amargamente arrependido.

    Deste modo, a Palavra nos desvela, mostra nossas falhas. Recebemos d’Ele Seus dons, mas somos inconstantes, O traímos por um nada. Mas nem por isso se faz necessário se desesperar e recorrer à morte. Ele dá Seu alimento aos famintos, Ele consola os aflitos, não despreza um coração arrependido. Ele morreu por todos e o reconhecimento das próprias faltas e o abandono total em Sua misericórdia é o que Ele quer: Ele veio para os pecadores, para os doentes, pois os saudáveis, não precisam de médico.

    Por isso, recorramos mais firmemente ao auxílio deste grande Redentor, e purificados de nossos pecados pelas penitências quaresmais, tenhamos uma chama viva de esperança para celebrarmos a Páscoa com toda a sua força vivificante.

    Reflexão dos Noviços

  • Quarta-feira da Semana Santa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 50,4-9

    4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9Sim, o Senhor Deus é meu auxiliador; quem é que me vai condenar?


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 68(69)
    Respondei-me, pelo vosso imenso amor, / neste tempo favorável, Senhor Deus.

    Por vossa causa é que sofri tantos insultos, / e o meu rosto se cobriu de confusão; /
    eu me tornei como um estranho a meus irmãos, / como estrangeiro para os filhos de minha mãe. /
    Pois meu zelo e meu amor por vossa casa / me devoram como fogo abrasador; /
    e os insultos de infiéis que vos ultrajam / recaíram todos eles sobre mim! – R.

    O insulto me partiu o coração. † Eu esperei que alguém de mim tivesse pena; /
    procurei quem me aliviasse e não achei! / Deram-me fel como se fosse um alimento, /
    em minha sede ofereceram-me vinagre! – R.

    Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! /
    Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá /
    se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres /
    e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

    Mateus 26,14-25

    Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “O que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O mestre manda dizer: O meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

    Palavra da salvação.

    “Não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.” (Cf. Is 50,6).

    Prezados irmãos e irmãs, Graça e Paz!

    Nesta quarta-feira da “Grande Semana”, várias paróquias costumam realizar a procissão do Encontro entre Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Se Cristo é o “Varão das Dores”, sua Mãe é a “Varoa das Dores”.

    A liturgia da palavra convida-nos a refletir as humilhações e as dores do Senhor. A primeira leitura é uma profecia daquilo que sofreria o Redentor. Cristo, Cordeiro Manso, não desviou sua Sagrada Face de nenhuma ofensa, nem se acovardou diante da pesada Cruz. Pois, Ele era obediente aos desígnios do Pai. Sabia que precisava reafirmar o pacto da aliança redentora.

    Através da salmodia, o salmista entoa a bebida ácida e amarga que deram para o Nosso Senhor: fel e Vinagre. Ele que durante a ceia celebrara com seus discípulos a Eucaristia com o Vinho da Salvação. Na crucificação provara do sabor amargo da perversidade humana. Fel e vinagre é o gosto ruim dos pecados que Ele veio redimir. Vamos refletir juntos ao longo dessa semana as Dores de Cristo…

    Reflexão dos Noviços

  • Ceia do Senhor

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Êxodo 12,1-8.11-14

    Naqueles dias, 1o Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘passagem’ do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua”.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 115(116B)
    O cálice por nós abençoado / é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

    Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? /
    Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

    É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. /
    Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! – R.

    Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. /
    Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. – R.

    1 Coríntios 11,23-26

    Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.

    Palavra do Senhor.

    João 13,1-15

    1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.

    Palavra da salvação.

    ¨Compreendeis o que acabo de fazer? ¨

    Hoje, a Igreja começa a celebrar o Tríduo Pascal. Com a celebração da Ceia do Senhor, a Igreja universal quer iniciar a memória da morte e ressurreição de Jesus. O evangelho que se lê neste dia traz muitos elementos que nos convidam à reflexão. No entanto, hoje vamos focar em dois: a ceia e o lava-pés.

    Para os judeus, compartilhar a mesa e a comida era algo muito especial. A mesa só era compartilhada com aqueles que tinham a mesma dignidade. Jesus, sabendo que ia morrer, decide que uma das últimas coisas que faria seria comer com seus discípulos, mesmo sabendo que um deles O trairia. Seríamos nós capazes de um ato de misericórdia tão grande?

    E Jesus não apenas compartilha a mesa — a dignidade — com seus amigos antes de morrer, mas também decide lavar seus pés. O rito de purificação era muito comum para os judeus na ceia da Páscoa. Geralmente, as pessoas apenas lavavam as mãos, e esse ato era realizado pelos servos da casa. Mais uma vez, Jesus ultrapassa os limites das tradições religiosas de Seu tempo e Ele mesmo purifica Seus discípulos. E não lava apenas as mãos, mas os pés.

    Aquele que era Filho de Deus se “rebaixa” à condição de escravo para mostrar a Seus discípulos naquele momento — e a todos nós hoje — como devemos agir diante dos irmãos: abaixando-nos e lavando com ternura a vida do outro.

    Reflexão dos Noviços

  • Paixão do Senhor

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Isaías 52,13-53,12

    13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava, que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor, ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi maltratado e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo, foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 30(31)
    Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

    Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! /
    Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.

    Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos vizinhos /
    e objeto de pavor para os amigos; /fogem de mim os que me veem pela rua. /
    Os corações me esqueceram como um morto, / e tornei-me como um vaso espedaçado. – R.

    A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! /
    Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.

    Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão. /
    Fortalecei os corações, tende coragem, / todos vós que ao Senhor vos confiais! – R.

    Hebreus 4,14-16; 5,7-9

    Irmãos, 14temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

    Palavra do Senhor.

    João 18,1-19,42

    Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.

    Jesus Cristo se tornou obediente, / obediente até a morte numa cruz; / pelo que o Senhor Deus o exaltou / e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s). – R.
    Omitem-se a saudação ao povo e o sinal da cruz.

    N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:

    P (Presidente): A quem procurais?

    N: 5Responderam:

    G (Grupo ou assembleia): A Jesus, o Nazareno.

    N: Ele disse:

    P: Sou eu.

    N: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse “sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:

    P: A quem procurais?

    N: Eles responderam:

    G: A Jesus, o Nazareno.

    N: 8Jesus respondeu:

    P: Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem.

    N: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”. 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:

    P: Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?

    N: 12Então os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:

    L (Leitor): Não pertences também tu aos discípulos desse homem?

    N: Ele respondeu:

    L: Não!

    N: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:

    P: Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.

    N: 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:

    L: É assim que respondes ao sumo sacerdote?

    N: 23Respondeu-lhe Jesus:

    P: Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?

    N: 24Então Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:

    G: Não és tu, também, um dos discípulos dele?

    N: Pedro negou:

    L: Não!

    N: 26Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:

    L: Será que não te vi no jardim com ele?

    N: 27Novamente Pedro negou. E, na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a Páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:

    L: Que acusação apresentais contra este homem?

    N: 30Eles responderam:

    G: Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!

    N: 31Pilatos disse:

    L: Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei.

    N: Os judeus lhe responderam:

    G: Nós não podemos condenar ninguém à morte.

    N: 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:

    L: Tu és o rei dos judeus?

    N: 34Jesus respondeu:

    P: Estás dizendo isso por ti mesmo ou outros te disseram isso de mim?

    N: 35Pilatos falou:

    L: Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?

    N: 36Jesus respondeu:

    P: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.

    N: 37Pilatos disse a Jesus:

    L: Então tu és rei?

    N: Jesus respondeu:

    P: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.

    N: 38Pilatos disse a Jesus:

    L: O que é a verdade?

    N: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes:

    L: Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?

    N: 40Então, começaram a gritar de novo:

    G: Este não, mas Barrabás!

    N: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:

    G: Viva o rei dos judeus!

    N: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

    L: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.

    N: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:

    L: Eis o homem!

    N: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:

    G: Crucifica-o! Crucifica-o!

    N: Pilatos respondeu:

    L: Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.

    N: 7Os judeus responderam:

    G: Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus.

    N: 8Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:

    L: De onde és tu?

    N: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:

    L: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?

    N: 11Jesus respondeu:

    P: Tu não terias autoridade alguma sobre mim se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.

    N: 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:

    G: Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei declara-se contra César.

    N: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:

    L: Eis o vosso rei!

    N: 15Eles, porém, gritavam:

    G: Fora! Fora! Crucifica-o!

    N: Pilatos disse:

    L: Hei de crucificar o vosso rei?

    N: Os sumos sacerdotes responderam:

    G: Não temos outro rei senão César.

    N: 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o rei dos judeus”. 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:

    G: Não escrevas “o rei dos judeus”, mas sim o que ele disse: “Eu sou o rei dos judeus”.

    N: 22Pilatos respondeu:

    L: O que escrevi está escrito.

    N: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. 24Disseram então entre si:

    G: Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será.

    N: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:

    P: Mulher, este é o teu filho.

    N: 27Depois disse ao discípulo:

    P: Esta é a tua mãe.

    N: Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:

    P: Tenho sede.

    N: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:

    P: Tudo está consumado.

    N: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

    Todos se ajoelham e faz-se breve pausa.

    N: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. 38Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus -, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume, feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. 41No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.

    Palavra da salvação.

    “Tudo está consumado”.

    Hoje celebramos a Paixão de Nosso Senhor. Paixão esta que começa em Belém, onde veio para nós; se fez carne, sangue, homem… veio remir, restituir, renovar todas as coisas.

    Toda a vida de Nosso Senhor foi uma Via Sacra, um caminho sagrado, porque os pés que trilham este caminho são os pés do próprio Deus. Um caminhar que começa no Pai lá nos Céus e termina no Pai, “está sentado à direita do Pai” (Cl 3,2). Caminhou para nos trazer o Amor do Pai.

    Por isso, nesta pascoa do Senhor, não tenhamos medo de também nós, caminharmos em direção a Nosso Senhor. Se tem algo que é valioso, é o Amor que Deus tem por nós. Por isso, é digno de investir a vida. Foi para nos mostrar o caminho que Deus se vez caminho. Portanto, como diz São João Paulo II aos jovens na Caminhada da Juventude: “coragem não tenham medo”.  Não tenha medo, de caminhar com Jesus e deixa-Lo te guiar. Paz e Bem!

    Reflexão dos Noviços

  • Sábado Santo | Vigília Pascal

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Gênesis 1,1.26-31 – mais breve / Gênesis 22,1-2.9-13.15-18 – mais breve / Êxodo 14,15-15,1 / Isaías 54,5-14 / Isaías 55,1-11 / Baruc 3,9-15.32-4,4 / Ezequiel 36,16-28
    I leitura

    Leitura do livro do Gênesis – 1No princípio Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.

    Palavra do Senhor.

    II leitura

    Leitura do livro do Gênesis – 1No princípio Deus criou o céu e a terra. 26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.

    Palavra do Senhor.

    III leitura

    Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 15o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles e eu seja glorificado às custas do faraó e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do faraó, dos seus carros e cavaleiros”. 19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros. 21Moisés estendeu a mão sobre o mar e, durante toda a noite, o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. 23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. 28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. 30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar 31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico:

    IV leitura

    Leitura do livro do profeta Isaías – 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas, com imensa compaixão, volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas, com misericórdia eterna, compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis e tuas bases sobre safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas, e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terás a temer; serás livre do terror, porque ele não se aproximará de ti.

    Palavra do Senhor.

    V leitura

    Leitura do livro do profeta Isaías – Assim diz o Senhor: 1“Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário, senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não te conheciam, por causa do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, que te glorificou. 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para o nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra. 10Como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo o que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.

    Palavra do Senhor.

    VI leitura

    Leitura do livro do profeta Baruc – 9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro e te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; 33aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as fez. 36Este é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei que permanece para sempre. Todos os que a seguem têm a vida, e os que a abandonam têm a morte. 2Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus.

    Palavra do Senhor.

    VII leitura

    Leitura da profecia de Ezequiel – 16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17“Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: ‘Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!’ 21Então eu tive pena do meu santo nome, que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel: ‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus’”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 103(104) / 15(16) / Êxodo 15 / 29(30) / Isaías 12 / 18B(19) / 41(42) / 117(118)
    I Salmo
    Enviai o vosso Espírito, Senhor, / e da terra toda a face renovai.

    Bendize, ó minha alma, ao Senhor! / Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! /
    De majestade e esplendor vos revestis / e de luz vos envolveis como num manto. – R.

    A terra vós firmastes em suas bases, / ficará firme pelos séculos sem fim; /
    os mares a cobriam como um manto, / e as águas envolviam as montanhas. – R.

    Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes / que passam serpeando entre as montanhas; /
    às suas margens vêm morar os passarinhos, / entre os ramos eles erguem o seu canto. – R.

    De vossa casa, as montanhas irrigais, / com vossos frutos saciais a terra inteira; /
    fazeis crescer os verdes pastos para o gado / e as plantas que são úteis para o homem. – R.

    Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, / e que sabedoria em todas elas! /
    Encheu-se a terra com as vossas criaturas! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor! – R.

    II Salmo
    Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

    Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, / meu destino está seguro em vossas mãos! /
    Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, / pois, se o tenho a meu lado, não vacilo. – R.

    Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria /
    e até meu corpo no repouso está tranquilo; / pois não haveis de me deixar entregue à morte, /
    nem vosso amigo conhecer a corrupção. – R.

    Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, /
    delícia eterna e alegria ao vosso lado! – R.

    III Salmo
    Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória!

    Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: / precipitou no mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! /
    O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, / pois foi ele neste dia para mim libertação! – R.

    Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei. / O Senhor é um Deus guerreiro, o seu nome é “Onipotente”: /
    os soldados e os carros do faraó jogou no mar, / seus melhores capitães afogou no mar Vermelho. – R.

    Afundaram como pedras, e as ondas os cobriram. † Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! /
    Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos! – R.

    Vosso povo levareis e o plantareis em vosso monte, / no lugar que preparastes para a vossa habitação, /
    no santuário construído pelas vossas próprias mãos. / O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos! – R.

    IV Salmo
    Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

    Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes / e não deixastes rir de mim meus inimigos! /
    Vós tirastes minha alma dos abismos / e me salvastes quando estava já morrendo! – R.

    Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, / dai-lhe graças e invocai seu santo nome! /
    Pois sua ira dura apenas um momento, / mas sua bondade permanece a vida inteira; /
    se à tarde vem o pranto visitar-nos, / de manhã vem saudar-nos a alegria. – R.

    Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! / Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! /
    Transformastes o meu pranto em uma festa, / Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos! – R.

    V Salmo
    Com alegria bebereis do manancial da salvação.

    Eis o Deus, meu salvador, eu confio e nada temo; † o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. /
    Com alegria bebereis do manancial da salvação. – R.

    E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, † invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, /
    entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. – R.

    Louvai, cantando, ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, / publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! /
    Exultai, cantando alegres, habitantes de Sião, / porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!” – R.

    VI Salmo
    Senhor, tens palavras de vida eterna.

    A lei do Senhor Deus é perfeita, / conforto para a alma! /
    O testemunho do Senhor é fiel, / sabedoria dos humildes. – R.

    Os preceitos do Senhor são precisos, / alegria ao coração. /
    O mandamento do Senhor é brilhante, / para os olhos é uma luz. – R.

    É puro o temor do Senhor, / imutável para sempre. /
    Os julgamentos do Senhor são corretos / e justos igualmente. – R.

    Mais desejáveis do que o ouro são eles, / do que o ouro refinado. /
    Suas palavras são mais doces que o mel, / que o mel que sai dos favos. – R.

    VII Salmo
    A minha alma tem sede de Deus.

    A minha alma tem sede de Deus / e deseja o Deus vivo. /
    Quando terei a alegria de ver / a face de Deus? – R.

    Peregrino e feliz caminhando / para a casa de Deus, /
    entre gritos, louvor e alegria / da multidão jubilosa. – R.

    Enviai vossa luz, vossa verdade: / elas serão o meu guia; /
    que me levem ao vosso monte santo, / até a vossa morada! – R.

    Então irei aos altares do Senhor, / Deus da minha alegria. /
    Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, / meu Senhor e meu Deus! – R.

    VIII Salmo
    Aleluia, aleluia, aleluia.

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom. / Eterna é a sua misericórdia! /
    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia”. – R.

    A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, /
    a mão direita do Senhor fez maravilhas! / Não morrerei, mas, ao contrário, viverei /
    para cantar as grandes obras do Senhor. – R.

    A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R.

    Romanos 6,3-11

    Irmãos, 3será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos, de certo modo, identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.

    Palavra do Senhor.

    Evangelho: Lucas 24,1-12

    1No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. 2Elas encontraram a pedra do túmulo removida. 3Mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus 4e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas. 5Tomadas de medo, elas olhavam para o chão, mas os dois homens disseram: “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? 6Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: 7‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’”. 8Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. 9Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos onze e a todos os outros. 10Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. 11Mas eles acharam que tudo isso era desvario e não acreditaram. 12Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.

    Palavra da salvação.

    “Porque estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?”

    Queridos irmãos e irmãs! Paz e bem!

    Uma antiga homília do Grande Sábado Santo, começa com a pergunta: “Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão”. E continuando, nos responde que esse grande silêncio é porque o Rei está dormindo para acordar os que dormiam há séculos.

    Na Vigília Pascal, a maior de todas as solenidades, somos convidados a vivenciar, após o grande silêncio que se inicia na Quinta-Feira Santa, a vitória da Vida, da Vida que se fez carne e habitou entre nós, da Vida que por amor a nós foi flagelado, crucificado, morto e sepultado, da Vida que ao ressuscitar quer nos libertar de todo o silêncio da morte, da Vida que quer nos dar vida, da Vida que dormiu para que pudéssemos despertar, da Vida que não está mais no sepulcro, como nos revela o evangelho de hoje.

    E nós, que fomos agraciados com tão grande dádiva, não podemos nos calar, temos que anunciar esse grande mistério, por isso rompamos o grande silêncio e entoemos, não só com palavras, mas com obras de misericórdia, com a perseverança na tribulação e a constância na oração, entoemos os Glórias e os Aleluias, aos sons dos sinos, junto com todos os santos e anjos. Vamos encher os nossos pulmões e proclamarmos com todo o nosso coração e nossa alma, digamos juntos a uma só voz, gritemos: “Jesus Cristo Ressuscitou! O sepulcro vazio está! O Deus feito Homem venceu a morte!”. E, com isso, nesse ano jubilar, saibamos viver a grande esperança, Madalena, daquela que primeiro viu o sepulcro vazio e o Senhor Ressuscitado. Aleluia, Aleluia, Aleluia!!

    Reflexão dos Noviços

  • Páscoa do Senhor

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 10,34.37-43

    Naqueles dias, 34Pedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    Este é o dia que o Senhor fez para nós: / alegremo-nos e nele exultemos!

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” /
    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.

    A mão direita do Senhor fez maravilhas, / a mão direita do Senhor me levantou. /
    Não morrerei, mas, ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor! – R.

    A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! – R.

    Colossenses 3,1-4

    Irmãos, 1se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.

    Palavra do Senhor.

    João 20,1-9

    1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

    Palavra da salvação.

    “Ele viu, e acreditou.”

    “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos, e nele exultemos.” Queridos irmãos, assim reza o salmista. No amanhecer deste novo dia somos surpreendidos com o túmulo aberto e vazio, a pedra tinha sido retirada. É a explosão da vida! Cristo quebra o silêncio, “quebra” a tristeza, “quebra” a morte. Era necessário que Ele ressuscitasse por cinco motivos:

    Para a recomendação da justiça de Deus: se Cristo se humilhou até a morte de cruz por amor e obediência ao Pai, era necessário que fosse também exaltado até a ressurreição.

    Para a instrução de nossa fé: pois assim foi confirmada nossa fé na divindade de Jesus Cristo. “Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé.” (1Cor 15, 14).

    Para levantar nossa esperança, pois, vendo o Messias ressuscitado, esperamos que também nós ressuscitaremos. Nesse Ano Jubilar: Peregrinos de Esperança, recordemos que só Ele é nossa esperança.

    Para informar a vida dos fiéis, pois, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim nós vivamos uma vida nova, uma vida para Deus em Jesus Cristo, rumo a vida eterna.

    E para complemento de nossa salvação, para a libertação dos males e a instauração e modelo dos bens.

    Que possamos celebrar com júbilo a festa da Páscoa e que, a exemplo do Discípulo Amado, possamos abrir nosso coração para a fé. Aleluia, aleluia!

    Reflexão dos Noviços

  • 2ª-feira na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 2,14.22-32

    No dia de Pentecostes, 14Pedro, de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22“Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isso vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25Pois Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua, e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu santo experimente corrupção. 28Deste-me a conhecer os caminhos da vida, e a tua presença me encherá de alegria’. 29Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção’. 32Com efeito, Deus ressuscitou esse mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 15(16)
    Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

    Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! / Digo ao Senhor: somente vós sois meu Senhor; /
    ó Senhor, sois minha herança e minha taça, / meu destino está seguro em vossas mãos! – R.

    Eu bendigo o Senhor, que me aconselha / e até de noite me adverte o coração. /
    Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, / pois, se o tenho a meu lado, não vacilo. – R.

    Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria /
    e até meu corpo no repouso está tranquilo; / pois não haveis de me deixar entregue à morte /
    nem vosso amigo conhecer a corrupção. – R.

    Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, /
    delícia eterna e alegria ao vosso lado! – R.

    Mateus 28,8-15

    Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis”. 15Os soldados pegaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus até o dia de hoje.

    Palavra da salvação.

    “Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos”.

    Nesta segunda-feira da Oitava de Páscoa, ouvimos o relato sobre o retorno das mulheres após irem ao sepulcro vazio e o encontro que tiveram com o Cristo Ressuscitado. Elas estavam com medo, porém, não deixaram que o medo as paralisasse, mas cheias de alegria foram anunciar o grande acontecimento. Esta é a dinâmica da esperança, mesmo em meio ao medo, as dúvidas, surge uma alegria que nos impulsiona ao novo, ao que transcende, ao in-crível, isto é, à Vida.

    Depois disso, a alegria se torna completa após contemplar aquilo que seus olhos esperavam encontrar, o próprio Autor da vida, a própria Vida. Ela vem ao encontro e tira o medo, pede alegria, pois não há motivo para tristeza, ri-se de Seu adversário: “Oh, morte, onde está sua vitória? Onde está o seu aguilhão?”. Em seguida, pede para que anunciem aos seus irmãos a Sua volta, a Sua vitória. E aqui se encontra a vida do cristão.

    O cristão não é um “Tristão”, mas o ungido, aquele que se alegra, não numa alegria passageira, mas a eterna, a que não passa. A vida eterna não passa, Deus não passará e nos deu a porta para entrarmos nesta eternidade.

    Dai-nos, Senhor, a Vossa Alegria. Dai-nos o Seu consolo. Nos diga: “Alegrai-vos! Não tenhais medo!” Tire, Senhor, o nosso medo de viver e anunciar a Sua Ressurreição.

    Reflexão dos Noviços

  • 3ª-feira na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 2,36-41

    No dia de Pentecostes, Pedro disse aos judeus: 36“Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes”. 37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, o que devemos fazer?” 38Pedro respondeu: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si”. 40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho e os exortava, dizendo: “Salvai-vos dessa gente corrompida!” 41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 32(33)
    Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

    Reta é a palavra do Senhor, / e tudo o que ele faz merece fé. / Deus ama o direito e a justiça, /
    transborda em toda a terra a sua graça. – R.

    Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem / e que confiam, esperando em seu amor, /
    para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é tempo de penúria. – R.

    No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! /
    Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos! – R.

    João 20,11-18

    Naquele tempo, 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isso, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. 16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabuni” (que quer dizer Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” e contou o que Jesus lhe tinha dito.

    Palavra da salvação.

    “Eu vi o Senhor!” (Cf. Jo 20,18).

    Irmãos e irmãs, saboreemos juntos a Sagrada Escritura!

    Hoje a Divina Liturgia convida-nos a sermos “Peregrinos da Esperança”.

    Na primeira leitura dos Atos dos Apóstolos, lemos a firmeza de São Pedro com voz ativa que transmitia autoridade. O primeiro Papa da Santa Igreja, a Pedra Fundamental que Deus construiu a sua Igreja, denuncia os judeus por terem crucificado o Messias. A voz do “Capitão da Barca Apostólica” ressoava sobre a Terra a ponto de o povo reunido ficar com o coração angustiado.

    O Evangelho traz-nos para a nossa vida o convite a sermos missionários e porta-voz da Esperança/Ressureição. Santa Maria Madalena viu o seu Amado ressuscitado, Ele chama-a, e ela responde. Após o breve diálogo com Salvador, Maria Madalena vai ao encontro dos apóstolos para anunciar que Cristo ressuscitou. Imitemos Madalena, sejamos anunciadores da Esperança que celebramos nesse ano jubilar.

    Reflexão dos Noviços

  • 4ª-feira na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 3,1-10

    Naqueles dias, 1Pedro e João subiram ao templo para a oração das três horas da tarde. 2Então trouxeram um homem, coxo de nascença, que costumavam colocar todos os dias na porta do templo, chamada Formosa, a fim de que pedisse esmolas aos que entravam. 3Quando viu Pedro e João entrando no templo, o homem pediu uma esmola. 4Os dois olharam bem para ele e Pedro disse: “Olha para nós!” 5O homem fitou neles o olhar, esperando receber alguma coisa. 6Pedro então lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” 7E, pegando-lhe a mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes. 8Então ele deu um pulo, ficou de pé e começou a andar. E entrou no templo junto com Pedro e João, andando, pulando e louvando a Deus. 9O povo todo viu o homem andando e louvando a Deus. 10E reconheceram que era ele o mesmo que pedia esmolas, sentado na porta Formosa do templo. E ficaram admirados e espantados com o que havia acontecido com ele.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 104(105)
    Exulte o coração dos que buscam o Senhor.

    Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, / anunciai entre as nações seus grandes feitos! /
    Cantai, entoai salmos para ele, / publicai todas as suas maravilhas! – R.

    Gloriai-vos em seu nome que é santo, / exulte o coração que busca a Deus! /
    Procurai o Senhor Deus e seu poder, / buscai constantemente a sua face! – R.

    Descendentes de Abraão, seu servidor, / e filhos de Jacó, seu escolhido, /
    ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, / vigoram suas leis em toda a terra. – R.

    Ele sempre se recorda da aliança, / promulgada a incontáveis gerações; /
    da aliança que ele fez com Abraão / e do seu santo juramento a Isaac. – R.

    Lucas 24,13-35

    13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso, em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”. 25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.

    Palavra da salvação.

    ¨Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava? ¨

    Neste evangelho, são apresentados dois discípulos que alguns estudiosos da Bíblia indicam que poderiam ser um casal. Esses discípulos estão voltando para sua cidade depois de terem experimentado uma grande decepção: o Senhor, a quem haviam dedicado suas vidas e em quem depositavam sua esperança, havia sido morto.

    Enquanto caminham, tristes e desanimados, Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles, mas eles não O reconhecem. Estão tão mergulhados na dor e na frustração que não conseguem ver que o próprio Senhor está ao lado deles.

    Jesus os escuta pacientemente, deixando que expressem sua tristeza e, em seguida, começa a lhes explicar as Escrituras, mostrando que tudo o que aconteceu fazia parte do plano de Deus. No entanto, ainda assim, eles não percebem que é Jesus.

    Só no momento em que ele parte o pão é que seus olhos se abrem e O reconhecem. Mas, nesse instante, Jesus desaparece. Então, cheios de alegria e esperança, voltam correndo para Jerusalém para contar aos outros discípulos que o Senhor está vivo!

    Este evangelho nos lembra que, muitas vezes, em meio à dor e ao desânimo, não conseguimos perceber que Deus está caminhando ao nosso lado. Que possamos abrir os olhos e o coração para reconhecer Sua presença em nossa vida, especialmente nos momentos mais difíceis.

    Reflexão dos Noviços

  • 5ª-feira na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 3,11-26

    Naqueles dias, 11como o paralítico não deixava mais Pedro e João, todo o povo, assombrado, foi correndo para junto deles, no chamado pórtico de Salomão. 12Ao ver isso, Pedro dirigiu-se ao povo: “Israelitas, por que vos espantais com o que aconteceu? Por que ficais olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar com nosso próprio poder ou piedade? 13O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14Vós rejeitastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas. 16Graças à fé no nome de Jesus, esse nome acaba de fortalecer este homem que vedes e reconheceis. A fé que vem por meio de Jesus lhe deu perfeita saúde na presença de todos vós. 17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer. 19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados. 20Assim podereis alcançar o tempo do repouso que vem do Senhor. E ele enviará Jesus, o Cristo, que vos foi destinado. 21No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus, nos tempos passados, pela boca de seus santos profetas. 22Com efeito, Moisés afirmou: ‘O Senhor Deus fará surgir, entre vossos irmãos, um profeta como eu. Escutai tudo o que ele vos disser. 23Quem não der ouvidos a esse profeta será eliminado do meio do povo’. 24E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, também eles anunciaram estes dias. 25Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus fez com vossos pais quando disse a Abraão: ‘Através da tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. 26Após ter ressuscitado o seu servo, Deus o enviou, em primeiro lugar, a vós, para vos abençoar, na medida em que cada um se converta de suas maldades”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 8

    Ó Senhor, nosso Deus, como é grande / vosso nome por todo o universo!

    Ó Senhor, nosso Deus, como é grande / vosso nome por todo o universo! /
    Perguntamos: “Senhor, que é o homem, † para dele assim vos lembrardes /
    e o tratardes com tanto carinho?” – R.

    Pouco abaixo de Deus o fizestes, / coroando-o de glória e esplendor; /
    vós lhe destes poder sobre tudo, / vossas obras aos pés lhe pusestes. – R.

    As ovelhas, os bois, os rebanhos, / todo o gado e as feras da mata; /
    passarinhos e peixes dos mares, / todo ser que se move nas águas. – R.

    Lucas 24,35-48

    Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois, disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras 46e lhes disse: “Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e, no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

    Palavra da salvação.

    “Por que estais preocupados, e por que tende dúvidas no coração?”.

    Nesta oitava de Páscoa, a Igreja nos recorda do carinho de Deus, a importância que o Senhor dá ao homem. Na leitura do livro dos Atos dos Apóstolos de hoje, Pedro mostra ao povo que, apesar do que fizeram com Jesus, Deus não os abandonou, está presente no meio deles e a prova são os milagres e prodígios que são manifestados entre eles.

    Nosso Senhor se faz presente no meio dos apóstolos, confortando-os, acalentando-os… Jesus sendo Deus, ou seja, sem a necessidade de dar satisfação ou explicações e muito menos de dar provas, veio provar sua Ressurreição aos apóstolos.

    Que nesta oitava de Páscoa, possamos reconhecer a presença, o carinho, o consolo, de Deus para conosco!

    Reflexão dos Noviços

  • 6ª-feira na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 4,1-12

    Naqueles dias, depois que o paralítico fora curado, 1Pedro e João ainda estavam falando ao povo quando chegaram os sacerdotes, o chefe da guarda do templo e os saduceus. 2Estavam irritados porque os apóstolos ensinavam o povo e anunciavam a ressurreição dos mortos na pessoa de Jesus. 3Eles prenderam Pedro e João e os colocaram na prisão até o dia seguinte, porque já estava anoitecendo. 4Todavia, muitos daqueles que tinham ouvido a pregação acreditaram. E o número dos homens chegou a uns cinco mil. 5No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém os chefes, os anciãos e os mestres da Lei. 6Estavam presentes o sumo sacerdote Anás e também Caifás, João, Alexandre e todos os que pertenciam às famílias dos sumos sacerdotes. 7Fizeram Pedro e João comparecer diante deles e os interrogavam: “Com que poder ou em nome de quem vós fizestes isso?” 8Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: “Chefes do povo e anciãos, 9hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré – aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos -, que este homem está curado diante de vós. 11Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos”.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular.

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” /
    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” /
    Os que temem o Senhor agora o digam: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.

    “A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! /
    Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! – R.

    Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação; / ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” /
    Bendito seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! /
    Desta casa do Senhor vos bendizemos. / Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! – R.

    João 21,1-14

    Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca e achareis”. Lançaram, pois, a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

    Palavra da salvação.

    “É o Senhor!”

    Queridos irmãos e irmãs! Paz e bem!

    O Evangelho narra a terceira aparição de Jesus, ressuscitado dos mortos, aos seus discípulos. Nessa aparição para ser reconhecido por eles, em sua infinita bondade, Jesus, novamente faz a pesca milagrosa e depois, a partilha do pão.

    Jesus não ressuscitou dos mortos para que fiquemos sozinhos, ele nos ressuscitou para nos mostrar que a morte não tem poder nenhum sobre nós, pois Aquele que é a própria Vida (Cf. Jo 14,6) está sempre ao nosso lado, mesmo quando não O reconhecemos, e está disposto a realizar milagres e prodígios por amor a nós, ou, como no Evangelho, nos fazer lembrar dos milagres e prodígios que outrora já recebemos.

    Que assim como Pedro, chefe dos apóstolos, a pedra da Igreja, se vestiu ao perceber que é o Senhor que ali estava e correu ao seu encontro, possamos nós também imitá-lo. E que nessa Quaresma tiremos todas as vestes velhas dos vícios para nos revestir com as vestes novas da fé, esperança e caridade (Cf. 1Cor 13,13). E então, vestidos das virtudes que emanam da Cruz, corramos rumo ao Cristo Ressuscitado.

    Reflexão dos Noviços

  • Sábado na Oitava da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 4,13-21

    Naqueles dias, os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas 13ficaram admirados ao ver a segurança com que Pedro e João falavam, pois eram pessoas simples e sem instrução. Reconheciam que eles tinham estado com Jesus. 14No entanto viam, de pé, junto a eles, o homem que tinha sido curado. E não podiam dizer nada em contrário. 15Mandaram que saíssem para fora do sinédrio e começaram a discutir entre si: 16“O que vamos fazer com esses homens? Eles realizaram um milagre claríssimo, e o fato tornou-se de tal modo conhecido por todos os habitantes de Jerusalém, que não podemos negá-lo. 17Contudo, a fim de que a coisa não se espalhe ainda mais entre o povo, vamos ameaçá-los, para que não falem mais a ninguém a respeito do nome de Jesus”. 18Chamaram de novo Pedro e João e ordenaram-lhes que, de modo algum, falassem ou ensinassem em nome de Jesus. 19Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, que obedeçamos a vós e não a Deus! 20Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”. 21Então, insistindo em suas ameaças, deixaram Pedro e João em liberdade, já que não tinham meio de castigá-los, por causa do povo. Pois todos glorificavam a Deus pelo que havia acontecido.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes.

    Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” /
    O Senhor é minha força e o meu canto / e tornou-se para mim o salvador. /
    “Clamores de alegria e de vitória / ressoem pelas tendas dos fiéis. – R.

    A mão direita do Senhor fez maravilhas, † a mão direita do Senhor me levantou, /
    a mão direita do Senhor fez maravilhas!” / O Senhor severamente me provou, /
    mas não me abandonou às mãos da morte. – R.

    Abri-me, vós, abri-me as portas da justiça; / quero entrar para dar graças ao Senhor! /
    “Sim, esta é a porta do Senhor, / por ela só os justos entrarão!” /
    Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes / e vos tornastes para mim o salvador! – R.

    Marcos 16,9-15

    9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!”

    Palavra da salvação.

    “Ide pelo mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura!”

    “Ó morte, onde está tua vitória? Cristo ressurgiu! Honra e glória!” Com a alegria da ressurreição, celebremos este sábado dentro da oitava da Páscoa com a aparição de Jesus Cristo. Primeiro à Maria Madalena (a discípula dos discípulos), depois, a dois discípulos (de Emaús). Ambos, ao contarem que viram o Ressuscitado aos demais, os outros não acreditaram. Jesus precisou aparecer aos onze para provar. E fez isso de três maneiras: pela vista: “Olhai para as minhas mãos e pés…” (Lc 24, 39); pelo tato, no mesmo capítulo e versículo: “…apalpai e vede”; e pela fome: “Tendes aqui alguma coisa que se coma?” (Lc 24, 41).  Só assim para quebrar a dureza de coração dos discípulos.

    Que Cristo Ressuscitado nos ajude a ter um coração sensível à bondade do Pai, a abrir nossas mentes diante da “cegueira espiritual” e que nos ajude nessa caminhada de fé que os discípulos fizeram e que devemos trilhar por todos os tempos, pregando e anunciando o Evangelho a toda criatura, como São Francisco de Assis fez.

    Reflexão dos Noviços

  • 2º Domingo da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo
    • Segunda Leitura
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 5,12-16

    12Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no pórtico de Salomão. 13Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. 14Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. 15Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. 16A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 117(118)
    Dai graças ao Senhor porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!”

    A casa de Israel agora o diga: / “Eterna é a sua misericórdia!” / A casa de Aarão agora o diga: /
    “Eterna é a sua misericórdia!” / Os que temem o Senhor agora o digam: / “Eterna é a sua misericórdia!” – R.

    “A pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. /
    Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez a nossos olhos! /
    Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! – R.

    Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, / ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” /
    Bendito seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! /
    Desta casa do Senhor vos bendizemos. / Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! – R.

    Apocalipse 1,9-13.17-19

    9Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no Reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. 10No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”. 12Então, voltei-me para ver quem estava falando; e, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. 13No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito. 17Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, 18aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. 19Escreve, pois, o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”.

    Palavra do Senhor.

    João 20,19-31

    19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais, diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

    Palavra da salvação.

     “Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor”.

    Por que os discípulos reconheceram o Senhor só depois de verem as chagas das Suas mãos e do Seu lado? Porque não havia ninguém com estas marcas e porque quem as tem, na verdade estaria morto, já que ninguém voltou da cruz vivo, senão ser Jesus Cristo. E Ele, por si mesmo, é o motivo da alegria dos discípulos e de todos nós. Jesus pede para que seus amigos se alegrem, desta forma, podemos perceber que Ele também estava alegre, e hoje no Céu, está mais alegre ainda e partilha conosco de Sua felicidade.

    Segue-se que, Ele vai para o meio deles ficando mais próximo para que O Vissem, O tocassem, O escutassem, como um amigo que quer estar próximo do outro amigo. A misericórdia divina se manifesta na amizade pura e gratuita entre o Deus e o homem. Um Deus que não guarda rancor, pois se Ele levar em conta as nossas faltas, quem haverá de subsistir? Ah, mas n’Ele se encontra o perdão! Temei-O e espere-O, pois Ele perdoa toda a culpa e cura toda a enfermidade, seja do corpo, mas principalmente da alma. Jesus nós confiamos em Vós!

    Reflexão dos Noviços

  • 2ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 4,23-31

    Naqueles dias, 23logo que foram postos em liberdade, Pedro e João voltaram para junto dos irmãos e contaram tudo o que os sumos sacerdotes e os anciãos haviam dito. 24Ao ouvirem o relato, todos eles elevaram a voz a Deus, dizendo: “Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. 25Por meio do Espírito Santo, disseste, através do teu servo Davi, nosso pai: ‘Por que se enfureceram as nações, e os povos imaginaram coisas vãs? 26Os reis da terra se insurgem e os príncipes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu Messias’. 27Foi assim que aconteceu nesta cidade: Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se com os pagãos e o povo de Israel contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste, 28a fim de executarem tudo o que a tua mão e a tua vontade haviam predeterminado que sucedesse. 29Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua Palavra. 30Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo Jesus”. 31Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos, então, ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a Palavra de Deus.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 2
    Felizes hão de ser todos aqueles / que põem sua esperança no Senhor.

    Por que os povos agitados se revoltam? / Por que tramam as nações projetos vãos? /
    Por que os reis de toda a terra se reúnem † e conspiram os governos todos juntos /
    contra o Deus onipotente e o seu ungido? / “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, /
    “e lançar longe de nós o seu domínio!” – R.

    Ri-se deles o que mora lá nos céus; / zomba deles o Senhor onipotente. /
    Ele, então, em sua ira os ameaça / e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz: /
    “Fui eu mesmo que escolhi este meu rei / e em Sião, meu monte santo, o consagrei!” – R.

    O decreto do Senhor promulgarei, † foi assim que me falou o Senhor Deus: / “Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei! /
    Podes pedir-me e, em resposta, eu te darei † por tua herança os povos todos e as nações, / e há de ser a terra inteira o teu domínio. /
    Com cetro férreo haverás de dominá-los / e quebrá-los como um vaso de argila!” – R.

    João 3,1-8

    1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. 3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?” 5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7Não te admires por eu haver dito: ‘Vós deveis nascer do alto’. 😯 vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”.

    Palavra da salvação.

    “Concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra.” (Cf. At 4,29).

    Caríssimos irmãos e irmãs, alegremo-nos no Cristo Ressuscitado!

    Ontem a Igreja celebrou o Domingo da Divina Misericórdia! E hoje, 2ª Semana da Páscoa, queremos enviar nossas saudações a todos os capixabas e confrades que celebram a “Festa da Penha”, a Senhora das Alegrias!

    Pelo sacramento do Batismo deixamos de ser “criaturas” de Deus e somos elevados à dignidade de filhos e filhas. A leitura dos Atos dos Apóstolos revela-nos como os discípulos ficaram repletos do Espírito Santo, que concede os dons e a força auxiliadora para serem verdadeiros propagadores do Evangelho.

    No Evangelho vimos a força do Batismo! O Batismo é o nosso “segundo nascimento”, ou melhor, é o nosso renascimento! A graça do Batismo confere-nos e garante-nos a posse e entrada no Reino dos Céus. Algumas paróquias costumam ter uma capela com a Pia Batismal e os Santos Óleos expostos para veneração. Um modo de sempre lembrarmos do nosso Batismo, nossas promessas e obrigações e rezar pelos futuros cristãos, que ali também renascerão.

    Igrejas Matriz (Matriz significa “Mãe”) costumam ser a única Igreja a realizar batizados por ser aquela Igreja Matriz Paroquial a “Mãe” de todas as outras capelas. A Pia Batismal simboliza o “útero fecundo” da Santa Igreja, Esposa de Cristo. Ali, naquele útero central (MATRIZ), é que são gerados os filhos e filhas de Deus. Contudo, cada comunidade paroquial tem a sua realidade e o modo próprio de celebrar.

    No ritual do Sacramento do Batismo, após o rito da “renúncia ao demônio” e o ato da “Profissão de fé”, o ministro diz: “Esta é a nossa fé, que da Igreja recebemos e sinceramente professamos, razão de nossa alegria, em Cristo nosso Senhor”. Deus e os Apóstolos sejam louvados por essa nossa Fé!

    Nossa Senhora da Penha, rogai por nós!

    Reflexão dos Noviços

  • Santa Catarina de Sena

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 4,32-37

    32A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava como próprias as coisas que possuía, mas tudo entre eles era posto em comum. 33Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. 34Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas vendiam-nas, levavam o dinheiro 35e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um. 36José, chamado pelos apóstolos de Barnabé, que significa filho da consolação, levita e natural de Chipre, 37possuía um campo. Vendeu e foi depositar o dinheiro aos pés dos apóstolos.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 92(93)
    Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

    Deus é rei e se vestiu de majestade, / revestiu-se de poder e de esplendor! – R.

    Vós firmastes o universo inabalável, † vós firmastes vosso trono desde a origem, / desde sempre, ó Senhor, vós existis! – R.

    Verdadeiros são os vossos testemunhos, † refulge a santidade em vossa casa / pelos séculos dos séculos, Senhor! – R

    João 3,7-15

    Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 7“Vós deveis nascer do alto. 😯 vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. 9Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode acontecer?” 10Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”.

    Palavra da salvação.

    ¨Vos deveis nascer do alto¨

    Este evangelho é a continuação do evangelho que foi lido ontem. Nicodemos pode ser qualquer um de nós. Nicodemos sabia muito sobre Deus e, talvez por isso, não conseguia acreditar que Jesus fosse seu Filho. A vida de Jesus havia quebrado as estruturas de pensamento de Nicodemos. As verdades sobre as quais ele havia construído sua vida estavam desmoronando diante do modo de agir de Jesus. Nicodemos acreditava em Jesus, mas ao mesmo tempo duvidava.

    Mas Jesus, que intuía o que se passava no coração de Nicodemos, o convida a nascer de novo. A começar do zero, deixando para trás os velhos costumes, as verdades arraigadas que não lhe permitiam se abrir à novidade do Deus misericordioso que Jesus anunciava.

    Seguir Jesus, praticar sua mensagem, muitas vezes exige de nós um novo nascimento, um recomeço. A festa da Páscoa tem tudo a ver com deixar morrer para que nasça uma nova vida.

    Com este evangelho, Deus nos lembra que nunca é tarde para recomeçar. Que, pelo menos hoje, em algum aspecto de nossa vida, tenhamos a coragem de nascer de novo.

    Reflexão dos Noviços

  • 4ª-feira da 2ª Semana da Páscoa

    • Primeira Leitura
    • Salmo Responsorial
    • Evangelho
    • Sabor da Palavra
    Atos 5,17-26

    Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido – isto é, o partido dos saduceus – cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o sinédrio e o conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram, dizendo: 23“Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”. 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo ensinando o povo!” 26Então o chefe da guarda do templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.

    Palavra do Senhor.


    Imagem ilustrativa de Frei Fábio Melo Vasconcelos

    Sl 33(34)
    Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

    Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. /
    Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.

    Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! /
    Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.

    Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! /
    Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.

    O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. /
    Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R.

    João 3,16-21

    16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.

    Palavra da salvação.

    “a luz veio ao mundo”.

    Na primeira leitura de hoje, o anjo fala a respeito do “modo de vida” dos apóstolos. Este modo de vida constitui-se no seguimento de Cristo, “ajudados pelas consolações de Deus, espirituais e materiais, chegaremos à sua presença seguindo Cristo”. (Santo Agostinho, bispo)

    Esta é a essência do modo de vida dos cristãos, mas somente pela graça é que podemos alcançar esta vida. Assim, chegaremos à plenitude de Cristo, modelo para o homem e governador, renovador, salvador, restaurador… de todas as coisas!

    Hoje a Igreja faz memória a São Pio V, que foi eleito papa por volta de 1562-63, após o Concílio de Trento. E, como bom pastor da Igreja, reafirmava este modo de vida: “o seguimento a Nosso Senhor Jesus Cristo.”

    Reflexão dos Noviços